❝ ɪᴍᴀɢɪɴᴇs 𝗱𝗮𝗿𝘆𝗹 𝗱𝗶𝘅𝗼𝗻 ❝

𝐯𝐢. 𝐝𝐚𝐫𝐲𝐥 𝐝𝐢𝐱𝐨𝐧: 𝐬𝐢𝐜𝐤𝐧𝐞𝐬𝐬

— Se espalhou... Todos que sobreviveram ao ataque no D. Sasha, Caleb, e agora os outros... – Herhsel disse em um tom sério, aparentemente preocupado com a situação atual.

Há dois dias atrás tinha acontecido um ataque ao bloco de celas D. Patrick, um dos garotos jovens que haviam se instalado na prisão, havia se transformado em um caminhante e atacou algumas pessoas do bloco. Inicialmente os motivos da morte do rapaz eram desconhecidos, mas mais tarde, Hershel indentificou ser algum tipo de vírus infectante vindo dos porcos.

O Conselho estava se reunindo agora para decidir quais medidas seriam tomadas diante daquela situação, e você estava lá. Desde que Rick e Daryl te encontraram na estrada, fizeram aquelas fatídicas três perguntas e te levaram para a prisão, sua vida tinha sido diferente. Você se tornou uma peça importante para eles, por isso fazia parte do conselho. Rick costumava dizer que você era alguém essencial lá, que mantinha a ordem. Era reconfortante ter um lugar sólido, com pessoas boas, que você considerava família.

— Meu Deus... – Daryl comentou, com uma voz e expressão preocupadas. Ele estava sentado com os braços inclinados no encosto da cadeira enquanto observava todos alí presentes.

— O que vamos fazer? – Carol perguntoiu, com o mesmo tom aflito dos outros.

Você tentava manter a concentração naquela situação, manter sua presença firme no Conselho, sabia que sua opinião contava alí. Mas seus olhos começaram a lacrimejar, a irritação voltando.

Estava assim desde manhã, mas pensou que passaria rápido. Se sentiu um pouco tonta e tentou firmar sua postura na cadeira, piscando os olhos rapidamente para "acordar".

Sentia o olhar de Daryl sobre si, mesmo que ele não falasse nada, ele sabia que algo estava errado. Você desviou o olhar dele quando o mesmo te encarou e voltou seu olhar para um ponto fixo na mesa onde o Conselho se reunia.

— Vamos por partes. Isolamos os doentes como Karen e David no bloco A. – Hershel disse enquanto se inclinava na cadeira, olhando para Carol.

— Mas como paramos com isso? – sua voz saía fraca, mas ainda assim apreensiva sobre o caso geral da epidemia.

— Não tem como parar, se pegar, vai ter que enfrentar...

Seu coração estava acelerado, parte pelos sintomas febris que sentia mas também pelo medo. Você não podia morrer agora, não por uma doença idiota. Você tinha sobrevivido a tudo aquilo, você era forte, era necessária. Você não iria, não podia desistir.

— E simplesmente te mata? – Michonne estava encostada em uma pilastra na sala, antes apenas observando a situação, agora se manifestando.

— A doença não mata, os sintomas sim. – Hershel se virou para olhá-la – Precisamos de antibióticos...

Sua atenção foi voltada para Hershel, se sentando melhor na cadeira – Eu vou, conheço uma farmácia na região que ainda não fomos...

Todos alí presentes te observaram, concordando com a situação. Mas Daryl grunhiu algo para si, algum incômodo e pensamento sobre você ir. Ele se preocupava com você, sempre fez.

— Eu vou com você. – o caçador levantou da cadeira onde estava sentado, enquanto pegava sua besta.

Você o observou em cada minusciosa ação que ele fazia, não queria que ele fosse, não precisava ir. Mas não contestou, apenas concordou em silêncio.

— Tudo bem, é muito longe? – Hershel perguntou à você e Daryl conforme ambos se levantavam para se retirar da sala.

— Não, uma distância boa. Voltamos em umas duas horas, certo?