I Just Wanna Be Somebody To Someone - Tradução (JackBunny)

༺ Capítulo 13 ༻

Dia Três - Parte 1.

Na manhã seguinte...

❄

Jack acordou com uma pressão incrivelmente suave contra sua cabeça, envolta no cheiro de chocolate. Tudo estava quente e ele cantarolava relaxado, se empurrando para as vibrações estranhas e suaves acima dele.

Ele tinha certeza de que havia adormecido ao lado de Bunny no quarto de hóspedes do Norte...

Espiando um olho aberto, ele olhou ao redor na escuridão.

Bem, ele definitivamente não estava mais dormindo ao lado do Bunny.

Ele estava dormindo em cima dele.

— Vamos. – Ele resmungou. Já era ruim o suficiente ele ter abraçado Bunny na noite anterior, ele não poderia permitir que ele acordasse e descobrisse Jack usando ele como travesseiro.

Um travesseiro muito, muito, muito bom, mas isso não vinha ao caso.

Ainda meio adormecido, Jack tentou se esquivar, até que foi puxado suavemente, mas com firmeza, de volta ao peito de Bunny, braços macios o envolvendo, e o coelho crescido rosnou baixo, esfregando lentamente a mandíbula no cabelo de Jack.

— Hum, Roo? – Ele riu em um sussurro. Bunny devia estar dormindo profundamente, porque as vibrações ficaram mais altas e o estrondo profundo na mandíbula e no peito do Bunny ficou mais forte.

Quase parecia...

— Você está... ronronando?! – Ele murmurou com um sorriso, tentando olhar para cima. Irritantemente, estava escuro demais para ver qualquer coisa e Bunny não estava lhe dando espaço de manobra.

— Então não estou usando você como travesseiro, você está me usando como um brinquedo fofinho. – Disse Jack, se aninhando sonolento em seu pelo. — Fofo. Muito fofo.

Ele supôs que poderia empurrar com mais força, ou gritar com ele ou cutucá-lo, ele só... não queria.

Já era muito tarde, e ele se sentia confortável, relaxado e seguro, e não se importava com as sombras assustadoras que refletiam nas paredes, nem com o fato de não poderem sair, nem com os ventos uivantes do lado de fora da janela coberta de neve...

Não, nada disso importava.

Não quando o nariz quente do Bunny atingiu o topo de sua cabeça e ele fungou um pouco, um pequeno rosnado, e então o ronronar começou mais uma vez.

Jack teve que morder o lábio para não cair na gargalhada, todo o seu corpo tremendo com o esforço de ficar quieto.

O grande embrulho de pelo que o abraçava era tão diferente do canguru competitivo com o qual ele estava acostumado, e como não parecia que ele seria solto tão cedo...

— Tá' bem então. Você pode me ter. – Jack exalou feliz, se aconchegando mais profundamente no pêlo grosso e longo no topo do peito de Bunny, pressionando a cabeça no espaço sob sua mandíbula. — Todo seu.

Deve ter sido a coisa certa a dizer ou fazer, porque Bunny pareceu se enrolar sobre ele, e o ronronar se tornou um estrondo agradável e baixo.

Jack suspirou profundamente, fechando os olhos e voltou a dormir.

❄🐇

Bunny gemeu, piscando, absorvendo o caleidoscópio de luz solar intensa que entrava pela janela fosca. As nuvens estavam começando a diminuir, o vento forte e implacável jogava a neve que restava no vidro em rajadas selvagens.

Ele se contorceu ainda mais nos travesseiros. Talvez já fosse tarde, mas sua cabeça ainda estava pesada com os efeitos colaterais do vinho.

Mais uma hora de descanso e ele estaria bem como a chuva.