Hueningkai é apaixonado por Beomgyu desde que entrou no ensino médio; mas logo teve seu coração partido quando Beomgyu começou a namorar Choi Yeonjun, capitão do time de basquete. Por três anos, Kai estava apenas na posição de espectador, assistindo...
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Yeonjun:
Faltava menos de cinco minutos pro jogo acabar e o placar estava empatado, o que é estranho já que normalmente ganhamos muito fácil desses adversários em específico. Já que eles estavam tendo uma melhora significativa, a sua torcida estava vibrando de expectativa.
A pressão de ganhar ia aumentando a cada segundo, e não só porque toda a escola contava comigo mas também porque meu pai estava assistindo o jogo. Raramente meu pai tinha tempo pra conseguir ir em meus jogos, o que eu entendia já que a rotina de um treinador de sucesso é puxada mesmo. Mas agora com ele ali assistindo, me senti ainda mais motivado a provar meu talento.
Me distraí por dois segundos e os adversários marcaram uma cesta de dois pontos. Olhando pros lados vi a felicidade da torcida do time adversário, ainda felizes e incrédulos já que nunca nem chegaram perto de ganhar do meu time, decidi que infelizmente teria que acabar com a felicidade deles.
A partida começou novamente e agora eu estava 100% determinado a ganhar. Passei a bola para Hyunjin, que depois de ser marcado por dois jogadores, passou a bola para Jaewon.
Em poucos segundos, Jaewon também foi cercado por brutamontes maiores que ele (aliás, é a única coisa ao qual a outra equipe ganha em nós, altura). Mesmo sem ele dizer nada, eu soube que naquele momento ele estava cogitando tentar marcar a cesta sozinho, por mais arriscada que a situação tivesse; ou então passar a bola pra mim que estava livre.
Mesmo que relutante, ele me passou a bola, e foi aí que eu cometi um erro crucial. Antes de marcar a cesta, olhei de relance para a arquibancada e vi meu pai saindo da quadra com o celular no ouvido provavelmente em alguma ligação que aparentemente é mais importante que seu próprio filho. Antes que eu tivesse chance de me estabilizar e recuperar o foco novamente para arremessar a bola, senti minha cabeça doer e tudo ficar preto.
Quando abri os olhos, eu estava deitado em algum lugar que nunca tinha visto antes, e essa nem foi a parte mais estranha.
— Já acordou, querido? - Perguntou Soobin, que estava sentado do meu lado na cama. Ele tirou os olhos do livro que estava lendo e agora voltou sua atenção em mim.
— Soobin?! - Perguntei confuso e até um pouco assustado com o que estava vendo. Soobin lendo um livro por livre e espontânea vontade? E pior, me chamando de querido?!
— Você parece assustado, teve outro pesadelo? - Soobin se aproximou mais e fez carinho no meu cabelo como consolo. — Já passou, eu tô aqui.
Antes que eu pudesse surtar e gritar pro Silvio Santos parar com isso, duas crianças entraram correndo no quarto e pularam no meu colo.
— Papai Jun! - Disse uma das duas crianças que eu juro por Deus nunca ter visto antes, até porque lembraria de uma garotinha tão parecida comigo.
