Capítulo 16: Mães e filhos

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Anthony só conseguiu dormir as cinco da manhã, e depois de tomar uma dose de whisky. Acordou às onze horas, sentindo-se tonto.
Mas valeu a pena ter dormido tão pouco para colocar no papel um pouco das idéias que estavam em sua cabeça.

Como em qualquer outro ramo, toda empresa tem suas concorrentes. A parceria entre a GCC e a Tayyip teve repercussão intensa. Saiu em todos os jornais a foto de seu pai e Edward, e, como sempre, foi preciso pagar um bom dinheiro para que nenhuma foto sua saísse em nenhum deles. Uma das maiores preocupações do empresario era esconder a todo custo a identidade do filho. No negócio da tecnologia, vale tudo para estar em primeiro lugar.
Ele estava muito a frente dos concorrentes, ainda mais com o protótipo de rastreador que não conseguia ser encontrado com facilidade, a não ser utilizando um detector especial. A inteligência do pai havia conduzido até onde chegou, e o rapaz trilhava os mesmos passos.

- Filho? - Mary tocou-lhe o ombro, fazendo ele levantar os olhos da leitura e sorrir.
- Oi mamãe.
- Quero conversar com você.
Anthony já imaginava qual seria o assunto quando olhou o semblante da mulher.
- Já sei sobre o que quer falar, e estou disposto a responder tudo o que puder saber...
A mãe arregalou os olhos:
- Há coisas entre vocês que eu não posso saber?
O rapaz riu.
- Não.
O alívio foi nítido no rosto dela. Segurou a mão do filho e perguntou:
- Em algum momento antes da noite passada você sabia que ela era filha de Edward Wiggins?
- Eu imaginei desde o primeiro dia que a vi.
- E isso significa alguma coisa pra você?
O jovem pareceu confuso.
- Como assim?
Ela pensou um pouco antes de falar:
- O fato de Aurora ser filha de quem é...
- O importante não é de onde ela veio, mas sim quem ela é quando está comigo.
- E como ela é quando está com você?
Foi a vez do garoto parar para pensar.
- Perfeita.
Mary sorriu. Se Anthony a via daquele modo, então ele gostava realmente dela.
- Sabe que eu e seu pai ficaríamos imensamente felizes se você estiver feliz...
Ele também sorriu.
- Sei disso mamãe. E não se preocupe. Estou bem.
A mulher se levantou, pronta para sair do quarto do filho quando girou nos calcanhares e perguntou:
- Thony... Você a ama?
Anthony ficou em silêncio por alguns instantes, refletindo profundamente.
- Não sei. - respondeu, por fim. - Mas se for, os livros mentem. O amor não dói...
- É verdade. O amor é alegria e não sofrimento. É querer estar perto só pra ver se está tudo bem. É cuidado, devoção, fidelidade e principalmente... - a mãe deu uma pausa e olhou nos olhos dele. - Confiança.
Ele levantou e passou a mão nos cabelos rebeldes. Seu sorriso saiu sincero quando disse:
- Se tudo isso é o amor, apesar do pouco tempo juntos... Eu amo Aurora Wiggins. - em seguida o rapaz ficou sério. - Mas eu não sei o que fazer com esse amor.
A mãe voltou e abraçou o filho. Ajeitou-lhe o cabelo e o beijou na testa.
- Oh, Thony... Não faça nada. Absolutamente nada. Na hora certa você saberá exatamente o que fazer.
Ele separou dos braços de Mary e disse:
- Obrigado mãe. Por tudo.
Em seguida pegou as chaves de sua moto preta e saiu para seu refúgio.
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Gente, estou morrendo de raiva!
Estava com um capítulo enorme prontinho pra vocês, quando meu celular travou e PERDI TUDO!
Reescrevi o mesmo, tentando fazer o mais fiel possível a primeira edição.
Segunda feira estaremos de volta com a continuação do capítulo 16, e os capítulos 17 e 18.
Beijos no♥.
Tainá Nogueira.
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O outro lado da moedaOnde histórias criam vida. Descubra agora