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Your darling

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Your darling.. Five

Acordei quando na era bem de tarde..Me estiquei um pouco passando a mão em meu rosto enquanto resmungava pela dor de cabeça. Olhei para trás vendo o resto de minha cama, vi a bermuda da garota jogada na mesma e logo me lembro do que aconteceu no meio da madrugada. Soltei um suspiro e fui ao banheiro, tomei um bom banho gelado e escovei meus dentes. Terminei de fazer minhas higiene e me troquei. Estava frio, então coloquei uma blusa colada preta com mangas compridas e uma calça da mesma cor meio larga. Coloquei um cinto e meus sapatos e sai do quarto procurando por Angelina em seu quarto.

A porta já estava aberta, o que eu estranhei já que ela gostava de fechar as portas, sempre. Ela não estava lá, então eu desci vendo praticamente todos ali na sala.

– Cadê a Nunez?

– Que formalidade é essa, Hermano? Vocês já estão praticamente casados, já podem se chamar de amor, bombonzinho, xuxuzinho.

– Cala boca, Klaus. Só me respondem.

– A gente não viu ela desde ontem. Vocês estão bem?

– Sim, Viktor.. E obrigado.

Fui para a cozinha e me sentei no banco. Peguei um pouco de café colocando na minha xícara, eu não queria esperar para poder conversar com ela.. mas eu não fazia ideia de onde ela tinha ido..bebi o café da minha xícara e soltei um resmungo reclamando do gosto. Quem havia feito essa merda? Tava fedendo se tão ruim.

Me teletransportei para o meu quarto e peguei minha carteira. Sai da casa indo para a cafeteria mais próxima dali, estava praticamente morto por não ter dormido muito bem, e ainda sentir que a Angelina ficou bem irritada com o que aconteceu e com o que eu falei.

Entrei na lanchonete e fui até uma mesa do lado da janela. Me sentei e então uma garçonete veio até mim com um cardápio.

– Só um café.

Senti a mão dela passar em meu braço indo até o meu ombro o que me fez suspirar.. Estava ouvindo o que parecia ser um grupo rindo, não estava me importando muito até ouvir uma voz familiar..

Me virei vendo que Angelina estava no meio. Ela parecia ter se engasgado com o bolinho que estava comendo, essa menina é toda esquisita, mas é ela, o jeito dela.. voltei a olhar para frente e então vi o café chegando em minha mesa.  Peguei logo e comecei a beber enquanto prestava atenção na conversa da mesa bem distante. Eles pareciam.. elogiar a Angelina. Provavelmente de algum jogo já que eles estavam bem desarrumados.

Ela parecia estar bem distraída.. olhei para trás novamente vendo um garoto loiro passando o braço pelo seus ombros. A expressão dela mudou completamente com isso. Ela parecia desconfortável com a proximidade do garoto.

Voltei a olhar para frente e então respirei fundo me levantando. Claramente com raiva.. me aproximei da mesa tendo a atenção de todos sentados inclusive dela, ela se distanciou um pouco do garoto e então cruzou os braços enquanto me olhava.

– Nunez.. precisamos conversar.

– Eu já volto, gente..- Disse a garota se levantando de lá e vindo até mim. Peguei na mão dela saindo junto com a mesma da lanchonete.

– Quem era aquele com o braço em você, Nunez?

– É sério isso, Hargreeves? - Ela deu uma risada parecendo incrédula. - Você não vai nem pedir desculpa ou pelo menos me explicar por que agiu daquele jeito?

– Não é da sua conta. Quem é aquele garoto? - Sinceramente, eu não estava pensando no que eu falava no momento. Estava irritado com a proximidade que ela se encontrava com o garoto.

– Você é inacreditável. Isso também não é da sua conta! Com quem eu ando ou deixo de sair é problema meu! Se você não quer contar o que tava acontecendo naquela noite, eu também não devo satisfação de com quem eu estou saindo.

– Merda, você só complica as coisas, Angelina! O que aconteceu é problema meu! Você é idiota ou o que? Vai deixar ele encostando assim em você? Você pelo menos conhece essa garoto? Daqui a pouco vai estar dando para ele, não é? Não aguenta nem um gritinho sequer, vê se cresce, Angelina. - Acabei falando com a voz alterada, a fazendo recuar de mim. Pude ver os seus olhos se encherem de água e a mesma me encarando aparentemente com ódio. Puta merda, Five. Era pra você resolver as coisas, nao as bagunçaram mais ainda. - Olha..eu..

– Não. Eu já ouvi demais, não acha? O nome dele é Jimmy. Ele tem 17 anos e é Gay. O garoto que tava do lado dele é o namorado. Podia parecer que eu estava desconfortável mas eu estava com a porra da dor no meu joelho. Sabe por que? Porque eu agora estou em um time de vôlei, e hoje eu acabei me machucando. Eu até reclamei da dor com eles. Mas você não sabia perguntar com calma, não é? Você tinha que chega me puxar para fora e gritar comigo. Não quero alguém pra minha vida que age como você está agindo agora, pelo menos não mais.

Senti ela batendo em meu ombro quando passou por mim. Fechei meus olhos resmungando e então eu pude perceber o que eu estava fazendo, como eu falei e agi com ela..

– Puta merda..- Falei para mim mesmo enquanto olhava ela se sentar com os outros. Sai de lá indo direto para casa, entrei no meu quarto fechando a porta e me sentei na poltrona, apenas pensando no que eu iria falar.. eu estava errado, eu sei.. então agora eu é que deveria ir pedir desculpas para ela.

O jeito é esperar ela voltar para casa.

Já era meia noite nessa merda essa garota do caralho não tinha chegado.

No momento, eu estava sentado na poltrona da sala enquanto uma xícara de café era presente em minha mão. Já estava totalmente impaciente pela demora da garota. Estava se passando milhares de coisas pela minha cabeça, e grande parte não é nada boa.

Já iria desistir de esperar e ir atrás dela até que ouço a porta da entrada se abrindo. Quando eu vi um semblante negro entrando na sala, eu liguei o abajur e como esperado eu vi a garota toda descabelada e com seus sapatos na mão.

– Você tem noção de que horas são, Angelina?!

– Tenho. Parece que você é que não tem. Idosos não podem ficar acordados até tarde.

Ela ia subir mas então eu me teleporto em sua frente a prendendo na parede enquanto a olhava. Seu rosto estava mais pálido do que o normal.. Eu levantei uma sobrancelha minha e então apertei o pulso da garota enquanto ela me olhava totalmente furiosa. Eu a olhei bem nos olhos e então eu vi a sua expressão mudar completamente. Ela queria chorar.

– Me solta. - Ela disse e então me empurrou para longe dela. - Eu já falei para você não se intrometer mais na minha vida. Pra você, não importa a hora que eu saio ou a hora que eu chego. Por favor, não encosta mais em mim.

Eu a olhava com raiva..Mas a dor que ela estava sentindo era transmitida. Ela subiu o primeiro degrau e logo depois sumiu no escuro do corredor.

Puta merda, essa garota só está complicando as coisas.

𝐔𝚖 𝚛𝚘𝚖𝚊𝚗𝚌𝚎 𝚀𝚞𝚊𝚕𝚚𝚞𝚎𝚛..- 𝐅𝐢𝐯𝐞 𝐇𝐚𝐫𝐠𝐫𝐞𝐞𝐯𝐞𝐬.Onde histórias criam vida. Descubra agora