P. O. V. LAISLA HERNANDEZ
Alguns dias depois...
- Quer saber, eu vou ficar aqui. - Observo a mulher chorosa.
- Mãe, já conversamos sobre isso. É importante vocês irem e o pai não vai sem você. - Lucas no parece nem um pouco triste em ficar longe dos pais. Muy parecido com o pai, que assim como eu apenas assiste a cena, porém posso jurar que o vi revirar os olhos umas duas vezes até agora.
- Usted no deveria parecer mais preocupado com a sua cria? - Questiono no me aguentando, parece que tem algo de errado aqui.
- Meu filho parece ótimo para mim, não é como se eu não fosse vê-lo ou falar com ele nunca mais. - Fico me perguntando se mi padre também era confiante e pensava assim. - Quase consigo ouvir seus pensamentos, pergunta. - Ele diz se virando na minha direção e sinto meu rosto esquentar por no ter conseguido disfarçar que o observava com atenção.
- Eu no consigo me lembrar. - Sai quase como um sussurro. - Me lembrar de como ele era, seu rosto continua vivo devido as fotos... Mas no me lembro dos detalhes. - Noto que seu olhar se torna mais suave. - Então quando vejo algum padre fico me perguntando se o meu poderia ter sido daquela forma. - Sinto meus olhos lacrimejando e sacudo a cabeça tentando mandar as emoções embora. - É algo bobo, yo sei. - Sorrio sem graça e volto minha atenção para Suzani, que agora chora livremente, e Garcia Júnior, que a acolhe de um jeito carinhoso e finalmente me parece sincero.
- Ele não tinha nada a ver comigo. - Me assusto com a voz do Allan, achei que no me responderia, como das outras vezes. - Na verdade, ele era tão irritante quanto o L. K., dois filhos da puta que gostavam de testar a paciência dos outros. - Ele ri, parecendo se lembrar de algo. - Você se parece com ele, é igualmente intrometida e... - Ele me lança um olhar de esguelha. - Corajosa.
Quero lhe fazer tantas perguntas, mas sei que no as responderia. Nem o fofoqueiro do Leonard me responde. Isso só me deixa ainda mais intrigada sobre qual o verdadeiro motivo para tantos segredos.
- Coroa, dá uma ajuda aqui. - Me sinto triste por Suzi, no deve ser fácil ter que ficar tão longe do filho, ainda mais quando ele está todo ferido.
- Coroa uma porra. - Sorrio quando o Garcia pai sai resmungando na direção da esposa.
- No se preocupe, yo prometo que vou cuidar bem do seu filho. - Tento a deixar mais tranquila.
- É verdade mamãe, ela está tão comprometida que até já se mudou pra cá. Você viu a mala e as coisas no meu banheiro? - Olho na direção do hombre no acreditando no que ouvi.
Maldito mentiroso.
- Isso é verdade? - Os olhos da pobre mulher brilham em minha direção, muy esperançosos. Como yo posso dizer para una madre em sofrimento que o filho é um mentiroso da pior espécie? E que só no fui para o novo hotel que reservei porque toda vez que estou prestes a sair esse hombre demora para dormir ou tem febre do nada?
- É si. Usted pode viajar tranquilamente, vou cuidar para que ele se recupere o mais rápido possível. - E então eu mesma irei matá-lo.
Lucas me olha sem nem se dar ao trabalho de esconder o sorriso vitorioso. Yo odeio esse hombre, que infelizmente beija fodidamente bem... De uma forma que deveria ser crime.
- Laisla, você é uma menina tão boa! Obrigada por tudo o que está fazendo pelo meu filhote. - Ela prende seu braço no meu e praticamente me arrasta para a cozinha. - Lucas pode ser um pouco difícil às vezes, mas é um bom garoto. - Ela pega uma jarra de água na geladeira e um copo em um dos armários. - Pode não parecer, mas sei que ele gosta de você e confia. - No me aguento e começo a rir.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Intocável Garcia - Livro 4
RomanceAcho que eu nunca fui realmente bom, no entanto eu tentei por muito tempo, fiz tudo certo como meus pais me ensinaram. Mas em alguma parte do roteiro dessa história tudo deu errado. Não foi amor a primeira vista, nem a segunda, terceira, quarta...