Você seria capaz de abandonar sua vida para ajudar uma pessoa que nem conhece?
Em meio aos desafios de sua vida universitária e pessoal, Beatrice se depara com uma reviravolta inimaginável: uma cópia exata dela mesma, em um beco, implorando por ajud...
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- Beatrice? O que faz ai? ou melhor como entrou ai? - Questionou bastante curioso enquanto arrumava seus óculos quadrados.
Subi as escadas escondendo as coisas nas minhas costas nervosa.
- Alteza, peço que por favor, me diga a verdade.
Estava obvio. Ele não acreditaria nas minhas desculpas, porque eu fui pega no flagra subindo as escadas. Seria burrice tentar inventar alguma coisa agora.
- A verdade, Sr. Roger. Eu vim trazer o livro de volta, pois não fazia sentido algum com nossa aula, e por causa disso decidi trazer, mas ao puxar um livro, esse lugar então se revelou para mim. Não estou mentindo, pode acreditar.
- Não parece que está mentindo. - Ele levantou sua sobrancelha enquanto arrumava os óculos.
- Porque eu não estou! digo a verdade.
- Mas quando questionei sobre o que havia acontecido, você mentiu para mim.
Fico surpresa.
- Do quê está falando? - Questiono confusa.
Ele cruzou os braços, mas logo depois os levantou para apertar as têmporas.
- Por causa do sangramento, eu havia notado que você entrou no beco, mas não entendo, como saiu de lá sozinha, como também estava curada. - Senti um nó se formar na garganta. - Alguém te ajudou. Quem, me diga por favor alteza. Disse inúmeras vezes que jamais deve entrar naquele lugar!
Escuto a repreensão calada.
Encarei o senhor de cabelos brancos. Se ele soubesse que quase morri por causa daquele corredor, enlouqueceria, ou até mesmo contaria ao outro velho ranzinza.
- Não está errado quando disse que menti e que fui ajudada a sair daquele lugar. - Confessei.
Ele pareceu feliz por eu admitir.
- Porém, não direi quem me ajudou.
Ele levantou as sobrancelhas surpreso. Mas confuso também, acredito que se pergunte o porque de eu me negar a falar. Aquele cara com certeza é um invasor, mas ele me chamou atenção em algo. Sinto que ele pode me dizer coisas que ainda não sei.
Ele suspirou coçando a nuca meio nervoso como também impaciente.
- Certo. Eu respeito sua escolha de não me dizer. Mas peço que por favor, alteza, não entre mais naquele corredor.
