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Sinceramente falando, Inko sabia que sua nova rotinha neste novo tempo em que estava seria difícil depois que se mudassem pra ca. Mas poxa, era ainda mais desgastante do que ela pensava que seria!

Ela ainda tinha que trabalhar no super mercado todos os dias da semana, já que ainda não havia conseguido seu emprego como ninja. E falando nisso, todos os dias depois do trabalho ela fazia testes e mais testes com vários ninjas para comprovar que ela estava apta para essa vida. — Testes escritos que, felizmente, não eram nada muito difíceis, apenas a parte histórica. E o teste físico, que ela por muito pouco não passou. 

Era cansativo, extremamente. Mas Inko não iria desistir. Não agora! Então, depois de uma semana corrida de trabalho e testes físicos e mentais, ela finalmente saia em direção a academia ninja perto de casa. — De acordo com Izuku, era assim que a escola era chamada.

Era o mínimo que ela podia fazer por seu filho agora. Eles mal se viram durante esses dias, e se ela analisasse a situação, seria mais seguro que ele comparecesse à escola ninja do que simplesmente ficar sozinho em casa ou caminhar pela vila também sozinho. – Mesmo que fosse pra virar a esquina até a biblioteca.

Então, aqui estava ela, adentrando à escola que muito em breve seu menino começaria a estudar.

Era um lugar...bem, rústico, como a maioria das coisas da vila. Era estranho tanta carência de tecnologia, e Inko se pegava nervosa só de pensar em todas as coisas ao qual ela e seu filho deixaram pra trás nos tempos modernos em que viviam antes.

Querendo ou não, ela e seu menino, e tantos outros garotos e mulheres de seu tempo, já nascerem mergulhados na tecnologia e no que uma individualidade poderia proporcionar junto a ela. Dava até um nervoso não ter um celular pra se comunicar com as pessoas das quais gostava. — Não gostava nem de pensar em como Mitsuki deveria estar nesse momento.

— Olá senhora, como posso ajudar? - Uma linda mulher de cabelos verdes bem mais claros que os seus a recebeu.

— Olá, boa tarde. Gostaria de matricular meu filho na academia, sou Midoriya Inko. - Disse se aproximando da menina, ela parecia mais nova.

— Oh sim, claro. Vou precisar de toda a documentação dele e suas também. É um processo rápido, não irá demorar muito. A propósito, me chamo Maruan Yuni. - A esverdeada mais velha assentiu.

— Aqui está querida. - Entregou-lhe tudo o que tinha de ambos, a outra concordou.

— Gostaria de um tour por nossa academia?

— Seria bom. - Sorriu pequeno, a menina retribuiu.

— Um sensei irá acompanha-la então. Irei terminar essa papelada em um instante. - Ela disse, chamando com um aceno um homem com um protetor de testa assim como todos os ninjas que ela tinha visto por aí.

Então até mesmo os sensei possuem uma bandana...acho que é isso que distingue os civis dos que usam chakra.

— Precisa de alguma coisa Yuni-san? - Perguntou o homem.

— Iruka-sensei, a senhora Midoriya veio matricular seu filho na academia. Poderia acompanha-lá em um tuor rápido pela escola? - Ele sorriu pra elas.

— Claro. Vamos aproveitar o horário de almoço das crianças. Muito prazer em conhecê-la, senhorita Midoriya, Umino Iruka. - Inko sorriu, apertando a mão do ninja.

— Pode me chamar só de Inko querido, é um prazer conhecê-lo também.

— Bem, me chame de Iruka então! Vamos? - Ela assentiu, o acompanhando.

[...]

Era um lugar grande, ela percebeu. Era simples, mas comportava todas as crianças sem muito esforço. Pela conversa que teve com Iruka, o horário de almoço pra eles era longo para que pudessem comer e descansar sem maiores problemas, e os horários das aulas eram de tempo integral. — Assim como os professores, que ficavam desde o início até a formatura com os mesmos alunos.

