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Abaddon
Rio de janeiro, jacarezinho 📍

Porra ela me deixa maluco pra caralho, fiz coisa que eu nunca pensei que faria, peguei uma mina pra chupar Qualfoi a  maldição que a diaba fez pra mim caralho? O olhar dela me instiga e acende um fogaréu em mim, os lábios grossos e vermelhos são como gasolina com um fogo, seu corpo magro me incomoda, a cara de assanhada justifica o sorriso sexy, o cabelo loiro destacou e marcou a minha mente desde daquele dia. A diaba soube fazer o feitiço, e me fez criar o fecitice.

Trago meu baseado olhando o sorriso largo que ela estava nos lábio, faço curtos movimentos de engolir a fumaça degustando da maconha que se adentra aos gostos de minha boca. Soltei a fumaça pelo nariz, limpando a garganta. Sensação do baile era surreal pô, lembro de quando eu era menozinho dava volta na dona Carmem pra vim curtir com os moleque da escola.

Porra sensação histórica pra caralho, todo final de mês minha vó recebia um pouco mais por causa da minha pensão pro causa da morte do meu pai e os bagulho lá, eu recebia o meu cinquentinha naquela época era como se fosse cenzão pra mim. Pô, eu nem bebia era só fumaça pá cima, na relíquia bobona do antigo dono. Subia pro camarote pra vender bala, vinha com cinquenta voltava com cem e troco pro pão.

Cyclone: Gastando grana eu vivo a vida com as minhas novinhas – Bafora o lança dançando.

– Sai de perto de mim com essas porra – Eu vendo essas porra, mais usar eu nem posso, toma no cu.

Me arrependo pra caralho do meu passado, porra! Naquele dia eu vi meu sonho ir embora, o motivo por eu te me afastado de várias coisas, nunca havia existindo era ilusão daquela filha da puta. Porra me arrependo pra caralho que de ter colocado uma Vadia dentro da minha casa. Naquele dia eu fumei, transei e cheirei pra caralho, baforei lança perfume. É tive uma overdose!

A sensação de cheirar a cocaína e a mesma sensação depois da segunda overdose, eu tive três overdose em período curto de um ano. A primeira vez foi pior, a segunda parecia que era a primeira, é a terceira parecia que era primeira e segunda junta. Três vezes pela mesma causa...A dor.

O início da overdose e sempre as mesmas, de primeira vem as  mudanças na respiração que pode se tornar mais fraca ou dificultosa; sons ao respirar, como roncos, sibilos ou borbulhas, que indicam que ele não está respirando corretamente; cianose, com lábios e extremidades (pontas dos dedos e dos pés) ficando azulados pela falta de ar. E depois vem a convulsão que pode levar a morte, e cada sensação é única e dolorosa.

Laís: Abaddon, vamos embora? – Respirei fundo tentando controlar minha respiração.

– Vai sozinha – Murmurei tragando meu baseado, soprando a fumaça jogando a ponta no chão pisando em cima.

Laís: Eu tô sem dinheiro pro Uber, eu ia embora com as meninas mas você me chamou – Escuto sua voz falhar.

Olho pra ela balançando a cabeça, tá certa em falar pô! Fui eu que a chamei pra vim até mim, a mina estava indo embora já. Baile está chave pra caralho, mais meu bagulho está na pista dançando pra caralho. Os olhos vacilam sempre me olhando, é assim como sua boca sempre resseca. Tirei minha carteira do bolso tirando cem reais pra ela, mora na barra dúvido se o Uber é só cinquenta reais.

– Se o cara não vier, desce até a barreira pede uns do meno te leva – Falo sério olhando seu rosto, Laís balança a cabeça se despedindo.

Cyclone: Vai ficar até de manhã? – Olhei meu relógio gesticulando com a cabeça, voltando a olhar a loirinha na pista de dança.

– Até daqui a pouco, já estou metendo o pé. O resto do baile é contigo, se der briga pode mandar descer pro desenrolo e limpar o baile – Falei levantando a mão pra arrumar meu boné na cabeça, Cyclone deu risada erguendo o polegar.

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