༺ Capítulo 19 ༻

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Dia Cinco - Parte Um.

Jack e Bunny se divertem com um dia tranquilo e agradável!

Jack saiu do banheiro, esfregando uma toalha no cabelo recém-limpo antes de jogá-la na pequena pilha de roupas ao lado da cômoda e balançando energicamente nos calcanhares.

Ele estava acordado, lavado, vestido (de volta com suas roupas normais, o que era legal) e pronto para o dia.

Bunny, por outro lado, estava deitado de costas com um braço pendurado sobre os olhos e os cobertores enrolados inutilmente em torno de suas pernas, cochilando profundamente.

Por que ele não tinha uma câmera?

Ah, sim, porque ele não teve tempo de embalar um antes de serem sequestrados da Toca, despojados de sua magia e mantidos prisioneiros por deixar todo mundo louco com suas lutas incessantes.

Engraçado como ele sempre se esquecia de tudo isso.

Hum...

Jack sorriu, levantando o capuz e pulando silenciosamente na cama com os pés de cada lado dos quadris de Bunny. Se agachando sobre ele, ele aproveitou a oportunidade para cobiçá-lo adequadamente. Sua testa escura e franzida sob o braço, suas orelhas enganosamente pesadas esmagadas contra o topo da cama, todo o seu pêlo desgrenhado pelo sono e seus padrões delicados, os pretos, os cinzas escuros, os prateados e até os violetas e os azuis quando captavam a luz.

Bunny não tinha nada a ver com ser tão bonito. Realmente não foi justo. Ele era mais velho que o planeta, pelo menos deveria parecer (embora a ideia de um velho e enrugado Coelho com bigodes enrugados e pelos nas bochechas até os joelhos fosse hilária... e sem dúvida ele ainda seria estupidamente atraente).

Ele passou as costas dos dedos pela barriga, apenas roçando o pelo. Era macio como seda, como o pelo de seus braços e pés.

As coisas que Bunny deve ter visto em sua vida... ele provavelmente poderia passar alguns milhões de anos apenas contando todas as histórias.

Jack ficaria feliz em ouvir cada um deles. Ele queria aprender o máximo que pudesse sobre ele.

As pontas dos dedos dele percorreram a barba espessa de sua bochecha, pensando na noite anterior e nas perguntas curiosas de Bunny. Seu interesse sincero fez coisas estranhas ao coração de Jack, e em vez de fornecer os detalhes básicos como normalmente fazia sempre que Dente perguntava algo sobre suas memórias, ele havia derramado absolutamente tudo sobre ele.

Ele falou sobre sua morte e seu novo despertar, sobre a lua lhe dizendo seu nome e nada mais, sobre sua confusão quando tentou fazer contato com alguém, qualquer pessoa, e o horror de perceber que ninguém poderia vê-lo. Ele admitiu seu medo de não saber quem ele era ou o que estava acontecendo e como, depois de algumas décadas, ele finalmente aceitou que esta era a sua vida, e ele não iria viver sua vida chafurdando naquele medo.

Mesmo que ficasse invisível pelo resto da eternidade, ele encontraria alegria onde pudesse e a espalharia para o maior número de pessoas possível.

Bunny não interrompeu nem perguntou mais nada. Ele ouviu atentamente cada palavra, o tempo todo o segurando perto, passando uma pata gentilmente em suas costas.

Quente, confortável e seguro, todos os pensamentos daqueles primeiros anos de sua espiritualidade se afastaram lentamente, e ele deve ter cochilado em seus braços.

O nariz de Bunny se contraiu sob seus dedos e Jack riu baixinho. — Grande, duro e macio.

O coelho resmungou, espiando com os olhos abertos.

I Just Wanna Be Somebody To Someone - Tradução (JackBunny) Onde histórias criam vida. Descubra agora