P. O. V. LUCAS GARCIA
- Onde você estava? - Pergunto puto por ela ter passado a droga do dia inteiro longe de mim. - E se eu tivesse morrido?!
- Bateu a cabeça quando caiu? No te devo satisfação. - Não deve uma porra. - E usted parece bien vivo. Pode ficar feliz agora, em poucos dias já vou embora.
O QUÊ?! Mas nem fodendo.
- E vai me deixar aqui? Eu levei dois tiros por você e quase morri durante a queda! - Falo me vitimizando.
- Como é que é? Yo no pedi para usted entrar na mira de uma arma e caiu porque no prestou atenção onde estava. - Ela parece cansada, tem um pouco de olheiras sob os olhos. - Além disso, yo já fiquei o suficiente para garantir que usted no tinha morrido. A missão acabou e, apesar dos feridos, Alice está em segurança agora. - Me mantenho controlado, para que a máquina não me denuncie.
- Você não pode ir embora! - Ela me olha sem entender. - Não sei se você sabe, mas eu moro sozinho. Precisarei de cuidados, os médicos disseram que foi um milagre eu ter sobrevivido e não posso fazer absolutamente nada por conta dos danos que sofri, foram graves e ainda corro risco de vida! Klaus é advogado e o tio Tony também, tenho certeza que posso te processar por alguma coisa... - Ameaço. Não é possível que não tenha uma brecha na lei desse país que eu possa me beneficiar.
- Dios, hombre! Desde quando é um dramático? - Ela me olha como se eu fosse outra pessoa e quase deixo um sorriso escapar.
- Não é drama. São fatos! - Fatos mentirosos, mas quem se importa? - Pelo que estou vendo você não teve um arranhão, enquanto eu não consigo mais nem comer sozinho. Como eu vou sobreviver quando receber alta desse hospital? Você vai ter que se responsabilizar. - Ela me olha como se esperasse alguma coisa e depois de alguns instantes começa a rir.
Precisa ser tão linda? Aí me quebra porra...
- Yo no tenho que me responsabilizar por nada! Mas, como tenho um bom corazón (coração), contrato uma enfermeira para usted. Assim no ficará sozinho e receberá os cuidados necessários... Mas acredito que sua mãe vá querer ficar com você também, ela parece ser uma pessoa muito boa, no sei como usted, amargo desse jeito, saiu dela, realmente muito intrigante. - Ela começa a divagar, confirmando a minha suspeita de que agora tem uma péssima imagem sobre mim.
E é por isso que não posso simplesmente informá-la que é a minha The One e que assim que possível iremos nos casar. Preciso que ela me ame antes, me ame ao ponto de não conseguir mais se imaginar longe dos meus olhos. Caso contrário, do jeito que essa mexicana é maluca, vai rir da minha cara e meter um tiro na minha perna.
- Não, nada de enfermeiras. Você vai ficar aqui e cuidar muito bem de mim. Pelo menos até que eu esteja totalmente recuperado. - Setencio.
- Usted realmente enlouqueceu... - Escuto ela murmurar para si mesma. - Qual o problema com enfermeiras? Tem medo delas? - Ela debocha.
- Óbvio que não. Apenas não quero uma estranha andando pelo meu apartamento. - Ela me lança um olhar que não consigo decifrar.
- E yo sou o que para usted? Até ontem estava me tratando como uma desconhecida sem caráter! Vou falar com a sua mãe. - Certo. Ela tem um ponto. Mas ontem eu ainda não tinha aceitado totalmente a minha realidade.
Hoje eu sou um novo homem. Lindo, gostoso e todinho dela.
- NÃO! - Falo mais alto quando ela começa a andar em direção a porta.
- Dios, o que foi agora? - Ela pergunta impaciente.
- Meus pais vão viajar. - Falo sem pensar.
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Intocável Garcia - Livro 4
RomanceAcho que eu nunca fui realmente bom, no entanto eu tentei por muito tempo, fiz tudo certo como meus pais me ensinaram. Mas em alguma parte do roteiro dessa história tudo deu errado. Não foi amor a primeira vista, nem a segunda, terceira, quarta...