MY SOUL IS BAD - Tom Kaulitz

Scheisse

Jimmy

Subo para meu quarto depois de levar a Isabelle a meu bar debaixo da escada. Entro no cômodo e deito na cama de barriga para cima, com o braço esquerdo debaixo da cabeça e o direito na cama esticado. Fico pensando nas coisas que aconteceram, em questão de segundos minha noite se tornou embaraçosa.

Ver Isabelle chorar ao saber da verdade me seixos triste, eu só queria acolhe-lá e mostrar a ela que eu estaria por perto cuidando e protegendo. Eu não imaginaria acontecer o que aconteceu, eu estava com a cabeça tão cheia que acabei confundindo as coisas.

Minha adolescência toda foi pensando nela, sempre quis protegê-la de todas as formas, mas meus olhares foram ficando diferentes. Eu não imaginava se apaixonar por ela, muito menos ela sendo minha irmã. Sangue não quer dizer nada, por que se for assim, qualquer mosquito tem o meu.

Ela foi escolhida para entrar na família e vai ser assim. Nunca mais vou confundir as coisas, ela merece um irmão que a proteja, não de um irmãos que se apaixone ou que a maltrate. Irei mudar pela Isa, ela é tudo que eu tenho.

Sinto um pressentimento estranho e me sento na cama, paro de pensar e sinto a ausência de Isa na cama, por ela estar muito silenciosa. Pego meu celular e ligo para Coiote.

-fala chefe.

-Coiote, Isa está aí embaixo?

-vou vasculhar, me dê um minuto!

Ouço os passos de Coiote pelo celular. Depois de um tempo ele fala comigo.

-bom, aqui no andar de baixo ela não está.

Merda

-dê uma olhada no meu bar, debaixo da escada

-certo.

Ouço a porta se abrir.

-aqui também, quanta garrafa jogada, você estava bebendo de novo chefe?

-não, ela estava aí, vou dar uma olhada aqui no andar de cima, me ajuda?

-tô subindo.

Desligo o celular e saio do quarto. Vejo Coiote subindo as escadas e paro na frente do quarto de Isabelle colocando o dedo indicador na boca em sinal de silêncio, caso ela esteja dormindo não quero acordá-la.

Coloco a mão na maçaneta e giro com cuidado, abro a porta e coloco a cabeça pra dentro do cômodo, abro a porta e não vejo ela ali.

—Isa? Tá aqui?

Bato na porta do banheiro e nada, abro a porta e estava vazio.

—Scheisse. Ela não tá aqui!

Coiote me olha.

—O que eu faço? Tô na disponibilidade pra qualquer coisa.

Saio disparado do quarto e desço as escadas rápido. Coiote me acompanha até a parte de fora de casa, vou para a garagem e vejo se todos os meus carros estão lá.

—Alguém veio aqui buscar ela, todos os meus carros estão aqui, até a Audi que ela gosta.

Entro pra casa novamente e subo até meu escritório. Coiote sempre atrás de mim. Abro a gaveta e pego minhas duas armas que estavam ali, coloco uma na cintura e a outra arremesso para Coiote, que pega no ar.

—As balas estão atrás desse quadro, abre essa porta aí e pega pra mim também, vou só ir colocar uma camisa e já volto.

Ele tira o quadro e pega as balas das duas armas. Saio da sala e vou para meu quarto, pego qualquer camisa e visto, volto para meu escritório.