My name is Jasmin?

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Eu ergo minha cabeça para olhar para ele, vejo que seus olhos esticados se encontram com os meus, dividindo a atenção para os papéis e a mim. Meu rosto provavelmente está inchado de tanto chorar, ler aquelas coisa só meu deixou mais mal ainda.

— O que é isso, Jimmy?

Eu pergunto a ele, que estava olhando para os papéis, logo vindo até mim, afasta a cadeira comigo sentada, pegando os papéis que estavam no meu colo e juntando dentro da pasta.

— Não admito que você mexa nas minhas coisas sem minha autorização.

— Me responde Jimmy, o que são esses papéis?

Falo secando o rosto e me levantando da cadeira, ficando em uma distância grande dele. Minha pergunta torna tenção dentro da sala, fazendo Jimmy pela primeira vez, ficar em silêncio. Ele fecha e tranca a gaveta, se levanta e me encara, sua altura me deu medo por três segundos. Pelo menos ele não estava sem bermuda.

— Isa ....

— Jasmin? Meu nome é Jasmin?

Questiono ele, cortando sua fala. Ele da dois passos largos para frente, e eu dou a mesma quantidade, mas sou interrompida de prosseguir ao bater as costas na parede. Meu coração batia rápido quando ele se aproximou, seu perfume tomando conta do meu nariz.

— O que mais você leu?

Sua voz era calma e serena, saindo quase em um sussurro pra mim, eu com os olhos nos dele, seu corpo próximo do meu. Eu não iria me rebaixar a ele.

— Auly e Koven não são meus pais? Eu não sou Alemã, não nasci aqui, sou adotada, e você não é meu irmão!

Dou ênfase na última frase, dando pra ver a pupila dos olhos dele se dilatar. Eu só queria sair daquele quarto, não quero mais ouvir a voz de Jimmy, não quero mais olhar na cara dele, não quero mais vê-lo perto de mim, eu quero distância dele.

Jimmy

Ouvir as últimas palavras que Isabelle falou me quebrou por dentro, nunca imaginei que esse dia chegaria. Fiquei furioso ao ver ela mexendo mas minhas coisas. Terei que arrumar alguma desculpa para que ela não vá embora, por que eu a conheço bem, e sei que ela vai fazer de tudo pra ir.

— Eu...eu não sei o que eu falo, não imaginei ter que falar isso, você não precisa saber, você cresceu com a gente, cresceu com a mamãe e o papai, em Los Angeles....

— Quando você ia me falar isso, Jimmy? Você mentiu pra mim!

— Olha Isa, eu realmente não ia te falar, por que eu te quero por perto, e sei que se eu falasse você iria ir embora...

— Que bom que sabe, por que é isso que vou fazer!

Ela me empurra e vai até a porta, saindo da minha sala e entrando no quarto dela. Eu vou atrás e a sigo, não vou admitir que ela vá, eu a quero ao meu lado, quero saber que ela está segura, eu quero a Isa....

— Não vai, por favor....

— Não me impeça, eu vou em pronto, nem sei quem você é de verdade, passou anos e anos longe de Los Angeles, me machucou....o que mais você é capaz de fazer?

Ela faz uma pausa na fala e anda até a porta onde eu estou.

— Seu nome é Jimmy mesmo? Ou você está mentindo pra que eu fique e acredite no que você fala?

— Sim, meu nome é Jimmy sim, e não admito que você saia por aquela porta, você não tem lugar pra ir.

— Quero ver me impedir, e pelo contrário, tenho lugar sim, e muitos lugares.

Ela sorri e vira as costas, puxo ela pelo braço.

Isabelle

Ele me puxou, lutei contra seu aperto, mas sou fraca o suficiente pra não conseguir me livrar. Ele me virou de costas e tapou minha boca, me fazendo ficar quieta. Ele entrou no meu quarto, fechou e trancou a porta, senti um medo percorrer meu corpo, segurei a mão dele puxando para baixo.

— Me solta.

Tentei gritar, mas a mão dele me impedia, ele agarrou minha cintura, colando nossos corpos.

— Se continuar gritando, não vou te soltar.

Ele falava lutando contra meu corpo, que tentava a todos momento se soltar do dele. Depois de muito tempo, eu cansei, parei de tentar me soltar dele, eu sabia que eu não ia conseguir, e quanto mais eu tentava, eu me cansava, então parei.

— Acabou?

Eu balancei a cabeça, como em um sim. Ele aos poucos foi me soltando.

— Se você pedir ajuda, ou correr, acabo com você!

Eu concordei e ele por fim, me soltou, andei de vagar até minha cama e me deitei nela, cobrindo meu corpo e fechando os olhos, eu só queria que isso tudo fosse um pesadelo, e que se eu acordasse eu estaria bem, e nada disso tivesse acontecido. Segurei a todo momento meu choro.

O quarto ficou em silêncio, dava apenas para ouvir meus pensamentos, eu estava enlouquecendo, estava com medo, cansada, exausta. Eu só queria ter uma vida normal, como uma pessoa normal, mas sou impedida de ser por causa do homem que eu chamava de irmão, eu tenho medo dele, ainda mais agora depois de descobrir tudo.

Sinto a parte de trás da cama afundar, a coberta se erguer, e logo em seguida uma mão passar em meu cabelos. Espremi os olhos, pedindo em meus pensamentos que ele vá embora, eu não quero mais estar perto desse homem, não quero mais ficar nessa casa, eu quero ir embora.

— Está tudo bem! Eu vou cuidar de você!

Ele falou em sussurro. Sua mão parou de alisar meu cabelo, ele se acomodou do meu lado e passou os braços na minha cintura, eu soltei um leve gemido quando ele me puxou, aproximando meu corpo do dele, em uma conchinha. Senti seu nariz no meu pescoço, me cheirando. Sua mão acariciava minha barriga por cima da roupa, em forma de acolhimento, por um momento me senti calma.

— Tá bom?

Ele perguntou sussurrando contra meu pescoço, e voluntariamente minha resposta foi uma balançada de cabeça, respondendo com um sim. Meu corpo estava trabalhando por mim, eu só queria dormir e acordar bem, eu nao queria ter passado por isso.

O pé de Jimmy alisava meu pé algumas vezes, fechei meus olhos e fiquei quieta. Ele dava beijos na minha nuca por cima do cabelo, a mão dele passou por debaixo da minha camisa, alisando minha barriga subindo até meu seio direito. Estremeci ao sentir e suspirei.

— Tudo bem?

Ele perguntou calmo e eu fiquei quieta. Ele se deitou novamente, colocando a cabeça no meu travesseiro, dividindo ele comigo. Seu polegar raspou no meu mamilo. Apertei meus lábios para dentro da boca, ao ver que ele apertou meu seio com a mão. Suspirei ao sentir seus dedos brincando com meu mamilo novamente. Me levantei rápido, saindo de baixo da coberta e ficando em pé ao lado da cama.

MY SOUL IS BAD - Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora