capítulo 8

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Eleonora ON

Hoje completa um mês que estou morando em Londres e depois do episódio na boate, não encontrei mais com Jeffrey e não sei se fico triste ou feliz por isso, mais coloquei na minha cabeça que irei esquece-lso e ser feliz, vou curtir a vida como toda garota da minha idade deve fazer e quem sabe daqui alguns anos conheço um rapaz que goste de mim, aí posso até pensar em me casar e formar uma família, mais por enquanto minha prioridade é esquecer Jeffrey e ser feliz comigo mesma.

Me encantei por a quele homem assim que o vi na casa do meu irmão e na época eu tinha apenas dezesseis anos, mais não foi difícil perceber que em pouco tempo acabei me apaixonando por uma homem dezenove anos mais velho. No início eu até tinha esperança dele olhar para mim, já pensei até em aceitar ficar com ele apenas por uma noite, pois pelomenos assim que saberia como é estar em seus braços, mais ele nunca nem sequer me olhou nos olhos e com o tempo fui percebendo que o homem que amo, nunca irá me querer e aquele dia na boate tive a certeza disso.

Me doi muito admitir, mais Jeffrey sempre me verá como uma menina, um crianças e isso não é o pior pois o que realmente me doi é saber que sou tão insignificante para ele que o mesmo não consegue nem ficar no mesmo ambiente que eu. Será que na minha outra vida eu fui uma pessoa tão má que estou tendo que pagar por isso agora? Não sei se isso realmente existe, mais essa é a única explicação que consigo encontra para a justificar o motivo da dor que sinto em meu peito.

Carina: querida está tudo bem? - pergunta me olhando

Eleonora: sim, tá tudo bem - falo dando um pequeno sorriso para ela

Carina: tem certeza? Você sabe que pode contar comigo para tudo não é Léo? - pergunta se sentando ao meu lado no sofá

Eleonora: eu sei, mais está tudo bem não se preocupe - falo tentando acreditar nisso também - só estou pensando na prova que fiz hoje na faculdade

Carina: certeza que você foi mais do que bem - fala sorrindo enquanto me olha - não quero te atrapalhar, mais será que você pode ir na vendinha ali da esquina comprar algumas coisas para mim terminar o jantar?

Eleonora: posso sim, só me dizer o que devo comprar - falo olhando para ela que sorri

Carina: obrigado Léo, vou te mandar a lista por mensagem - fala já me entregando seu cartão

Eleonora: não é preciso cá, eu tenho dinheiro - falo tentando entregar o cartão de volta para ela

Carina: nada disso, eu tô cozinhando portanto eu pego as compras - insiste

Tento convencer ela de que posso pagar a conta, mais ela não aceita de jeito nenhum, então me rendo e saio de casa para ir na vendinha do senhor José que é um senhor muito simpático e adoro conversar com ele e principalmente com sua esposa que é uma senhora muito sabia. Como a venda fica na esquina, chego lá em poucos minutos e já vou pegando tudo o que está na lista da Carina e me surpreendo com o tamanho da "listinha" dela, a maluca disse que era só algumas coisinha mais pelo visto farei compras.

Quando por fim termino de pegar tudo, passo no caixa e enquanto a compra é passada fico conversando com o senhor José que está de muito bom humor hoje. Minutos depois saio da venda com quatro sacolas cheias e fico me perguntando o que Carina irá fazer para o jantar de hoje, pois pelo tanto de coisas que ela me pediu para comprar é completamente impossível descobrir. Logo chego no prédio e assim que entro no mesmo aperto o botão do elevador, mais antes que eu entre no mesmo vejo a pessoa que eu nunca imaginei encontrar aqui parada dentro do elevador me olhando.

Jeffrey: Eleonora? - pergunta para si mesmo parecendo tão surpreso quanto eu

Eleonora: e...eu vou pegar o outro elevador - falo tentando não olhar para ele

Jeffrey: porque, a gente pode subir juntos - fala fazendo sinal para que eu entre mais não me movo do lugar - pode entrar eu não mordo

Eleonora: sei disso, só não quero te atrapalhar com minha presença - respondo sincera e ele me olha confuso

Jeffrey: você não atrapalha, vem entra que as portas vão se fechar - insiste e eu acabo entrando pois quero chegar logo em casa, mais vou para o canto ficando o mais afastada possível dele - não vai apertar seu andar?

Eleonora: não será preciso - falo indicando o painel de botões - meu aterramento fica no último andar

Jeffrey: então quer dizer que somos vizinhos - fala me deixando surpresa mais não respondo e nem falo nada por alguns segundos

Eleonora: porque você me odeia? - pergunto não aguentando mais viver com isso

Jeffrey: eu não te odeio, de onde tirou isso? - pergunta parecendo surpreso com o que acabou de ouvir

Eleonora: todo mundo já percebeu que você não gosta de mim, ao ponto de não conseguir nem ficar muito tempo no meus lugar que eu - falo dando de ombros como se isso não me ferisse mais fere e muito

Jeffrey: eu não te odeio, e...eu só não posso Eleonora - fala parecendo ter ficado tenso e como meu nome fica sexy em sua voz

Eleonora: não pode o que? - pergunto olhando em seus olhos e quando ele iria responder às portas do elevador se abrem

Jeffrey: venha no meu apartamento depois, precisamos conversar - fala me deixando surpresa em seguida caminha para fora do elevador

Assim que ele some da minha vista, caminho até meu apartamento e assim que entro vejo Rafaela dançando no meio da sala, então comprimento ela em seguida vou até a cozinha levar as compras para Carina que mexia em algo que estava na panela.

Minha doce perdição Onde histórias criam vida. Descubra agora