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Inko ouvia seu menino surpresa.

É claro que, sendo a mãe preocupada e protetora que era, sabia que algo estava acontecendo na escola de seu filho de uns tempos pra cá.

A mulher esverdeada soube desde o momento do diagnóstico apeculiar que seu garotinho iria passar por muitas coisas em sua vida, e tentava ao máximo, da maneira que podia, apoiá-lo a sua maneira.

Mas...bem. Aquilo era um absurdo!

Depois de colocá-lo pra dentro e cuidar de seus leves machucados no rosto, a mulher obrigou-o a contar o motivo de ter aparecido sozinho em casa em pleno horário de aula, e a resposta não a agradou de forma alguma.

Aparentemente, Izuku estava sendo intimidado e machucado não só por seus colegas de classe da escola, mas também por seus professores que faziam vista grossa e muitas vezes também faziam comentários maldosos.

Inko nunca esteve tão raivosa em toda sua vida! Ela estava com raiva de ter sido tão negligente e não ter pressionado seu menino mais cedo, e com raiva de Aldera que, anos atrás prometeu-lhe cuidar de seu bem mais precioso.

Mas acima de tudo, como a mulher que era, a esverdeada também estava triste por Izuku. Pois além de ter tolerado tudo isso calado por quatro anos, havia perdido uma amizade linda como a que ele tinha com Katsuki-kun antes de tudo finalmente mudar.

Ela percebeu, enquanto seu filho contava cada atrocidade que já havia passado nas dependências de sua escola primária, que Izuku era o garotinho mais forte que já havia conhecido. Seu menino era mais forte do que ela pensava que ele era.

Suspirando pesado, depois de deixar que grossas lágrimas caíssem junto a seu filho, que lhe mostrou as cicatrizes que tinha por sua pele, a mulher ajudou-o a cuidar dos machucados horríveis espalhados por seu pequeno corpo e que ele conseguiu esconder dela por tanto tempo.

Depois de finalmente enfaixar todas as pequenas queimaduras, ela assegurou-lhe que resolveria tudo em breve e o obrigou a descansar depois de toda a turbulência do dia. — Ou dos anos.

E quando Izuku finalmente caiu em um sono profundo não muito tempo depois, a matriarca Midoriya ligou para sua melhor amiga. Tinha que resolver as coisas que seu filho tentou resolver sozinho, e a primeira coisa que iria fazer era conversar com Mitsuki sobre isso.

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