Você seria capaz de abandonar sua vida para ajudar uma pessoa que nem conhece?
Em meio aos desafios de sua vida universitária e pessoal, Beatrice se depara com uma reviravolta inimaginável: uma cópia exata dela mesma, em um beco, implorando por ajud...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Respirei profundamente. Querendo ou não, meu corpo ainda tremia por causa do pesadelo da noite passada. Eu não estava conseguindo controlar essa sensação estranha, eu sentia como se meu ar estivesse sendo tomado de mim. De repente Joana bateu na porta, nem ao menos consegui responder. Ela abriu a porta, creio que seja pelo motivo de não ouvir minha voz, e ao perceber o estado que me encontro rapidamente correu até mim.
‐ Você teve de novo os pesadelos? - perguntou, espantada massageando minhas costas como forma de tentar me acalmar, não sei se isso ajudava.
Mas então percebo que Joana falou de novo como se a Beatryce sempre reclamasse disso.
- Espere querida, vou buscar um calmante. - Ela correu rapidamente até a porta.
Eu não sei como reagir a tudo isso. Só nesse curto tempo que a Joana foi buscar esse tal calmante, eu fiquei tentando controlar minha respiração, respirando lentamente enquanto apertava a mão sobre o peito. Ao retornar, ela trouxe uma xícara de chá. Joana disse que esse chá possui ervas calmantes e que provavelmente iria me tranquilizar ao ponto de me fazer dormir novamente. Eu dificilmente durmo, não acredito que isso vá me fazer relaxar. Um tempo passou, e eu ainda continuava deitada em minha cama. Joana não estava mais presente no quarto. Senti que ia vomitar a qualquer momento, o que ela colocou naquele chá? Estava tão amargo que sentia um queima na garganta.
Me levantei indo até o banheiro e fiz todas as minhas necessidades, mesmo envergonhada, eu fiz. É muito estranho, porque é tudo diferente aqui, na minha época existem os vasos sanitários e ninguém precisaria ver e jogar fora o que eu fazia neles. Olhei para a parede me sentindo frustrada vendo uma enorme corda pendurada. É para puxar? Faço isso então nada acontece. Minutos depois Joana apareceu acompanhada de algumas empregadas.
- Como se sente princesa? - Joana perguntou, ainda meio preocupada comigo organizando meus travesseiros.
- Melhor, eu acredito. - Respondi ainda constrangida, mas tento afastar esses pensamentos.
- Gostaria de um banho quente?
- Eu quero sim, por favor.
Ao decidir tomar banho, as empregadas por ordem de Joana rapidamente esquentaram meu banho e assim exigi para Joana me deixar sozinha para tomar banho, eu precisava colocar meus pensamentos em ordem, porque ainda não estou acostumada com tudo isso.
Sobre o sonho que tive, estava tudo tranquilo novamente, por isso decidi realizar algumas tarefas. Acredito que seja o que Beatryce fazia. Matemática e física agora de manhã, luta e treino com arco e flecha a tarde, de acordo com minha agenda.
Ao longo do dia que chegava ao fim dando espaço para a noite chegar. Me sentia cada vez mais diferente. As vezes ia as aulas, as vezes não. Tem vezes que nem sequer conseguia comer por conta dos pesadelos, mas por algum motivo, Peter sempre estava aqui me trazendo algum doce ou algum mingau para que eu tivesse alguma coisa na barriga.
