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Izuku caminhava calmamente até o parque que combinou com Naruto com um sorriso pequeno e vitorioso no rosto.

A algumas horas havia passado na biblioteca de Konoha e conversado com Yoshino-san. E depois de muita luta e interrogatórios e persuasão havia conseguido o que queria: um livro que contava, sem perspectiva alguma de narrador, apenas fatos, os acontecimentos do tão fatídico 10 de outubro.

Aparentemente, no dia 10 de outubro, no dia do parto de uma Jinchuuriki  — Ele teve que pegar um livro separado para ler sobre isso. — um homem mascarado e desconhecido com habilidades excepcionais trouxe pra fora de sua carcereira o demônio raposa, que destruiu boa parte de toda a aldeia e lutou bravamente contra o Yondaime Hokage de Konoha — Quarta sombra do fogo, relâmpago amarelo Namikaze Minato. — até que foi selado em um bebê órfão, mas não sem antes levar a vida do Hokage-sama e sua esposa. — A tão conhecida Akai Chishio no Habanero ( Pimenta vermelha sanguinária.)

Depois disso, foi só juntar os fatos óbvios. Os aldeões e as crianças odiavam Naruto, ao ponto de transformar sua vida em um inferno. Chamavam-no de demônio, mas especialmente demônio raposa, ou garoto raposa. Era óbvio que Naruto era o bebê órfão ao qual é o novo carcereiro da Kyuubi. — Era assim que a raposa era chamada nos livros, Kyuubi no Yoko.

A questão é, Naruto não sabe. Seu novo amigo aparentemente não fazia ideia de que havia literalmente uma raposa gigante e cheia de chakra dentro dele, e era por causa dela que sua vida era insuportavelmente tão cheia de dor e solidão.

Mas...algo não fazia sentido. Uma parte daquela história estava faltando e Izuku sabia disso, algo importante, algo crucial. Talvez até tão importante quanto o status de Naruto como Jinchuuriki, mas ele não sabia o quê.

Mas não fazia sentido pensar nisso agora. Izuku havia descoberto algo muito grande sobre seu mais novo amigo, e estava receoso com o que essa informação poderia causar em Naruto.

Ele só queria o bem do Uzumaki. Mesmo tendo conhecido-o a poucos dias Izuku sabia, sentia em seu peito, que ele era especial. E ele pensa, se fosse com ele, se tivessem escondendo algo tão grande assim dele, e seu amigo soubesse, — Por que ele sabe. — ele iria querer saber. Porque era seu direito, não importa o quão doloroso possa ser.

Então, com o coração pesado de receio mas com sua decisão tomada, Izuku caminhou até o ponto de encontro que havia combinado com Naruto, sentando-se onde ficaram na última vez para lhe esperar.

Ansiava com todo o seu ser que Naruto conseguisse lidar com essa informação e não pensasse em fazer algo entupido, mas sabia que estaria lá por ele, e esperava que isso bastasse.

[...]

Quando Izuku finalmente chegou no apartamento em que Naruto ficava foi...surpreendente.

Bem, ele esperava algo assim na verdade, afinal o Uzumaki nunca teve ninguém para lhe ensinar o que era certo ou errado e ele teve que aprender tudo isso sozinho. Mas...certo, era um pouco demais.

Izuku sendo filho de Inko, que adorava ter todos os seus pertences e sua casa arrumados da melhor maneira possível, teve que parar e encarar aquele apartamento enquanto piscava várias vezes para ver se era isso mesmo que ele estava vendo.

E realmente era. A casa estava uma zona, uma bagunça total. Vasilhas de Lamen's vazios espalhados por vários lugares, camisetas, calças, shorts, cuecas, meias, tudo espalhado. Izuku teve certeza de que quase teve um ataque do coração, e se ele já estava assim por causa daquela bagunça, imagine sua mãe?

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