𝐱𝐯𝐢. 𝐝𝐚𝐫𝐲𝐥 𝐝𝐢𝐱𝐨𝐧 : 𝐡𝐢𝐦 𝐚𝐧𝐝 𝐢

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Trabalho em equipe não era muito seu forte. Na escolinha seus pais costumavam dizer que era difícil para você se adaptar com as outras crianças nas brincadeiras e até nas atividades artísticas. No ensino médio e também na faculdade as apresentações de trabalho eram bem complicadas, você costumava gostar das coisas de um único jeito, o seu, e aquilo atrapalhava o desempenho do restante do grupo.

E quando o apocalipse chegou, não foi muito diferente. Você se viu sozinha de primeiro momento, o quê de alguma forma te assustava, mas também trazia conforto, você sabia se virar. Mas aí encontrou um grupo, que teve que ficar por perto por questã de segurança e facilitação de sobrevivência. Não que você não gostasse deles, pelo contrário, se tornaram família, mas missões e pequenas tarefas em conjunto do dia à dia eram um obstáculo.

E você conheceu alguém que era exatamente como você. Daryl.

Isso mudou tudo.

A primeira vez que vocês tiveram que se unir para fazer algo juntos em prol do grupo foi na prisão, quando Judith nasceu e Rick estava á beira da loucura, nem todos podiam sair sempre para procurar os alimentos necessários para a bebê e para o restante. Então vocês entenderam de forma simultânea que era necessário unir esforços.

E era diferente com ele, dava certo. Ele fazia funcionar.

Vocês, de uma forma bizarra completavam um ao outro. Simplesmente fluía.

Nenhum dos dois admitiu de primeira instância, mas gostavam de trabalhar juntos. Um confortava o outro e se ajudavam, mas sem implicância ou persistência. Vocês eram bem parecidos, na verdade.

Mesmo depois que a prisão caiu, vocês ainda se ajudavam para auxiliar à quem vocês amavam. E quando chegaram em Alexandria não foi diferente.

Porém, os Salvadores e Negan chegaram, e com eles, o pavor e a miséria. Com o líder deles roubando e pegando tudo que tinham direito da comunidade de vocês, se viam sem saída.

— Eles vêm daqui uma semana. – Rick entrou na sala da casa de Deanna, o grupo todo sentado no sofá o observando, aflitos.

— O quê? Ele disse daqui duas! – você contestou.

Rick deu-lhe um olhar cansado, derrotado e esgotado por toda àquela situação.

— Temos que buscar mais suprimentos.

Você estava indignada, não entendia como ele simplesmente conseguia ter se submetido àquilo. Vocês eram fortes, podiam lutar. Não tinham parado até alí, por quê fariam isso naquele momento?

— Qual é, cara? Mal conseguimos nos sustentar aqui com o quê plantamos e caçamos, como daremos algo à eles? – você se levantou do sofá, ficando atrás de Rick.

Daryl te seguiu na opinião.

— Ela tá certa, Rick. Mesmo que fôssemos buscar coisas e mais coisas para os Salvadores, viveríamos para sustentá-los. E quanto a gente? A nossa gente?

O líder de seu grupo suspirou fundo e olhou de forma melancólica para vocês dois.

— Não temos poder o suficiente para lutar contra eles agora. É assim que vamos lutar.

— Chama isso de lutar?! – elevou seu tom de voz.

Rick se estressou também.

— (S/N)! Chega! Vai ser assim por enquanto. Vamos cuidar uns dos outros, ficaremos bem.

Bem é uma ova. Você pensou.

Pegou com brutalidade sua arma e seu facão, colocando-os no coldre, levando uma mochia vazia que estava encostada no canto da sala e saindo da casa bufando.

❝ ɪᴍᴀɢɪɴᴇs 𝗱𝗮𝗿𝘆𝗹 𝗱𝗶𝘅𝗼𝗻 ❝Onde histórias criam vida. Descubra agora