Capítulo 19: Diego/Newen

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Novamente Diego estava excitado. Olhou para a cena com orgulho. Rodney/Mário estava morto, os olhos abertos, metade da mandíbula não estava no rosto, muito sangue saía de trás da cabeça após os dois tiros tomados. Tirou a máscara e voou em cima de Wesley. Tentou beijá-lo, queria transar ali, naquela cama enquanto via o corpo caído no chão.

- Melhor não fazermos aqui não, Dimi. - Disse Wesley virando o rosto. - Vamos para nosso quarto, aqui é perigoso, não estamos no mato.

Contrariado, Diego aceitou os argumentos de Wesley. Vasculhou o local para ver deixara alguma pista que levava a eles. Viu que tinha sangue do braço dele no chão. Para dificultar alguma futura investigação, pegou o corpo de Rodney e o arrastou até onde seu sangue respingara.

- O que você está fazendo? - Perguntou Wesley ao ver Diego pegando Rodney pelo braço e o puxando, com dificuldade, até onde seu sangue tinha caído.

- Complicando um pouquinho a investigação. - Respondeu assim que o sangue da cabeça de Rodney se misturou ao sangue dele no chão. Diego deu mais uma olhada pelo ambiente, viu o buraco que o primeiro tiro disparado fez na parede, mas não se importou com isso. - Vamos! Acredito que não tem pista aqui que leve até nós dois.

Saíram do quarto com cuidado, foram correndo sorrateiramente até o quarto em que estavam.

- Que horas vamos embora? - Perguntou Wesley, assim que fechou a porta atrás de si, já dentro do quarto.

- Sete horas da manhã. Tudo bem?

- Tudo. - Respondeu.

- Tem certeza? - Diego perguntou percebendo que Wesley estava estranho.

- Claro!

Estava óbvio que Wesley estava com algum problema, mas isso era o de menos no momento, o que Diego queria era ter Wesley dentro dele e bem forte para poder fechar com chave de ouro mais uma noite bem sucedida d'Os Provocadores.

- Então tá bom! - Diego disse se aproximando do parceiro e o beijando. O sexo dos dois começou um pouco estranho, não estava havendo sintonia, o beijo não estava tão bom, Wesley parecia não estar com vontade. Porém Diego insistiu, beijou e fez de tudo para que o parceiro se animasse e teve sucesso. Depois de um início mais ou menos a transa foi tão boa como sempre.

Após o sexo ficaram olhando para o espelho do teto, sem assunto. Diego achou aquilo muito estranho, mas não quis entrar nesse mérito com Wesley. Nasceu uma pequena semente de preocupação nele: talvez o parceiro não fosse tão forte assim como ele pensara. Em vez de se acostumar com a violência do projeto, ele parecia indo pelo caminho inverso. Mas Diego não se preocuparia com isso, iria prestar atenção no parceiro e faria o que fosse possível para que a parceria continuasse, pelo menos, até o fim d'Os Provocadores.

- Você sabe que eu te amo, né, Micha - Disse Diego, observando o sorriso natural surgindo no rosto do garoto ao ouvir isso.

- Eu também te amo, Dimi!

Às 7 horas da manhã os dois saíram do motel tranquilamente, como se nada tivesse acontecido. Dimitri calculava que teriam no mínimo uma hora, mas provavelmente mais, pois ninguém entraria no quarto de Rodney a não ser que ele ficasse muito tempo sem dar sinal de vida. Assim que entraram em uma parte menos movimentada da rodovia, trocaram a placa do carro disfarçadamente e prosseguiram as mais de doze horas de viagem.

Quando entraram no apartamento dez dias depois de terem saído dali, Wesley se jogou no sofá e disse:

- Finalmente um descanso. Quando voltamos?

- Ainda definirei o início da segunda temporada d'Os Provocadores. - Respondeu Diego, sentando-se no outro sofá. Editaria o vídeo de Rodney para liberá-lo para mídia o mais rápido possível. Antes disso olhou na internet por alguma notícia sobre o assassinato no hotel, mas não encontrou nada.

'Os Provocadores' (Thriller Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora