❝ ɪᴍᴀɢɪɴᴇs 𝗱𝗮𝗿𝘆𝗹 𝗱𝗶𝘅𝗼𝗻 ❝

𝐱𝐢𝐢. 𝐝𝐚𝐫𝐲𝐥 𝐝𝐢𝐱𝐨𝐧 : 𝐛𝐞𝐭𝐰𝐞𝐞𝐧 𝐭𝐢𝐞𝐬

— Carol e ele vão casar. – o arqueiro disse com a voz rouca.

Você e Daryl estavam passando um tempo fora de Alexandria, Rick havia pedido para que vocês dois ficassem cuidando do Santuário depois que Negan tinha sido preso e a guerra tinha acabado. O xerife disse que vocês eram uma boa dupla, que trabalhavam bem em equipe e eram líderes sólidos e estruturados o suficiente para cuidar de um lugar daqueles, e ambos concordaram.

Agora que o trabalho na ponte estava mais pesado, era mais tranquilo de relaxar, com todos cansados não tinham tempo para brigar ou se rebelar, querendo Negan e os Salvadores de volta. 

Mas pessoas como você e Daryl não dormiam, não com um turbilhão na mente. E na semana passada Carol tinha ido lá para visitar o amigo. Você não interrompeu os dois, apesar de adorar a companhia de Carol, sabia melhor do que ninguém o quanto o caçador gostava dela, mais do que amigos.

Você tinha percebido desde a prisão, quando chegou eles não se desgrudavam, ela sempre insinuava algo com segundas intenções pra ele, e você o percebia ficar tímido. Mas nada que ultrapassasse isso.

E inconscientemente você se apaixonou por ele também. Daryl era gentil e cuidadoso com você, sempre estva lá para te proteger e quando a prisão caiu, ficou com você também. Ele era quase fraternal, você pensava. 

Quando chegaram à Alexandria, ambos tinham a mesma preocupação à cerca do lugar, e não se encaixavam lá. Se entendiam mais do que ninguém. Foi aí que você entendeu que gostava dele. Mas sempre soube que não teria chances, não com ele apaixonado por Carol.

— O quê? – você parou de limpar sua faca para olhá-lo.

Ele subiu o olhar para você.

— É. Ela me disse semana passada. Ela queria... Pedir a minha "benção", ou algo estúpido desse tipo... – Daryl soltou um riso anasalado e suspirou.

Você o observou por alguns segundos em silêncio.

— E como você tá? – disse baixinho.

Ele encolheu os ombros – Ela tá feliz, gosta dele e ele gosta dela. É melhor do que viver todo aquele inferno que um dia ela viveu de novo...

Você sabia o quê era sentir aquilo, ver alguém que você gosta com outra pessoa. Uma parte de você sentia alívio por Carol não corresponder os sentimentos de Daryl, mas outra parte se sentia mal, não só por se sentir assim mas também por saber que Daryl estava magoado.

— Você gosta dela. — Foi mais uma observação do que uma pergunta – Sei como é uma merda isso... Não tem problema sentir raiva dele ou dela por isso. – você sentou mais perto dele, tentando confortá-lo.

Ele concordou com a cabeça, talvez envergonhado demais para conseguir dizer qualquer coisa. – Não importa. Ele é bom pra ela, mais do que qualquer coisa que um dia eu pudesse ser. Ela merece isso.

Doía ver ele se subestimar tanto, pensar que não era bom o suficiente para nada ou ninguém. Vocês eram próximos o suficientes para que você o abraçasse ou confortasse em momentos assim, mas sabia que faria melhor à você do que o próprio Daryl, então se manteu onde estava.

— Se tem alguém que merece ser feliz, é a Carol... – você suspirou – Mas isso não significa que você não merece também, que você não é ninguém, sabe disso né?

Ele murmurou em concordância, palavras ao vento, você pensou.

— Se não pode ser o cara que ela gosta, seja o melhor amigo que ela precisa...

Vocês ficaram mais um tempo em silêncio, voltando a consertar suas prórpias armas, compreendendo a conversa e a profundidade que isso levou. 

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capítulo curtinho hoje porque queria elaborar essa ideia que eu já tinha tido há um tempo atrás, foi meia boca mas é isso. beijinhosss