She it's my!

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Isabelle Lucchese

Já se fazia um mês e três dias que eu vim morar com Jimmy, o luto pra nós dois foi difícil, só que o mais difícil é doloroso mesmo foi nós ficarmos esse tempo todo quase sem trocar muitas palavras.

Depois daquele dia que eu saí de casa sem falar com Jimmy mais uma vez, ele me trancou por uma semana no meu quarto com as janelas trancadas, tendo o ar só do ar-condicionado. Desse dia indiante eu decretei ódio a ele e que nunca mais iria chama-lo de irmão.

Toc toc

A porta do quarto fez barulho de batidas.

- O café tá na mesa. - Jimmy fala colocando a cabeça pra dentro do meu quarto.

- Tô sem fome. - falo sem tirar os olhos do celular.

- Isabelle. - ele fala meu nome.

- Humm?

Ele solta um suspiro alto e entra no quarto fechando a porta, ele caminha até mim e eu permaneço com a atenção no celular até ele tomar da minha mão ficando em pé.

- Me dá meu celular!

Falo me levantando indo pegar meu telefone, mas e ergue o braço pra me impedir.

- Que porra você tanto faz nesse celular?

Ele fala se afastando e olha meu celular que estava desbloqueado.

- Quem é esse "Das tranças"?

Meu corpo gela e eu pulo nas costas dele pegando meu celular. Como assim é mais forte eu tive dificuldade, mas fiz cosquinha nele e ele deixou cair meu celular. Eu deci das costas dele e peguei o telefone.

- Já não basta me prender sempre nessa merda desse quarto, e ainda quer tomar conta da minha vida, privacidade menino.

Me afasto e deito na cama. Coloco o celular no meio dos seios pra esconder e cruzo os braços. Jimmy me estende a mão pedindo o telefone.

- O que?

Pergunto encarando ele por cima sem inclinar a cabeça.

- Me dá!

- Não

Me viro de lado e fecho os olhos. Ele se senta na cama e apoia a mão nos meus pés. Ele fica pedindo o celular mas eu recuso a dar pra ele, se ele descobrir que eu estou falando com um homem ele acaba comigo, se só de eu ficar perto de um ele reclama, imagina se ele soubesse que estou "flertando" com algum.

- Se eu for pegar, não reclama, já te pedi muitas vezes.

- Você não vai acabar com a única coisa que eu tenho, eu preciso de privacidade, menino.

Ele fica em silêncio, acho que é pelo fato de eu não estar falando o nome dele, e sim por estar chamando ele de "menino".

- Vai trabalhar vai, ou vai comer aquelas putas, é o que homem mais sabe fazer.

Assim que termino a frase, sinto uma mão puxar meu braço com certa força me fazendo ficar sentada. A cara de Jimmy expressava raiva e indignação. Ele não apertou mais meu braço por que eu lhe dei um tapa e o repreendi.

- Vai me marcar de novo moleque? Já não é o suficiente me manter em cárcere-privado?

Ele grunhiu de raiva, a respiração dele tava pesada, ele não parava de me encarar, parecia estar amaldiçoando minha alma, ou até mesmo a mim. Ele se levantou e se virou.

- Se você não estiver com essa bunda sentada na cadeira lá embaixo, eu venho pra te buscar, e você não vai gostar nem um pouco.

Ele fala de costas, saiu e fechou a porta com força, me fazendo pular com o barulho que atingiu meus ouvidos que depois se tornou um zumbido irritante. Eu permaneci sentada, encarando a porta. Jimmy se tornou um homem mais agressivo, impulsivo e arrogante, não que antes já não fosse, mas hoje ele passou dos limites, só não me marcou pelo fato de eu ter dado um tapa nele.

MY SOUL IS BAD - Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora