Minha mãe é uma peça - Pedido

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Pedido por IsadoraMouraDoria

Você sempre me pede coisa em filme que nunca imaginava em escrever kakakak obrigada por isso!

Desculpas pela demora, mas a partir do dia 10 terei tempo o suficiente para escrever!

Sei que nem todos vão ler, mas MUITO obrigada pelos 20k de leitura!! Sou muito agradecida a todos!

Espero que gostem, boa leitura!♥

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— Filha! — Minha mãe me chama, a respondo, mas aparentemente ela não escutou — VALENTINA! Responde!

— Que foi? — abri a porta e lhe respondo.

— Vem aqui! Fiquei te chamando, mas você nunca responde...

— Respondo sim... Mas o que a senhora quer?

— Quando vou conhecer seu namorado? — ela coloca o pano de prato no ombro e se vira para mim.

— Namorado? Que namorado? — tento desconversar, mas ela me olha de maneira séria, me fazendo falar a verdade — Bom...  Ele tecnicamente não é mais meu namorado...

— Não, é? Fugiu para casar? Você é pobre, criatura! — minha mãe pega o pano de prato do ombro e bate ele em minha direção, quase me acertando.

— Não, ele me pediu em noivado... — Falo com calma, ela me lança um olhar raivoso e começo a andar calmamente para trás, fazendo com que ela viesse para o meu lado — Ele me pediu em noivado a pouco tempo, ainda não deu tempo de dizer...

— VOCÊ NEM ME DISSE QUE AO MENOS NAMORAVA, VALENTINA! — Minha mãe grita, começo a correr dela, que me seguia com o pano de prato batendo em qualquer lugar próximo, em várias tentativas falhas de me acertar. — Valentina... — Ela fala ofegante — Chama... Ele... Para vir aqui... Em casa....

— Se eu chama-lo você tem que me prometer de não fazer perguntas  vergonhosas! — Peço.

— Perguntas vergonhosas? Nunca fiz isso! — ela cruza os braços, mas logo desdobra e me acerta com o pano — Quero conhece-lo, fale que ele pode vir... Depois de amanhã! Assim tenho tempo de comprar tudo... 

Suspiro aliviada por essa conversa ter acabado, mas minha mãe logo volta furiosa me batendo com o pano me chamando para lavar louça. A sigo e a ajudo a limpar a casa.

O dia se passa, minha mãe não aparentava estar preocupada com a visita que teríamos. No dia seguinte, bem cedo, ela me acorda me chamando para ir à rua com ela. Me preparo e sigo ela, fomos até o centro, minha mãe não me falava o que queria comprar, então apenas descobri quando entramos em uma loja de roupas masculinas.

— Vamos, me ajude a escolher alguma coisa... — Minha mãe falava enquanto olhava algumas camisas — O que acha destas? Independente da sua responta vou comprar algo assim.

— Bonitas... — olho para os lados e vou em direção a ele, olhando as roupas que me interessavam. Passo alguns minutos rodando pelo lugar, quando decido procurar por minha mãe a vejo pagando uma camisa. — Mãe, já comprou? Por que não me esperou?

— Sou sua mãe, não preciso de sua ajuda para tudo... Obrigada! — ela se vira para a atendente e a agradece. Saímos da loja e fomos para o supermercado perto de casa, comprar algumas coisas para o almoço que faríamos.

Chegamos em casa e preparamos o almoço, enquanto cozinhávamos juntas, começamos a conversar sobre meu trabalho na neonatal. Minha mãe sempre ficava impressionada em como tudo funcionada.

Algumas horas se passaram e a campainha é tocada. Seco minhas mãos e sigo em direção a porta para abri-la, mas antes de entrar na sala, Juliano abre primeiro. Ele se encosta na porta, uma tentativa falha de parecer interessante, e se apresente para Hayato, meu noivo. Faço barulho com a garganta antes de falar alguma coisa, chamando a atenção dos homens:

— Juliano, querido! — Falo de forma provocativa — Sai da porta e para de ser gay... Hayato, oi! — fico na ponta dos pés e deixo um rápido beijo em seu rosto — Que bom que chegou! Entre.

Hayato passa pela porta cumprimentando Juliano e Marcelina. Assim que minha mãe aparece na porta, seu olhar recai diretamente ao homem alto ao meu lado, olhando-o de cima para baixo, ela solta um sorriso e se aproxima, o cumprimentando.

— Olá, é um prazer conhece-lo! Me chamo Hermínia! — Minha mãe o cumprimenta.

— A mamãe ficou estranha... Cuidado para não perder seu noivo, Valentina — Juliano sussurra.

— Cala a boca, Juliano, que não estou falando com você! Venha, querido, a comida está pronta! — antes de sair da sala e seguir para a cozinha, Juliano recebe um olhar sério de nossa mãe. Todos sabíamos que ela falaria na cabeça dele por horas. Enquanto seguiam para a cozinha, Hayato se apresentou a ela como meu noivo — Hayato, comprei um presentinho para você! Pegue.

Minha mãe entrega um pacote em suas mãos, falo para Hayato experimentar agora e mostro o banheiro para ele. Rapidamente ele troca de roupa e passa pela porta, a camisa estava marcando muito bem seu corpo, provavelmente minha mãe comprou um número abaixo do que ele usa.

Assim que ele levanta o braço para coçar sua nuca, envergonhado, barulho de tecido rasgando quebra o silêncio. Todos olhamos assustados, assim que Hayato desce seu braço, um dos botões de sua camisa se solta, caindo no chão próximo aos pés de Marcelina.

— Acho que você comprou um número errado... — Juliano responde, surpreso.

Ando em direção a Hayato para ver o que havia estragado, os dois braços da camisa estavam descosturados, além de dois botões que haviam soltado.

— Isso que se dá ser forte... — Minha mãe fala — Será que aceitam troca? 

— Acho que não... — Hayato se pronuncia, envergonhado com o que havia acontecido — Deveria ter visto o tamanho antes... Qual a senhora comprou?

— Tamanho médio... E não me chame de senhora, assim está me envelhecendo, sou jovem!

Antes do silêncio voltar, nossa mãe começa a falar que a comida está esfriando e assim ninguém irá come-la. Hayato troca de roupa e logo se junta a mesa.

— Então, Hayato, com o que você trabalha? — Marcelina pergunta.

— Sou dono de várias empresas, é um pouco difícil de explicar, mas resumindo é isso. — Hayato explica com o que trabalha, minha mãe me lança um olhar desconfiado, mas balanço a cabeça, negando, já sabendo o que passava em sua cabeça.

 — Depois podemos sair para encontrarmos outra roupa, Hayato... — Minha mãe começa a falar — Assim poderemos nos conhecer melhor, afinal a Valentina é tão desorganizada que deixou os papeis da adoção espalhados pela cama... Quero ver se é realmente um bom pai!

— Mãe... — abaixo a minha cabeça, me xingando por ter esquecido os papeis na cama — Era para ser surpresa...

— Não me importo, quero ver se ele vai ser tipo o pai de vocês! Ai de você, Valentina, se arrumar um Carlos Alberto para você!

— Corre! — Marcelina e Juliano sussurram para Hayato, que apenas ri.

— Acho melhor você escutar ele... — Sussurro para ele também. Minha mãe se levanta e coloca o prato na pia, já lavando ele. 

— Não abandonarei você, querida! 

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