Capítulo 13

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Peço perdão pela demora, muitas coisas aconteceram e eu acabei ficando extremamente enrolada.

Boa leitura!

***

Rhaenyra soltou um suspiro, ela esperou que o guarda anunciasse sua presença. Passou a mão pelo vestido de seda vermelho. Ajeitou a pulseira de ouro que rodeava seu pulso, e depois o cabelo, percebendo que mesmo com a brisa suave que passava pelos corredores, o cabelo continuava intocável.

As portas do aposento de Daemon se abriram, e o guarda olhou para seus olhos por alguns segundos, antes de desviar.

- Vossa Majestade, lhe espera.

Ele abriu espaço para que ela passasse, e Rhaenyra entrou, ouviu as portas se fecharem, e ajeitou a postura colocando um sorriso confiante no rosto.

Daemon esperava sentado em uma das poltronas perto da lareira, com uma taça de vinho em mãos. Ela se aproximou, e Daemon a olhou antes de se levantar, e abrir um sorriso de lado.

Rhaenyra ficou indecisa de como cumprimentá-lo. Ele era o rei, seu parente e agora seu noivo. E ela estava sozinha com ele, nos aposentos dele. Ficou agradecida quando o contato veio dele. Daemon tocou a parte de trás de seu braço levemente, deixando eles a uma distância mínima um do outro.

- Você está de tirar o fôlego.

Rhaenyra apesar de sentido as bochechas esquentarem pelo elogio, ela sorriu confiantemente. Ela olhou nos olhos violetas de Daemon.

- Você também não está nada mal. - Comentou, e Daemon ergueu uma sobrancelha.

- Há algo que quero lhe dar. - Daemon disse, ele se afastou, e Rhaenyra observou curiosa. Ele pegou uma caixa retangular coberta por veludo preto de cima de sua cama, e se aproximou, estendendo para Rhaenyra.

Ela pegou com cuidado, e com uma das mãos, puxou a tampa da caixa, sua boca se abriu em choque quando vislumbrou o que havia dentro. Seus olhos lilases brilharam enquanto observava deslumbrada a adaga feita de aço valiriano, o cabo era feito de ouro, e no meio tinha um grande rubi.

- É linda.

- Sabia que iria gostar, é um presente de casamento. - Rhaenyra o olhou encantada. - Óbvio que não usará agora, já que ainda não aprendeu a manejar uma adaga direito.

Rhaenyra revirou os olhos e sorriu. Daemon tinha apenas mostrado alguns movimentos de como usar uma adaga, sem se aprofundar muito, já que eles ainda estavam na parte do combate corpo a corpo.

- Obrigada. - Agradeceu.

Daemon apenas deu de ombros. Ele gesticulou apontando para a mesa.

- Vou pedir para que sirvam o jantar, e também pedirei para que levem para o seu quarto. - Ele pegou a caixa das mãos de Rhaenyra, e ela assentiu, e desviou o olhar para o fogo crepitante na lareira.

Como sua vida tinha mudado tão drasticamente em semanas? Um dia ela era apenas uma princesa vivendo em Dragonstone, e no outro estava prestes a se casar e virar rainha.

Daemon abriu as portas do aposento para que os servos passassem, a boca de Rhaenyra salivou com todos os pratos que estavam sendo postos na mesa. Daemon puxou uma das cadeiras para que se sentasse, e ela se acomodou. Ele se sentou de frente para ela.

- E como estão os preparativos para o casamento?

- Cansativos. - Rhaenyra admitiu. - Um casamento em cinco dias, Daemon? Onde vocês estavam com a cabeça?

- A Fé irá se rebelar, Rhaenyra. Então precisávamos ser rápidos, para que nada impedisse, e também há a questão do assassino. Você estará na mira dele.

- Eu sei. - Rhaenyra já tinha uma ideia que como noiva de Daemon, ela viraria um alvo.

Ela tinha pensado muito sobre todos os acontecimentos nos últimos dias, e ela tinha uma certeza, o assassino era um dos lordes. Por que mais alguém estaria assassinando garotas inocentes, se não fosse para eliminar a concorrência?

Rhaenyra colocou assado de cordeiro, e batatas assadas em seu prato, Daemon enchia sua taça e a dele com vinho. O resto do jantar fora agradável, e assim que eles terminaram a sobremesa, se sentaram perto da lareira, aproveitando o calor que irradiava.

- Acha que conseguiremos pegar o assassino? - Rhaenyra perguntou.

Daemon assentiu, bebendo um gole de seu vinho.

- Ele está mais perto do que imaginamos. - Rhaenyra o encarou. - Pegaremos todos os que estiverem por trás disso.

- Já está tarde, é melhor eu voltar aos meus aposentos, afinal, ainda não somos casados.

Ela se levantou e Daemon se levantou junto. Ele deixou a taça de vinho vazia em cima da lareira.

- Tem certeza? - Um sorriso malicioso apareceu em seu rosto, e Rhaenyra arqueou uma sobrancelha. - Daqui a dois dias estaremos casados, não acho que vá fazer muita diferença.

Rhaenyra se aproximou, ficou tão próxima de Daemon, que seus lábios poderiam se encostar facilmente com os dele.

- Você sabe que por enquanto não podemos.

- Estamos sozinhos aqui, Rhaenyra.

- Tem guardas lá fora. - Rebateu. Daemon se aproximou mais, segurando sua nuca com a mão. Os lábios encostando nos de Rhaenyra como uma carícia suave.

- Você sabe que eu não me importo, eu sou o Rei. E você como minha futura Rainha também não deveria. - Daemon não esperou pela resposta de Rhaenyra, ele a beijou profundamente.

Suas línguas se tocando, e explorando um ao outro. O fogo ardia, descendo até se acumular no ventre de Rhaenyra. Ela podia sentir algo duro lhe tocando, e não pode deixar de se sentir profundamente envergonhada.

Quando o beijo terminou, ela se afastou de Daemon, suas testas se encostaram, ambos respirando pesadamente.

- Eu esqueci de dizer a última regra. - Rhaenyra suspirou. - Isso... entre a gente, só acontecerá quando nos casarmos.

Ela se afastou dos braços de Daemon vendo a raiva em seu olhar, antes de ser substituída por indiferença, e caminhou rapidamente em direção a porta.

- Boa noite, Daemon.

Ela não esperou pela resposta, Sor Erryk a esperava, parado como uma estátua. Ela acenou para ele, e eles caminharam em direção a seus aposentos.

***

Gente, essa fanfic não terá grandes plots, ou grandes cenas de ação, porque não foi com esse objetivo que eu a criei. 

E peço desculpas mais uma vez pela demora, conforme o ano passa fico cada vez mais enrolada, e acaba que começo a demorar para escrever os capítulos.

Até o próximo capítulo.

A Rainha Consorte| DaemyraOnde histórias criam vida. Descubra agora