Sua Mexicana

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P. O. V. LAISLA HERNANDEZ

Maldito hombre terco!

No tenho tempo para pensar no que ele tinha na cabeça para se colocar na mira de uma arma. Quando ele perde a consciência sei que preciso agir rápido, ainda preciso checar Fred, o amigo de Alice.

- Allan, venha até o lado leste do primeiro andar. - O chamo e não demora para que ele apareça em meu campo de visão. - Lucas levou tiros e caiu da escada, no parece ser tão ruim, mas precisa de paramédicos.

- Porra... Moleque inconsequente do caralho. - Allan resmunga enquanto checa os ferimentos e vejo que ele levou um tiro na perna também, o qual yo no tinha notado antes.

- Yo preciso ver o Fred. - Aviso e Allan apenas confirma com um aceno. Me apresso em ir até às ambulâncias para encontrar a que Fred foi colocado.

- Ninguém toca nela! - Escuto uma espécie de rosnado e percebo que vem de Klaus.

- Senhor, precisamos fazer uma avaliação...- Um paramédico tenta explicar enquanto se aproxima de Alice.

- Antes de chegar ao hospital ninguém toca na minha mulher. - Diz irredutível, mas consigo ler o medo em seus olhos. É somente um hombre desesperado e com medo de perder a mulher que ama.

- O que pensa que está fazendo, hombre?!- Questiono de maneira retórica. - Se o paramédico disse que precisa fazer avaliação, ele vai fazer a avaliação! - Falo firme, tenho outras coisa para resolver.

- Mas Laisla...- Reclama.

- Mas nada! Coloque-a na maca e fique ao lado dela, mas no dificulte o trabalho deles. Ainda no sabemos pelo que ela passou lá dentro.- Quando finalmente consigo que concorde, me direciono ao paramédico. - Eu preciso de uma equipe de vocês lá dentro e uma maca. Hombre baleado, caiu das escadas e está inconsciente.

- Quem?- Escuto Klaus perguntar..

- O hombre terco, Lucas.- Solto me sentindo irritada.

Vou até a ambulância onde Frederico se encontra. Chega a ser triste de ver, o hombre está irreconhecível de tantos machucados.

- Ele vai sobreviver? - Pergunto para a paramédica que está colocando uma bomba de oxigênio nele.

- Não sei dizer... Ele está muito ferido, pela avaliação que fiz, muitos dos ferimentos são de dias atrás, começaram a cicatrizar e foram reabertos. - Engulo em seco, imaginando o quanto ele sofreu.

- Faça o que puder para salva-lo. - Peço e ela acena. Em seguida, volto correndo para o galpão.

Realmente no queria me sentir responsável pelo que aconteceu com Lucas, mas é a minha missão. Eu deveria ter cuidado de todos e no confiado que o terco daria conta.

- Já chamei os paramédicos. - Aviso assim que retorno e encontro Allan estancando o sangue da perna, porém parece tranquilo, ao invés de desesperado como um pai normal ficaria.

Me abaixo para me certificar de que o Garcia Junior ainda está respirando e acabo deixando minhas mãos correrem por seu rosto bem esculpido.

- Usted no pode morrer, a no ser que seja por que yo te dei um tiro. - Murmuro, observando os traços fortes de seu rosto.

- Não fique tão preocupada, eu conheço meu filho... Não vai ser alguns tiros e uma queda que vão mata-lo. - Allan diz. - Me conta como foi que isso aconteceu, com o máximo de detalhes. - Pede enquanto acompanhamos os paramédicos que já acomodaram Lucas em uma maca e agora estão o levando para uma ambulância.

Intocável Garcia - Livro 4Onde histórias criam vida. Descubra agora