Capítulo 18 - O luto do Rei

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Foram nove dias cavalgando até chegarmos ao Palácio, estávamos todos exaustos, depois de tantos meses em um campo de batalha, dormindo desconfortávelmente, e mal nos alimentando, pareceu que o caminho de volta a capital tinha triplicado.

  Chegamos ao Palácio e de cara já vimos Saran correndo ao encontro do Yoongi, ele desceu de seu cavalo e a abraçou apertado, mas onde estava minha esposa?

Saran - Olá majestade.

  Ela se curva pra mim já com os olhos cheios de lágrimas.

- Onde está minha esposa? Suponho que meu filho tenha nascido?

Saran - Sim majestade, é um menino, um príncipe.

- E onde está minha esposa?

Saran - Eu sinto muito majestade, não podemos salvá-la.

- O que? Como assim não poderam salvá-la? Onde ela está?

  Sinto meu peito apertar e corro até meu quarto, mas ela não está, procuro por todos os lugares, corro até o campo de girassois, mas não a encontro, estou em completo desespero, vejo Saran e Yoongi vindo em minha direção.

Sg - Hoseok, se acalma.

- Onde ela está Yoongi? Onde ela está?

Saran - Majestade, este é o seu filho.

- ONDE ESTÁ MINHA ESPOSA, SARAN?

Saran - Não podemos salvá-la majestade, ela perdeu muito sangue no parto e acabou não resistindo.

  Sinto as forças me deixando, minhas pernas fraquejam e caio de joelhos, não posso acreditar que ela está morta, minha amada esposa, a mulher que iluminava minha vida e que tornou o fardo de ser rei tão mais leve, morta por causa desse bebê.

Sg - Hoseok, segura seu filho, ele precisa de você agora.

- Não o quero, minha esposa morreu por causa dessa criança, por causa dessa maldita obrigação de ter um bebê.

  Estou em completo desespero, eu posso morrer aqui e agora, já tenho um herdeiro, Yoongi pode governar até que a criança tenha idade para assumir o trono.

- Por que não fui avisado? Faz quanto tempo?

Saran - Cerca de dois meses majestade. A rainha mãe não nos permitu avisá-lo.

  Saio em disparada para a casa de minha mãe, sem sequer olhar para o rosto do bebê.

- COMO A SENHORA PÔDE ESCONDER DE MIM, A MORTE DA MINHA ESPOSA? A SENHORA NÃO TINHA ESSE DIREITO.

Mãe - Fiz por que sabia como você ficaria desnorteado se soubesse da notícia estando na guerra.

- Mamãe, você não tinha esse direito, nem ao menos pude me despedir dela.

Mãe - Você tinha obrigações com o reino, o que teria feito se soubesse da morte dela?

- Teria voltado imediatamente, eu tinha homens capazes de defender o reino.

Mãe -  Você não poderia. Não chegaria aqui a tempo.

  Saio da casa da minha mãe e vou até o templo onde fazemos as cerimônias fúnebres, chegando lá encontro um jarro com o nome da minha esposa.

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