༺ Capítulo 31 ༻

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Dia Sete - Parte Dois.

Jack informa Bunny sobre o plano de fuga, e Bunny percebe que pode ser um pouco mais complicado do que Jack pensa...

🐇

Bunny estava muito grato por esta ser a última vez que ele usaria a banheira do Pólo. Se havia uma coisa que ele ansiava era secar o pelo sob o sol quente. Esse ar estava deixando seu pelo muito... mais inchado.

Ele tentou em vão alisá-lo ao passar pela porta do banheiro e imediatamente tropeçou em um prato de Biscoito de gengibre*, abrindo as patas rápido o suficiente para evitar por pouco cair de cara em uma tigela enorme de trifle*.

Um trifle com cheiro de rum.

— Cuidado com os pés, Bun Bun. – Veio uma voz divertida do outro lado da sala.

— Não foi eu que criei os malditos riscos de tropeçar, Frostbite. – Ele rosnou, ficando de pé, olhando ao redor da sala. — C-C-Como é essa comida de café da manhã?

O lugar estava cheio de bandejas e tigelas de prata em todas as superfícies disponíveis, cuidadosamente decoradas com azevinho (o que era muito bom, ele tinha que admitir) e cheias de mais comida do que dois exércitos inteiros poderiam comer.

— Eu me desculpei, e fui sincero. – Jack sorriu, já vestido e sentado de pernas cruzadas no pequeno sofá com um prato cheio de maçãs temperadas no colo, raspando uma espessa camada de canela de um pedaço e colocando-o em sua boca. — E talvez eu tenha uma ideia sobre a comida.

Bunny cruzou os braços, os olhos fitando o duende de rosto inocente.

Era uma pena que ele estivesse vestido, de volta à sua roupa habitual, mas Bunny sentiu uma emoção secreta ao saber que sua obra de arte estava escondida sob o moletom, algo que Jack teria em sua pele pelo menos pelas próximas semanas.

Agora que pensava nisso, também era uma pena que não tivessem conseguido experimentar a banheira juntos. Pode ser que a logística funcione contra eles. O toque gelado de Jack estava fora deste mundo, mas o gelo de Jack se espalhando por uma pequena poça de água provavelmente seria uma história diferente. Talvez em águas correntes, como o rio da'Toca... Foi uma boa ideia...

O espírito continuou, impedindo-o de sonhar acordado. — Então sabemos que a Boa Surpresa nos dá o que queremos, mas vezes um milhão–

Bunny zombou ruidosamente da ideia de que tudo isso era o que eles queriam. Ele pegou sua bandoleira do chão e a prendeu na cabeça e no braço, encontrando um lugar na beira da cama para se empoleirar e amarrar os pés.

— Mas... – Jack falou lentamente, cutucando uma bandeja de salsichas gordurosas embrulhadas em bacon no chão em frente ao sofá. — Talvez desde que eu pedi café da manhã no Pólo, nós acabamos com... eu não  sei, uma enorme oferta de café da manhã de Natal? Ou a ideia de alguém sobre o café da manhã de Natal. Espero que os elfos estejam com fome.

— Alimentar aqueles pequenos mordedores de tornozelo com qualquer uma dessas coisas seria um ato de crueldade. – Afirmou ele enquanto deslizava e apertava as braçadeiras, franzindo o nariz para as camadas de aromas avassaladores de todas as bandejas, invadindo seu espaço. Foi como estar bem no meio do workshop* durante uma das celebrações do Norte.

— Você tá' bem? – Perguntou Jack, olhando para ele.

Suas orelhas malucas caíram em sua cabeça com a preocupação genuína na voz profunda de Jack.

Por alguns momentos.

Então eles enrijeceram, lembrando que em breve aquela semana louca acabaria e ele estaria...

I Just Wanna Be Somebody To Someone - Tradução (JackBunny) Onde histórias criam vida. Descubra agora