— Eu juro que não aguento mais! – você exclamou ao chegar em casa, sentando-se no sofá.
Daryl tirou a atenção do vinil que consertava para Judith e te observou, franzindo o cenho, confuso com sua fala.
— O quê rolou? – disse rouco.
Você bufou.
— Eugene foi até a confeiteria hoje! Me mostrou dezenas de gráficos sobre como cuidar de pré adolescentes como Judith, como melhorar as vendas da loja... Até falou sobre eu ter que arranjar algum namorado logo! – disse indignada.
Daryl riu por baixo do nariz, meio que revirando os olhos.
— Vai rindo... Pelo menos você não é perseguido por um geek que é "secretamente" apaixonado por você – deu ênfase com os dedos para o secreto, enquanto apoiava sua cabeça mais fundo no encosto do sofá.
— Em compensação, tenho mais do que consigo contar nos dedos de mulheres aqui que ficam perguntando à Rosita sobre meu turno, onde eu moro e se ela namora comigo...
Daryl parecia levar a situação de forma leve, mais como algo cômico, mesmo que o deixasse confuso e às vezes o incomodasse. Vocês estavam na Commonwealth à pelo menos um mês, mas ainda estavam meio deslocados.
Enquanto Alexandria estava em reforma, vocês trabalhavam e moravam por lá. Por mais que você, Daryl e quase a maioria de seu grupo desconfiasse demais daquela comunidade, concordaram em ficar por lá. Era bom para as crianças, pelo menos.
Daryl e você eram grandes amigos, acabaram por pegar um apartamento juntos para cuidar melhor de Judith e RJ. Ele trabalhando como soldado para a comunidade, e você na confeitaria, junto com o irmão de Yumiko.
Eugene sempre fora apaixonado por você, e por Rosita... Você não sabia dizer ao certo. Ele era esquisito, mas era uma pessoa boa, um amigo bom. Pelo menos era nisso que você sempre acreditou, desde que Glenn e Tara chegaram com ele e o restante do grupo.
Mas era um pouco chato a forma como ele ficava sempre à sua espreita, cuidando até demais de você e dos seus negócios. Aparecer em seu trabalho? Expulsar a clientela? Para você foi um pouco demais.
— Vocês deviam namorar logo... – Judith passa pela porta, com sua mochila na mão.
A garota escutou a conversa atrás da porta, vocês dois presumiram. Mas foi engraçado a forma como ela chegou e trouxe uma solução "simples".
Daryl franziu o cenho e te olhou, com um sorriso de canto de boca – Quê? – direcionou a pergunta, rindo, para Judith.
— É... Se vocês namorassem, Eugene ia parar de incomodar a (S/N), porquê ia perceber que ão teria chances. E as mulheres que te irritam também, tio Daryl.
Vocês dois se entreolharam, e riram de Judith. Acabaram "esquecendo" momentâneamente desse assunto. Mas você guardou aquilo em algum lugar da mente.
— Cadê o RJ? – você perguntou se levantando do sofá, indo pegar alguma coisa para comer na geladeira.
— Deixei ele no parquinho lá embaixo brincando com os amigos... Já já ele disse que vem...
Ao anoitecer você tinha acabado de sair de seu quarto, depois de se trocar. Seus cabelos ondulados ainda meio úmidos ao passar pela porta, deixando pequenos pingos de água no chão. Seu chinelo fazendo barulho ao andar.
Foi até o quarto que Judith dividia com RJ, bateu de leve na porta e abriu, colocando metade do corpo para aparecer.
Eles estavam já deitados, um virado para o outro. Pareciam estar conversando.
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❝ ɪᴍᴀɢɪɴᴇs 𝗱𝗮𝗿𝘆𝗹 𝗱𝗶𝘅𝗼𝗻 ❝
Acak❝ 𝗷𝗶𝗺 𝘁𝗮𝘂𝗴𝗵𝘁 𝗺𝗲 𝘁𝗵𝗮𝘁 𝗹𝗼𝘃𝗶𝗻𝗴 𝗵𝗶𝗺 𝘄𝗮𝘀 𝗻𝗲𝘃𝗲𝗿 𝗲𝗻𝗼𝘂𝗴𝗵 𝘄𝗶𝘁𝗵 𝗵𝗶𝘀 𝘂𝗹𝘁𝗿𝗮𝘃𝗶𝗼𝗹𝗲𝗻𝗰𝗲 ❞ aceito pedidos. histórias autorais.