— E então, quantos anos seu filho tem Inko-san? - Perguntou curioso enquanto caminhavam.

Já estava prestes a terminar o almoço e começar o restante do horário letivo das crianças, mas felizmente eles terminaram o passeio. Já já Iruka teria que voltar a sala de aula.

— Ele fez oito ano passado, já é um homenzinho. - Sorriu doce.

— Oh, eu vejo, na mesma idade em que minha classe barulhenta. - Ambos riram.

— Se me permite perguntar, ele fazia academia em outra aldeia ninja? - Encarou-a.

— Oh não, viemos de uma vila bem pequena próxima a Konoha, chegamos a poucos dias.

— Ah...bem, sendo assim ele provavelmente terá que entrar junto aos outros da vinha mais nova. - Disse pensativo, a mulher o encarou confusa.

— Ele não entrará com crianças de sua mesma idade?

— Hmm, veja bem Inko-san, como ele provavelmente nunca foi educado antes, ele teria que entrar junto aos mais novos para conseguir acompanhar os estudos. - Disse o homem moreno.

Inko evitou um suspiro. Ela não poderia simplesmente dizer que seu filho já havia ido à escola em outra linha do tempo. Seria estranho, e ela nem sabia explicar ao certo como veio pra cá. — Ou como voltar. — Inko e Izuku já haviam se conformado, depois de meses nesse tempo estranho, que não iriam conseguir voltar pra onde estavam antes.

Sua única opção agora seria mentir, para o bem de seu filho e o seu. (Ela não queria ser taxada de louca, obrigado.)

— Ah bem, Izuku é um garoto muito inteligente. Ele...ele foi educado em casa por um ex ninja de algum lugar em nossa antiga vila. Ele não sabe lutar muito...eu tentei evitar que ele se machucasse tão cedo mas... - Um suspiro. — Bem, ele quer se tornar um ninja agora, não tem muito o que eu possa fazer. - Sorriu sem jeito.

— Sei como se sente Inko-san. Também vejo esses pequenos se preparando pra uma vida dura e cheias de batalhas pela frente, mas a única coisa que posso fazer agora é apoiá-los em suas decisões e fazer o meu melhor pra que aprendam a se proteger. - Disse ele, um sorriso doce em seus lábios que Inko copiou.

— Bem, de qualquer maneira, se esse é o caso acho que posso tentar ajudar Izuku-kun. Vou tentar conversar com meus superiores sobre algum teste capacitor que ele terá que fazer pra provar que pode acompanhar os outros jovens de sua idade, mas não prometo muita coisa. - Ela sorriu agradecida.

— Isso é mais do que eu poderia pedir Iruka-san, obrigado por nos ajudar. - Fez uma reverência agradecida ao homem, que coçou a nuca envergonhado.

— Não precisa agradecer Inko-san. Estou ansioso para trabalhar com seu filho. Espero poder ajudar. - Também fez uma reverência simples pra ela, deixando-a onde haviam se encontrado pela primeira vez.

— Obrigado pela ajuda mesmo assim Iruka-sensei, nos vemos em breve. - Sorriu e ele fez o mesmo.

— Nos vemos em breve! - Disse se afastando, tinha que voltar pra sua turma.

— Vejo que fizeram amizade. - Disse a senhorita da recepção, Yuni.

— Sim sim, ele é um bom rapaz. - Falou Inko, sorrindo.

— Bem, de qualquer forma aqui está Midoriya-san. - Entregou-lhe seus documentos. — A matrícula de Izuku-kun já foi preenchida, só preciso que assine esses papéis para que os documentos sejam enviados para meus superiores para uma análise e coleta de registros oficiais. - Inko assentiu, começando a ler os documentos que deveria assinar.

Sabia que assim que recebesse a notícia, Izuku iria pular de excitação.

Acho que vou comprar um bolo pra comemorar...

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