P.O.V LAISLA
Ao adentrar o hotel em que estamos hospedados, notei que no há ninguém na recepção. Isso me faz ficar em alerta, deveria ter ao menos um dos funcionários. Observo ao redor e tudo parece calmo, calmo demais para um hotel.
- Travou na entrada? Anda, precisamos cuidar dos seus ferimentos. - Lucas apoia uma das mãos na base da minha coluna e sinto meu corpo reagir. Dios, no deveria ser tão intenso o efeito que ele tem sobre meu corpo.
- Faça silêncio, acho que no estamos sozinhos. - Aponto a recepção vazia e em seguida saco minha arma, a engatilhando enquanto ando até o balcão. Tenho apenas três balas no pente, o restante da munição ficou no carro.
- Tem sangue aqui. - Olho e identifico o que ele diz, parece uma trilha, do tipo feita ao se arrastar um corpo e tudo indica que foi levado em direção ao salão onde as refeições são servidas.
Me apresso em dar a volta no balcão da recepção e entro no sistema do hotel, lembro de ter notado logo que fizemos o check in, utilizando documentos falsos, que há câmeras de segurança por todos os lados.
- Invadiram nosso quarto. Mierda, só queria um banho quentinho... - Observo pelas câmeras que a porta do quarto foi arrombada, assim como a de mais alguns do mesmo andar. Provavelmente estavam nos caçando.
- Você consegue voltar a gravação? Precisamos saber se ainda estão aqui e o que houve com os funcionários do hotel. - Lucas diz próximo ao meu ouvido, sei que no é o momento, mas é impossível no me sentir atraída por esse tom de voz rouco e potente.
Faço o que ele pede e a cena no é bonita, entraram armados ameaçando a todos. Uma das recepcionistas se assustou e foi baleada, o que explica o rastro de sangue. Os hombres estão com máscaras, impedindo o reconhecimento, verificam todas as áreas sociais e obrigam os funcionários a irem na direção do salão. Mudo para a câmera do salão e assisto a gravação da execução de todos eles.
Respiro fundo por alguns instantes e faço uma prece silenciosa por suas almas, no gosto de ver pessoas inocentes sofrendo.
- Isso foi por volta de meia hora atrás. Cheque as gravações do corredor do nosso quarto, provavelmente a invasão foi depois e não acho que tenham ido embora realmente. - Observo Lucas, apesar de usar um tom de voz de comando, ele parece no ter se abalado pelas execuções a sangue frio. Sequer expressa algum sentimento em sua face, o que me faz pensar ainda mais sobre o tipo de passado que ele tem.
- No fale comigo nesse tom mandão, já disse que usted no me dá ordens. - Pontuo, mas faço exatamente o que ele diz, pois já iria fazer. O que levanta outra questão: Lucas tem conhecimento tático, sabe raciocinar como um militar, mas no é.
- Se fosse mais rápida, não precisaria te dizer o que fazer. - O ouço resmungando.
- Ah, morde a minha bunda. - Apesar de caliente, esse hombre consegue me irritar com facilidade.
Todavia, ele tem razão. No foram embora, provavelmente estão nos esperando e no acho que queiram conversar amigavelmente. Poderia subir até o quarto e pegá-los, mas no seria inteligente. Estou ferida e cansada, além disso no puedo correr o risco de deixar o hombre terco se ferir.
Escuto sons de movimentação próximos à recepção.
- Vamos. - Ele me olha sem entender. - Precisamos sair daqui, agora! - No demora para que estejamos dentro do carro, nos movendo pelas ruas de Verona.
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Intocável Garcia - Livro 4
RomanceAcho que eu nunca fui realmente bom, no entanto eu tentei por muito tempo, fiz tudo certo como meus pais me ensinaram. Mas em alguma parte do roteiro dessa história tudo deu errado. Não foi amor a primeira vista, nem a segunda, terceira, quarta...