Intocável Garcia - Livro 4

Aviso de Perigo

P.O.V LUCAS GARCIA

Só pode ser um pesadelo.

Essa louca simplesmente cortou o sinal na minha frente com aquela moto maldita. Tudo bem,  reconheço que aquela moto é foda. Mas eu bati a porra do meu carro porque fui obrigado a freiar repentinamente para não bater na moto, o que ocasionou em outro carro batendo na minha traseira. Ela sequer parou para ver se alguém tinha se machucado.

- Que porra você faz aqui?! Tá me perseguindo agora?- Pergunto irritado ao ver a doida da moto, não quero ter que ficar mais tempo perto dessa mulher. Ela anda em minha direção e acredito ainda estar bêbado, porque por um momento parece que ela está andando em câmera lenta.

- Você parece ser tão... caliente (quente), que não aguentei ficar longe. Na verdade quero ficar bem pertinho do seu fuego (fogo).- Ela sorri e eu nunca estaria preparado para um sorriso desses. Não dá para negar o quanto ela é bonita, mas alguma coisa me diz que ela é encrenca. Como se para reforçar minha intuição, lembro do meu lindo carro que agora está amassado por culpa dela.

- Eu quero distância de você sua louca, sério que a polícia nunca te impediu de dirigir?!- Seus olhos me avaliam como se eu fosse um pedaço de carne, não que eu seja tímido, mas cadê os modos dessa mulher?

- Es una pena (É uma pena).- O quê? Ela não é brasileira? - Pelo menos eu tentei.- Ela pisca em direção a Amanda e constato que deve ser algum plano daquela intrometida para me "desencalhar".

Como se eu quisesse isso. Mulheres não prestam, só as da minha família são excessão.

- Eu me recuso a trabalhar com ela.- Deixo claro. Até parece que vou ficar bancando a babá de uma louca.

- Relaxa aí, Luquete. Klaudete acalma sua amante antes que eu faça isso do meu jeito.- Olho para o Erick e sorrio debochado.

- Que jeito sua prostituta? Tentar me bater e depois apanhar até não aguentar mais? Vai ser divertido.- Sorrio e sua pose vacila, os caras até sabem dar uns socos, mas eu sou o melhor. Fui treinado pelos melhores.

- É uma pena que quem manda nessa porra sou eu. Então cala a boca, senta e escuta o que ela tem a dizer sobre a situação da minha ruiva.- Klaus diz sério como eu só o vi poucas vezes, deve ter alguma coisa de diferente nessa Alice para mexer tanto com um Salvatore.

Me sento no sofá e observo que todos se sentam em algum lugar, exceto a mulher problema.

- Aí, essa doeu em mim, você foi rude Klaudete, gostei.- Quem deu intimidade para ela usar um apelido? Por que essa prostituta tá deixando? - Se precisar de uma massagem para aliviar é só me chamar, Lucas.- Escondo minha surpresa, mas uma maldita vontade de sorrir surge do nada, trato de reprimir. - Que foi? Não posso perder a oportunidade não...- Vejo os idiotas rindo para ela e não gosto nada disso, achei que fossem comprometidos.

- Eu gosto dela.- Erick diz e finjo que não ouvi. Gosta uma porra, deixa a minha prima saber disso, espero que o deixe dormindo no sofá por uma semana para ver se aprende a não ficar de graça com desconhecidas.

- Eu causo esse efeito nas pessoas, loirinho.- Ela brinca.- Amanda, pode trazer o que eu te pedi, por favor?- Estranho quando a Amanda a obedece de imediato, o que fizeram com ela?

- E então?- Erick pergunta.

- Amanda já tinha me informado que vocês poderiam precisar de mim, ela sempre sabe de tudo, tudo mesmo. Então tomei a liberdade de fazer minha própria investigação e no é um caso difícil, mas é delicado, precisarei ter cuidado, nada que em duas semanas no esteja resolvido.- Observo a forma que ela caminha até a mesa do Klaudete. - Pode me dar licença?- Nunca que essa prostituta sairia do seu trono por qualquer um...