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Quando Izuku e Inko acordaram aquele dia, eles não sabiam onde estavam.

Era para estarem sobre o teto de sua casa, em um bairro simples e relativamente seguro em Musutafu. Mas não, eles não estavam lá. Na verdade, eles estavam em uma floresta. Uma densa floresta de árvores altas que assustaram aos dois Midoriya's assim que ambos abriram seus olhos.

À princípio, eles pensaram que estavam em um sonho. Mas era impossível! Pois além de perceberem estarem lá juntos, definitivamente juntos, todas as sensações que tinham, principalmente a dor física que se infringiram em um momento de desespero, eram muito reais.

Mas então, se aquilo não era um sonho, e também não uma individualidade afinal eles não tinham nenhuma que pudesse os colocar em uma situação como essa, ou sequer uma, onde eles estavam afinal!?

Mamãe, eu tô com medo... - Chiou baixinho o garoto, agarrando-se a mais velha.

— Tá tudo bem Izuku, n-nós vamos achar um jeito de voltar pra casa, certo? - Pegou-o no colo, apertando-o contra seu corpo.

Não era só seu filho que estava com medo, Inko também estava apavorada naquele local completamente desconhecido. O menino assentiu, abraçando-à com força.

Suspirando então para espantar o nervosismo de seu corpo, a mulher verde começou a caminhar sem rumo pela floresta que se encontrava. Com muito o cuidado e cautela ela caminhava com seu filho nos braços, atenta a qualquer coisa, enquanto tentava encontrar qualquer coisa que os ajudasse a se localizar.

Tinha certeza que daqui a pouco começaria a escurecer, e eles precisavam urgentemente achar alguma coisa que pudessem comer ou onde se abrigar.

[...]

Faziam horas que Inko caminhava. Em um dado momento, tivera que deixar Izuku caminhar com suas próprias pernas ou realmente não conseguiria prosseguir. Havia parado de ir até a academia depois que Izuku nasceu, estava fora de forma e essa longa caminhada lhe mostrou isso perfeitamente.

Mas depois do que pareceram três horas e meia de uma caminhada cansativa com pouquíssimas paradas, eles finalmente deslumbraram a frente uma pequena cidade cheia de vida.

— Mamãe, olha! - Apontou para a cidade a poucos metros de distância.

Inko finalmente sorriu depois de horas de medo e aflição, segurando a mão de seu filho com mais força enquanto seguiam em direção a pequena vila que acharam, aumentando os passos.

Quando eles finalmente passaram pelos portões do lugar, encararam tudo com surpresa e admiração. Ao seu lado, o pequeno kid murmurava de animação ao deslumbrar tantas coisas novas, e Inko encarava tudo confusa e surpresa com tantas mudanças.

Nunca havia visto algo parecido assim antes, era tudo tão...rústico. Sem toda energia e tecnologia habituais de Musutafu. Afinal, onde diabos estavam?

— Com licença senhora! - Chamou uma mulher que passou por ambos, que parou para encara-lá.

— Oh, pois não minha jovem? - Inko quase suspirou de alívio.

— P-poderia me dizer onde estamos? - Encarou-a um pouco nervosa.

A mulher fez uma careta confusa, encarando-os como se fossem estranhos, — O que, tecnicamente, eles eram. — mas respondendo mesmo assim.

— Bem, aqui é Yama no Kuni. Pelo visto você não é daqui, não é?

Inko congelou. País das Montanhas? Onde isso fica!? Nunca em toda sua vida havia ouvido falar daquele lugar. Se sentia feliz por pelo menos conseguir falar a mesma língua local aparentemente, mas ainda sim, sentia-se apavorada e completamente deslocada.

— Não...não somos daqui. Eu...bem, não temos nada, será que poderia nos ajudar? - A mulher idosa lançou-lhes um olhar de pena.

Inko, e Izuku, nunca odiaram tanto um olhar em toda sua vida. Mas permaneceram calados, precisavam de ajuda.

— Oh querida, claro! Claro que sim, venha comigo. Vocês devem estar com fome certo? - Começou a se afastar e Inko e Izuku seguiram-na.

— Muito obrigado senhora, nós realmente não temos nada, não sei exatamente como podemos agradecer. - Eles pararam em uma barraquinha próxima.

— Dê-me alguns espetos e chá para a viagem, por favor. - Disse ao vendedor, que assentiu. — Não precisa de nenhum agradecimento querida. Infelizmente, a única coisa com que posso ajudar agora é dando-lhe algo pra comer, mas espero que consiga voltar pra casa. - A mulher grisalha sorriu culpada, Inko negou com a cabeça.

— Isso é tudo o que eu poderia pedir. - Sorriu agradecida.

...A senhora pode me dizer onde fica a biblioteca? - Perguntou Izuku, baixinho enquanto ainda segurava a mão de sua mãe.

Inko ao menos esperou que seu filho dissesse algo. Normalmente ele é muito quieto quando está perto de estranhos, principalmente adultos.

— Oh, claro querido. É só você seguir reto e virar a terceira esquerda nessa rua e você chegará lá sem problemas. - Sorriu doce para o menino, que fez uma pequena e simples reverência com a cabeça como agradecimento.

— Bem, aqui está! - Entregou-lhe o pedido que fez, pagando o homem em seguida. — Espero que consigam voltar pra casa jovem.

— Obrigado pela ajuda! - Disse Inko, afastando-se junto a seu filho depois de uma leve reverência. A idosa assentiu, também se afastando.

— Porquê quer ir até a biblioteca Izuku? - Perguntou Inko, baixinho depois que se afastaram.

Iriam esperar um pouco para que pudessem comer, e não comeriam tudo. Sabe-se lá quando teriam uma refeição de novo.

B-bem, precisamos saber onde estamos se queremos voltar pra casa mamãe! E só de olhar pra esse lugar dá pra saber que aqui não tem internet... - Disse Izuku, envergonhado mas visivelmente muito curioso.

Inko concordou mentalmente, as vezes ela esquecia o quanto seu filho era inteligente. Imensamente inteligente.

Eles caminharam então com calma e observando tudo ao redor, até que finalmente chegaram a biblioteca. Inko deixou com que seu filho tomasse as rédeas da situação quando viu o quão acostumado ele parecia com esse tipo de ambiente.

Ela só esperava ter alguma resposta em breve de onde estavam e o principal, de como voltar pra casa...

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