Capítulo 05 👽 - Fofoca

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Ely.

Eu fico apavorada ao perceber eles, aperto o passo e eles fazem o mesmo, havia um beco, era perigoso? Sim, mas também né faria chegar mais rápido em casa, faço isso mas ao invés de passar andando, eu começo a correr mesmo com todas aquelas sacolas nos meus braços.
– SOCORRO! – Grito, nervosa.
Porque meu pai não estava aqui para me ajudar? Eu fiquei sozinha nesse mundo.

Rael.

Aperto alguns botões daquele controle que Ely me deu e a aquela coisa quadrada de tela de vidro que ela chama de Tv começa a passar pessoas aleatórias, paro em uma, era uma mulher chorando e correndo na rua porque tinha uma multidão atrás dela, ela entra em um carro para se esconder e aquilo acaba me causando preocupação, Ely estava demorando muito, será que estava tudo bem? Mas se eu sair, talvez não a encontre, eu não conheço nada aqui e nem sei onde ela foi.
Bem, sem pensar muito eu faço o que minha consciência manda deixo aquela tv ligada, olho para a casa guardando na memória o número e a cor, se eu me perder posso voltar pelo número, não é? Ou ela iria atrás de...
– SOCORRO! – Ouço um grito, eu tenho audição aguçada, todos no meu planeta tem.
– ALGUÉM ME AJUDA! – Pedem, reconheço a voz.
– ELY! – Sussurro e saio correndo na direção da voz.
Não importa o planeta, um pedido de socorro não muda em lugar nenhum.
Acabo chegando numa rua bem escura, eu a vejo, ela corria chorando e segurando várias sacolas mas mãos e nos braços, havia duas humanos atrás dela e a expressão deles, de quem estava pronto para tudo.
Percebo que eu lutaria com eles mas não de igual para igual, eu estou ferido na perna, mas não posso deixar que façam mau a ela, nem a ela e nem a ninguém.
– ELY! AQUI!! – Grito e vou em sua direção, a perna começa a doer porque eu corri.
– RAEL! – Ela chama e quando nos alcançamos, ela se joga em meus braços chorando, fico sem reação na hora mas depois eu a abraço tentando acalmar ela.
– NEM PENSEM EM TOCAR NELA.– Rosno para aqueles homens que param no lugar e ficam me encarando.
– Estamos em dois "manco".– Eles dão um sorriso.
– Não preciso estar com as pernas boas para acabar com vocês, eu garanto.– Digo, afastando Ely e a colocando atrás de mim, ela estava tremendo muito, eu coloco as mãos em seus ombros e a faço olhar para mim.
– Confia em mim, enquanto eu estiver nesse planeta, ninguém vai machucar você, eu prometo.– Afirmo convicto e ela faz que sim com a cabeça, então me viro para enfrentar aqueles homens, eles não sabiam mas a realeza no meu planeta tem aulas contantes de lutar marcianas, para o caso de alguém invadir o castelo e tentar nos matar, auto defesa era uma obrigação.
– Podem vir.– Afirmo, chamando os dois para a briga e eles correm em minha direção, tentam acertar a minha perna ferida.
– Previsível.– Afirmo acertando um soco na cara de um, em seguida em abaixo e acerto outro soco mas na barriga do comparsa dele.
O que leva o soco na barriga cai no chão mas o do rosto tenta me acertar por trás, eu me viro antes e dou um chute em seu membro, ele cai então começo a acertar chutes neles com a perna boa, vários chutes até ver o sangue vermelho, ele era bem famoso no meu planeta.
– Rael.– Ela me chama, ainda chorava.– Vamos sair daqui, por favor.– Pede.
Eu fico surpreso, desde o momento que cheguei tudo que ela fez foi me atacar e sempre pareceu ser tão durona, ver ela chorando e pedindo ajuda, tremendo, me fez odiar aqueles humanos caídos no chão.
Vou até ela e pego todas as sacolas, ela segura na minha camisa e assim voltamos juntos para casa, antes de passar no portão alguém chama por ela.
– Está tudo bem, Manu? – Uma mulher mais velha pergunta da casa ao lado.
– Eu quase fui assaltada, Dona Ofélia.– Ely Afirma.
– Meu Deus, está tudo bem? Quer que eu chame a polícia? – A mulher questiona.
– Não, estou bem, eles não conseguiram me fazer mau ou roubar nada, Rael chegou antes.– Ely diz.
– Nada como ter alguém que nos ajude, não é? – A mulher indaga.– Mas quem é ele? Você é filha única, não? – Pergunta.

Andrômeda || Luan Santana Onde histórias criam vida. Descubra agora