Você seria capaz de abandonar sua vida para ajudar uma pessoa que nem conhece?
Em meio aos desafios de sua vida universitária e pessoal, Beatrice se depara com uma reviravolta inimaginável: uma cópia exata dela mesma, em um beco, implorando por ajud...
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Entramos no quarto, um espaço incrivelmente amplo e luxuoso, o mais lindo que já vi. A cama, imensa, era coberta com lençóis e cortinas vermelhas que a envolviam de forma majestosa. No chão, um grande tapete vermelho cobria quase toda a extensão do quarto. Do outro lado, notei um cantinho de leitura, com uma poltrona posicionada ao lado de uma janela, acompanhada de uma mesinha simples, compondo uma pequena sala aconchegante. Havia também uma lareira imponente, feita de rochas robustas. Próxima à cama, uma escrivaninha grande com quatro gavetas de cada lado, e a cadeira parecia ser extremamente confortável. Só podia estar sonhando.
Foi então que percebi que havia uma varanda. Caminhei até lá e observei a enorme área externa, onde uma mesa estava disposta com um jarro de porcelana branca contendo delicadas flores rosas. Ao voltar minha atenção para a escrivaninha, vi que havia uma pilha de livros sobre ela, o que me fez pensar que Beatryce havia passado horas estudando ali. Toquei um dos livros e, no mesmo instante, um flash de luz invadiu minha mente, revelando Beatryce concentrada em seus estudos. Senti uma tontura repentina, e Joana logo veio ao meu encontro, preocupada.
— Está tudo bem? — ela perguntou, a voz cheia de carinho.
Assenti, levando a mão à testa.
— Só uma tontura passageira, provavelmente pelo cansaço. Já vai passar.
Olhei novamente para os livros sobre a mesa e me surpreendi ao perceber que Beatryce estava estudando matemática. A quantidade de cálculos resolvidos indicava que ela era realmente muito inteligente. Ao me levantar, meus olhos encontraram uma estante repleta de livros, e não pude evitar me perguntar o que havia sido aquela visão que tive ao tocar nos livros.
— Querida, está olhando seu quarto como se fosse a primeira vez que o vê — comentou Joana, com um sorriso gentil.
Na verdade, era a primeira vez.
— Desculpe — murmurei, apertando os lábios e abraçando meus braços por causa do frio.
— Você deve estar congelando — Joana observou com uma risada suave.
— Senhora Joana, o banho da princesa está pronto — avisou uma das empregadas, sorrindo ao entrar.
— Ah, perfeito. Prepare também uma vestimenta para a princesa. Ela vai jantar em breve — ordenou Joana.
Coloquei discretamente uma joia no bolso da minha blusa antes de seguir Joana, que me guiava pelo quarto com calma e paciência. Quando entramos no banheiro, fiquei boquiaberta com o tamanho daquele lugar, muito maior que a casa onde eu morava. Minhas sobrancelhas se ergueram em surpresa ao observar cada detalhe. Era magnífico, muito distante dos banheiros minúsculos a que eu estava acostumada.
No centro do cômodo havia uma enorme banheira, feita de um material desconhecido para mim. Ao redor dela, três degraus conduziam até a borda, e o vapor quente subia da água, convidando-me a mergulhar. O aroma das rosas enchia o ar, o que me fez querer espirrar com o cheiro doce e intenso. Joana começou a remover minhas roupas, mas eu, assustada, bati em suas mãos.
