𝐱𝐢𝐱. 𝐝𝐚𝐫𝐲𝐥 𝐝𝐢𝐱𝐨𝐧 : 𝐭𝐨𝐨 𝐬𝐰𝐞𝐞𝐭

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Uma coisa que te intrigou desde o primeiro momento em que colocou os olhos nele, foi seu jeito de andar.

Daryl andava com passos largos e nada firmes, com uma postura confiante, mesmo que no fundo ele fosse muito inseguro.

Tudo nele exalava masculinidade, você sempre pensou. A forma de falar, de agir e de se manter perante uma situação.

Mais tarde você foi perceber que era algo que gostava no mais velho, que fazia com que você se sentisse atraída por ele.

No começo vocês não se davam tão bem, ele era alguém mais recluso e reprimido, com ódio do mundo e de todos, desde sempre. Tinha aprendido com seu irmão, você achava.

E você era alguém de muitos amigos, mais carinhosa e sentimental. Conseguia manter o equilíbrio dentro do grupo, desde o acampamento até a queda da prisão.

Mas conforme o tempo foi passando, vocês aprenderam à conviver. Principalmente no CDC, onde tiveram que dividir um quarto, ele e você já bêbados, conversando sobre tudo e nada ao mesmo tempo. Isso aproximou vocês, de certa forma.

Com o costume e a proximidade, Daryl foi gostando cada vez mais da sua companhia. Te via como uma irmã mais nova, uma amiga muito querida, um tipo de... Pessoa preferida?

Você o acalmava, o entendia e o acolhia. Ele te apoiava, te fazia rir e sempre zelava pela união e companhai de vocês.

Mas ainda assim, eram muito diferentes. Ele sempre foi como um furacão, um tornado, um cão difícil de se adestrar. Mesmo quando todos do grupo o adoravam, o diolatravam, ele ainda era de poucos amigos, de se recolher, de sentir que todos os odiavam.

Já você era como uma brisa suave, uma flor em meio ao inferno, com um sorriso que poderia iluminar a noite mais escura. Seu passado era tão aberto quanto seu coração, e conseguia ver o bem onde outros só viam sombras. Você era amiga de todos, um contraste gritante com a solidão de Daryl.

Quando a prisão caiu, vocês ficaram juntos, unidos, um laço que zumbi algum, Governador algum poderia quebrar. E foi quando caiu a ficha, você entendeu que gostava dele. Mais do que qualquer irmã mais nova conseguiria gostar do mais velho, ou um amigo gosta de uma amiga.

Você o amava.

Mas o amor, como ele aprendeu, não era algo que se podia forçar.

Você já sabia o quê a esperava quando admitiu. Quando proclamou aquelas palavras de sua boca quando estava bêbada.

Daryl insistiu para que você não bebesse, mas você estava triste demais, cansada demais, precisava daquilo.

— Eu nunca gostei da pessoa que está na minha frente... – disse e instantâneamente se arrependeu.

Daryl te olhou com pouca expressão, esperando sua próxima reação. E então você bebeu seu copo de destilado.

O homem suspirou. E aquilo te matou.

O silêncio se fez presente, ele tendo milhões de pensamentos na cabeça, mas não sabendo como, por quê e por onde começar.

Você quebrou o silêncio – Desculpa, mas não consigo mais. Eu gosto de você, gosto mesmo. Do jeito que você pensou...

Ele ficou sem reação, encarando para vários cantos da cabana onde estavam para tentar entender o quê te falar.

Os poucos segundos se passaram como muitas horas, até que Daryl disse algo.

— Não entendo o porquê... – a voz soou baixa.

A frase te fez franzir o cenho.

— Não entende o quê, Daryl?

— Por quê você se sente assim por mim... O quê você vê de diferente que você nunca viu em outro dos garotos jovens da prisão, ou em Rick, ou em alguém que seja mais como você...

Não entendia como ele podia se odiar e se desprezar tanto, como podia ser tão burro.

Revirou os olhos – Sei que é difícil pra você entender como alguém pode gostar de você, mas eu gosto. Desde sempre, você é quem me entende, quem me faz rir, quem me faz bem... É isso...

Suspirou – Queria ser o cara que você acha que eu sou..

— Mas você é!

— Não, não sou. E fico agradecido que ache que eu sou... Mas não consigo.

Você olhou para ele, seus olhos cheios de uma tristeza e empatia misturadas.

— Não consegue o quê, D?...

Ele respirou fundo – Não consigo me sentir assim, não consigo acreditar... Não consigo gostar de você desse jeito.

Você ficou sem palavras. Não que não esperasse isso, mas era real agora.

O silêncio ficou ensurdecedor, e você sabia que Daryl se sentia mais do que desconfortável tambem, assim como você.

— Você é boa demais pra mim. Não tô acostumado à lidar com as coisas assim. Não sei como me sentir, ou o quê fazer...

Queria discutir e debater com ele, fazê-lo entender que não importava o tempo, você o esperaria entender, o esperaria para receber o mesmo amor.
Mas a bebida e a tristeza em você não te deixaram proclamar uma sequer palavra.

Por um momento desejou ser alguém caótico, alguém perturbado e problemático, que fosse mais como Daryl, que fosse o "tipo ideal" dele.

Que besteira, você pensou, quando se deu por si.

Odiava se sentir daquela forma, como uma garota fútil de algum colegial. Mas Daryl Dixon despertava o pior - e o melhor, algumas vezes - de você.

Ficaram ali, sentados em silêncio, o mundo ao redor desaparecendo até que só restassem os dois e a verdade entre vocês. Não era o final mais desejado, que você sonharia. Mas era aquilo que havia. No fim das contas você sabia que no dia seguinte, ele agiria como se nada daquilo tivesse acontecido, pelo fato de você estar um pouco alcoolizada.

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oiii gente, tudo bem? como vcs estao? capitulo mais curtinho pra me manter atualizada por aqui kkkkk meio triste dessa vez pq to viciada nessa musica do hozier, mas n consegui ter uma ideia melhor e muito bem elaborada ;( perdao. passem esse restante de mes ai bem, amo vcs <3

❝ ɪᴍᴀɢɪɴᴇs 𝗱𝗮𝗿𝘆𝗹 𝗱𝗶𝘅𝗼𝗻 ❝Onde histórias criam vida. Descubra agora