Capítulo 18 - Visita Inesperada

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Feliz nataaaaallll galeraaa!! 

Mais um capitulo bem gostosim pra vcs


Voltando da escola, chego em casa e encontro Toni à minha espera nos degraus da entrada, sorrindo de um modo que limpa as nuvens do céu e, com elas, todas as minhas dúvidas.

— Como você passou pela portaria? — pergunto, certa de que não liguei para permitir a entrada dela.

— Charme e um carro bacana funcionam sempre. — Ela ri, fica de pé e limpa a poeira da parte de trás de sua calça preta. — Então, como foi seu dia?

Dou de ombros, sabendo que estou quebrando a mais fundamental de todas as regras: a de nunca convidar uma estranha para entrar em casa, mesmo que seja sua suposta namorada.

— Ah, o de sempre — digo. — A substituta falou que nunca mais vai voltar, a sra. Machado pediu que eu nunca mais voltasse...

Olhando de relance para Toni, fico tentada a continuar inventando histórias, pois vejo que ela não está prestando a menor atenção. Embora sacudindo a cabeça como se estivesse ouvindo, ela parece preocupada, distante.

Na cozinha, enfio a cabeça na geladeira e pergunto:

— E você? Fez o que o dia inteiro? —Tiro uma garrafa de água mineral e ofereço a Toni, mas ela agradece com a cabeça e dá um gole em sua bebida vermelha.

— Dei um passeio de carro, tirei algumas fotos e fiquei esperando o sinal tocar pra ver você de novo — ela responde sorrindo.

— Bastava ter ficado na escola — digo. — Aí você não ia ter de esperar.

— Tentarei me lembrar disso amanhã. — Ela ri.

Apoiada na bancada, fico rodopiando a tampinha da garrafa de água, aflita por estar sozinha com Toni neste casarão vazio, com tantas perguntas por fazer, sem a menor ideia de como iniciar.

— Quer ir lá pra piscina? — digo afinal. Talvez o ar fresco e o céu aberto me deixem um pouco mais calma.

Mas ela faz que não com a cabeça e me toma pela mão.

— Prefiro ir lá pra cima — diz —, dar uma olhada em seu quarto.

— Como você sabe que meu quarto fica lá em cima? — pergunto, olhando desconfiada para ela.

— Os quartos ficam sempre na parte de cima, não ficam? — ela responde rindo. Fico na dúvida: não sei se devo ceder aos caprichos dela ou arrumar um jeito educado de evitá-la. Mas Toni aperta minha mão e diz:

— Vem, prometo que não vou morder. — Depois abre um sorriso tão irresistível que só me resta um desejo: que James não esteja à minha espera no quarto.

Mas assim que chego ao topo da escada ele irrompe da minha sala de estudos e vai logo dizendo:

— Ah, minha irmã, sinto muito! Eu não queria brigar com... Ôpa! — Ele para de repente e arregala olhos de coruja para nós dois.

Mas continuo andando para meu quarto como se nada tivesse visto, torcendo para que meu irmão tenha o bom senso de dar o fora e só voltar mais tarde. Bem mais tarde.

— Parece que você deixou a televisão ligada — diz Toni, e entra na sala de estudos e TV conjugada ao quarto. Por pouco não avanço em James quando vejo que ele segue atrás dela, olhando-a de cima a baixo, e começa a saltitar, sacudindo os polegares em sinal de

aprovação.

Apesar das minhas caretas de súplica, ele se esborracha no sofá e planta os dois pés nos joelhos de Toni.

para sempre - choniOnde histórias criam vida. Descubra agora