Jennie Kim, falsificadora, ladra, mentirosa, bonita, sexy. Costuma conseguir as coisas de qualquer jeito, com um gosto respeitando por literatura e obras de arte.
Lalisa Manoban, agente do FBI, modéstia a parte, uma das melhores. Seu hobby? Prender...
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JENNIE KIM
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Ela permaneceu em silêncio por longos segundos. E ao contrário de anos atrás, eu não conseguia mais saber o que ela estava sentindo apenas por olhar a feição que seu rosto transmitia, que alias, se mantinha indecifrável.
Ainda em silêncio, Wheein se afastou da porta, um pedido mudo para que eu entrasse, e sem hesitar, entrei no apartamento. Ouvi a porta se fechando atrás de mim, e logo ela estava novamente a minha frente, e antes que eu raciocinasse, seus braços estavam ao redor do meu pescoço, me puxando em um abraço, e como em uma reação automática, envolvi sua cintura, a trazendo mais perto, percebendo que ela estava praticamente nas pontas dos pés para me abraçar daquela forma.
— Eu senti sua falta, Ruby Jane — sua voz ressoou em meus ouvidos. Novamente, não controlei minhas ações e meus lábios.
— Eu também senti a sua, Wiki — murmurei, beijando levemente seus cabelos lisos.
Sim, eu realmente senti falta daquela mulher. Porém, apesar dos meus gestos, eu não sentia meu coração acerelar, como costumava acontecer sempre que ela estava no mesmo cômodo que eu, e muito menos senti aquela paz fora do comum, de quando ela me abraçava. Ao mesmo tempo, eu não tinha poder sobre minhas ações, era quase natural estar assim com Wheein. Afinal, ela foi minha primeira namorada, meu primeiro amor, ela foi a primeira a realmente quebrar meu coração. O que explica minha falta de juízo de fugir da cadeia para ir atrás dela.
— Vem, eu imaginei que viria aqui hoje, tenho algo que pode nos ajudar a conversar.
Franzi o cenho com suas palavras, a vendo se afastar, e me puxar me mão, me guiando pelo apartamento, até chegarmos na cozinha, onde ela largou minha mão, abrindo um dos armários e puxando uma garrafa de vinho e duas taças, me servindo de uma em seguida, e logo colocando a bebida para si mesma. Encarei o liquido vermelho escuro em meu copo, e levei meus olhos até encarar ela.
— É um vinho qualquer, ou dessa vez a garrafa e a bebida estão unidas? — questionei, lembrando rapidamente do que encontrei em nossa antiga casa.
— Não pode me julgar, aprendi aquele truque com você — retrucou, bebendo devagar o conteúdo do seu copo — E além do mais, precisava que soubesse que estive ali.
