༺ Capítulo 8 ༻

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Dia Um - Parte 1.

Dois Cabeça-Quente que não estão acostumados a aceitar ajuda tentam ajudar um ao outro.

🐇

— Você vai ficar parado? Você está me deixando tonto.

— Quarto de hóspedes. Você disse 'quarto de hóspedes', não foi?

Bunny gemeu exasperado, esticando as pernas sobre o braço do menor sofá do mundo, observando o duende andar de um lado para o outro em passos largos e furiosos e olhando para a porta como se pudesse assustar ela e fazê-la destrancar. — Foi o que eu disse.

— Mas não somos convidados, somos prisioneiros! – Jack chutou a porta e continuou andando. — É uma cela bem decorada!

— Não sei mais o que dizer, cara. – Ele suspirou, cansado. — Se ele não quer que a gente saía, a gente não saí.

A cabeça de Jack de repente se virou para ele, seus olhos suspeitamente arregalados e determinados. — Veremos sobre isso.

Ele invadiu a janela, destrancando a trava de metal e a empurrando para cima. O ar gelado invadiu a sala, a neve caiu dentro e a lareira rugiu.

Bunny nunca se moveu tão rápido em sua vida.

Pouco antes de Jack poder se atirar estupidamente do parapeito, ele o agarrou pela cintura e o jogou no tapete, batendo a janela e trancando com força. — Você perdeu o controle, seu grande idiota*? Só se passou uma hora e você já tá' pronto para pular?!

Jack se apoiou nos cotovelos, soprando pelo rosto nada impressionado, bagunçando a franja. Ele sacudiu seu cajado. — Eu posso voar, PomPom. Você esqueceu?

— Aqui não, você não pode! – Bunny esfregou o peito, bem acima do coração acelerado. — Apenas... preste atenção.

Jack olhou para ele com interesse frustrado enquanto batia o pé no chão. Houve um som baixo de uma abertura de túnel, que imediatamente desapareceu, sem nada para mostrar além de um pequeno floco de neve deixado ao seu pé.

— Tá' vendo? – Bunny pegou a flor e a colocou no parapeito coberto de neve. — Norte tem proteções. Não podemos usar nossa magia aqui. Portanto, não se jogue mais de nenhuma janela. Não posso continuar salvando você de se machucar.

— Você é quem fala... – Jack murmurou baixinho. Ele girou seu cajado e apontou diretamente para ele. Um ruído agudo foi emitido, mas a explosão de gelo que geralmente o acompanhava não estava em lugar nenhum. — Huh. Ele está enfraquecendo nossos poderes. Eu não sabia que Norte poderia fazer isso.

O pirralho!

— Devemos ser 'como duas pessoas, não como Pooka e Espírito'. – Bunny repetiu as palavras da carta, cruzando os braços. — Norte não deixa transparecer, mas ele tem mais poder do que precisa. Agora aponte esse bastão para outro lugar antes que eu o pegue e o enfie num lugar que você não vai gostar.

Jack bufou dramaticamente e jogou o cajado no chão, erguendo as mãos em sinal de rendição.

— Tudo bem então. – Ele voltou para o sofá e desabou nele.

Esta seria uma semana muito longa.

E assim que a semana terminasse, Norte iria pagar. Chega de pedidos de licor, chega de guloseimas especiais sobre as quais ele não tinha permissão de contar a Dente. Norte seria o único na maldita lista de travessos.

Os outros também não iriam escapar impunes. Não tinha nem chance. Eles–

— Você pensa muito alto. – Jack se contorceu no pequeno espaço ao lado dele, cravando um cotovelo em seu lado. — Você é um canguru inteligente. Qual é o plano? O que nós vamos fazer?

I Just Wanna Be Somebody To Someone - Tradução (JackBunny) Onde histórias criam vida. Descubra agora