Completamente Maluca

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P.O.V LUCAS

Observo a mexicana dormindo, nem parece que é o perigo em forma de gente. Quando cansou de me perturbar colocou os fones de ouvido e apagou, acho que foram as únicas duas horas de paz que tive desde que a conheci.

Não descobri nada sobre ela, como se ela não existisse. Tudo o que descobri foi com Amanda, tendo que desembolsar muito dinheiro ainda por cima, mas não foi muita coisa. Aquela mercenária do caralho.

Nome: Laisla Hernandez
Data de nascimento: 03/09/1998
Nacionalidade: Mexicana, possuí dupla cidadania brasileira.
Ocupação: Trabalha para uma divisão especial do governo.
Demais informações da requerida são confidências.

Entendo que ela tem algum tipo de proteção do governo, mas porra, eu sou um Garcia. Nada é protegido o suficiente para alguém como eu, pelo menos não deveria ser, não queria envolver meu pai nisso. Eu sei que ela esconde alguma coisa e algo me diz que é um segredo dos grandes. Dizem que um problema reconhece outro, tô começando a acreditar.

- Dios, nem dormir posso sem que fique me querendo, Luquete.- Sua voz sai baixa e um pouco rouca, seria sexy se eu não a odiasse.

- O avião já vai pousar, coloque o cinto. - Aviso e observo um sorriso se formar em sua boca.

- Então você é do tipo que gosta de ficar no controle? Prefere ficar por cima? Gosta de algemas? Tenho algumas se quiser brincar mais tarde...- Demoro um pouco para compreender o que ela diz, infelizmente meu pau também compreende e agradeço por ter um cobertor escondendo minha ereção involuntária.

- Puta que pariu, você só pensa em sexo, mulher? - Percebo que falei alto quando outros passageiros me olham de cara feia.

- Yo penso em outras coisas também, mas já disse, se quiser saber tem que me pagar um jantar. - Ela pisca em minha direção e por um momento sinto o ar entrar com dificuldade em meus pulmões, preciso de um cardiologista.

- Mexicana insuportável. - Resmungo quando consigo voltar a respirar normalmente.

Não demorou muito para o pouso e me sinto aliviado em não ter que ficar mais tão perto da mulher problema. Desembarcamos e nos dirigimos até o balcão de atendimento para fazer o check out. Laisla conversa de forma animada com a atendente, algo sobre bares e restaurantes da cidade, mas não dou muita atenção.

- Luquete? - Aperto meus olhos em sua direção, não gosto que use meu apelido, é apenas para a minha família. - Já arrumei o lugar onde você vai me levar para jantar, é caro, mas você é rico então tudo bem. - Ela ri e estou prestes a responder quando vejo um ponto vermelho mirado próximo ao seu peito.

- Se abaixa! - Mando já a cobrindo com meu corpo e empurrando o seu contra o chão. Em segundos tem vidros estilhaçados, pessoas gritando e correndo desesperadas por conta da chuva de tiros. - Porra. - Olho em volta pensando em como sair daqui.

- Yo sabia que usted é do tipo que gosta de ficar por cima... - A olho não acreditando que está fazendo piada numa hora dessas. - Sei que tá matando sua vontade de ficar com o corpo coladinho no meu, mas preciso que saia de cima. Engulo em seco, sua fala me faz ter mais consciência do que eu gostaria sobre como seu corpo pequeno parece se encaixar no meu.

- Você é louca! Não vou morrer por sua causa, vou tirar a gente daqui. - A vi revirar o olhos, mas no momento seguinte, não sei como, ela inverteu as posições e se sentou sobre mim.

Puxo uma respiração tentando controlar meu pau, mas é impossível com ela sentada desse jeito e sorrindo dessa forma. Ela se remexe deixando minha situação ainda pior e sou obrigado a segurar sua cintura para fazê-la parar. Mexicana desgraçada.

Intocável Garcia - Livro 4Onde histórias criam vida. Descubra agora