Estou deitada em minha cama, tentando aproveitar o fim de semana. Descobrimos na quinta-feira sobre Henry ter sido pago, e sexta foi um dia estranhamente normal, em que não conseguimos descobrir nada.
Rolando de um lado para o outro, às vezes mordo os meus lábios para conseguir me concentrar em alguma coisa, na dor. Pensando assim, isso é estranho. Mas é uma tática que tenho para essas situações.
Alguns minutos passaram e ouço meu telefone tocar ao som de "thank u, next" da Ariana Grande, minha música preferida. Eu poderia deixar tocando e apenas aproveitar a música, algo que não faço há tempos. Mas, quando vejo quem é, quase pulo da cama. Carter está me ligando. Em um fim de semana. Ah, meu Deus.
Atendo.
"- Oi, Nancy! Como você está?"
"- Dia entediante, mas estou bem. Aconteceu alguma coisa?"
"- Não. Na verdade sim. - Ele gagueja. - Quer me encontrar à noite para jantar? Eu pago!"
Eu ouvi certo? Carter Davis está me chamando para sair? O menino tímido que me dá presentes há anos e nunca passou disso? Tem um dedo da Amber nisso. Até me levanto da cama, de empolgação.
"- Claro! Eu adoraria! Onde te encontro?"
"- Te busco às sete. Pode ser? O lugar é surpresa."
"- Está bem! Até às sete."
Desligo a chamada.
Meu Deus, eu aceitei. Nem sei como se age em um encontro! Acho que a reação foi instantânea. E agora, quero confirmar minha teoria. Ligo para Amber em chamada de vídeo enquanto volto a me deitar.
"- Nancy!"
"- Não me diz que você teve algo a ver com o Carter me chamar para sair hoje."
"- Ele foi rápido!"
"- Isso foi uma confirmação?"
"- Não me mata. Eu falei com o Carter hoje. Disse que tinha outro cara de olho em você, e que se ele não tomasse uma atitude, o suposto outro cara iria fazer por ele. Se ele te chamou, é porque gosta mesmo de você."
"- Amber!"
"- Você gostou, não é? Nancy, me diz que você aceitou."
"- Sim! Eu aceitei. Mas eu nem tenho roupa para vestir em um encontro. Acho que vou desmarcar, precisamos investigar. O jogo não acabou..."
"- Não, Nancy! Não! Você tem que aproveitar a vida. Não pode deixar que tudo se resuma a um jogo idiota. Em alguns minutos vou estar aí para te ajudar a escolher tudo, certo? Me espera."
Amber desliga chamada. Ela está certa. Não posso deixar minha personalidade inteira se resumir a esse jogo doentio. Eu não duvido de que as consequências sejam sérias se errarmos ou se não conseguirmos. Estava escrito "próxima morte" e "consequências severas", me lembro muito bem, não quero ver mais alguém morto. Mas tenho que deixar de pensar nisso, e deixo, quando ouço a campainha.
Vou até a porta para abrir. Faz minutos que desligamos a chamada, ela realmente ficou mais empolgada que eu.
- Você veio voando? - Dou um abraço em Amber.
- Mais ou menos. Vamos! Precisamos te deixar linda. Carter vai se apaixonar!
Subimos até o meu quarto, ainda são quatro horas da tarde, temos tempo de sobra. Amber fecha a porta, mas não tranca. Acho que a alegria dela me contagiou, em alguns minutos já estou tão eufórica quanto ela. Coloco uma trilha sonora de fundo. Nada melhor que uma tarde de garotas ouvindo Taylor Swift e escolhendo roupas.
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Até a Próxima Morte
Bí ẩn / Giật gân🥈2° LUGAR CONCURSO ALICE.I.BORDERLAND NA CATEGORIA SUSPENSE/CRIME Nancy Hall é uma garota introvertida e muito inteligente, que mora em Boston com o seu pai. Uma de suas amigas é Amber Coleman, o seu completo oposto, é popular e tem uma vida invejá...