Capítulo 35 👽 - Plano

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Rael.

– Mas se deixar ele vivo, me casarei com a princesa Ametista e quantas outras quiser, terei todos os filhos que desejar e tantas concubinas que o senhor perderá as contas, obedecerei o rei cegamente e de joelhos, nunca mais me rebelarei.– Ethan Afirma.
– Não! – Digo a ele que se ajoelha implorando por minha vida, de joelhos na frente do nosso pai monstro, meu irmãozinho estava se sacrificando, casar com Ametista seria pior que a morte.
Meu pai sorri vendo o meu desespero.
– Muito bem, ele não será enforcado mas ficará preso mas masmorras até que eu decida ou que ele morra lá.– Diz meu pai.– Tem a minha palavra, Ethan.– Ele conclui.
Dali, sou levado para uma cela nas masmorras e percebo que minha vida já era um inferno mas eu causei dano a vida dos outros também.
Ao menos, Ely e o nosso bebê estavam a salvo daquele crápula.
(...)
Ouço passos, pela pequena janela sei que já é tarde da noite.
– Rael.– A voz masculina chama, era Ethan, meu irmão.
– Você não devia..o que foi fazer? – Indago a eles eu sentia remorso.
– Ganhando tempo.– Diz.
– O quê? – Indago.
– Acontece que não posso me casar com Ametista, tenho outra mulher em meu coração, a mesma mulher que fugiu com a sua para a Terra.– Ele sorri.
– Ely está grávida irmão, não podia deixar que nosso pai pegasse ela e Mirna se ofereceu para ajudar porque não queria te ver casado.– Confesso.
– Eu imaginei.– Diz.– Mas casados ou não, Ely virou a princesa do povo e farei de Mirna a minha, eu e nossa mãe temos um plano, vai ser cruel mas se não o pararmos, ele matará a família real toda e quem sabe o povo.– Ethan diz.
– O que vão fazer? – Pergunto.
"QUEM ESTÁ AÍ?" – Uma voz na escuridão grita.
– Tenho que ir, aqui tem comida.– Ele me entrega pelas grades.– Não vai ficar aqui por muito tempo, eu prometo, tudo terá fim.– Afirma e então vai embora, fico só novamente.

Elly.

Ao chegar de volta a Terra, eu me senti estranha, como se não estivesse em casa, minha casa deixou de ser um lugar para virar uma pessoa, meu lar é o Rael.
Eu vendi a confeitaria que um dia foi o sonho do meu pai, não porque desisti de abrir uma e sim por segurança, para proteger o meu bebê, afinal, como Rael me disse uma vez, eu tenho que abrir uma confeitaria para mim e não por outras pessoas.
Vendi a minha casa também e nós nos mudamos, deixe Minas Gerais e agora estou em São Paulo.
Foi difícil trazer a nave, sem explicação alguma, as pessoas da mudança e que colocaram ela no caminhão, se perguntaram e eu menti, disse que era algo que eu estava montando, mas só algo banal afinal, eles não sabem abrir ela.
Agora, eu estava sentada na rede do lado de fora da minha nova casa, ela tinha cinco cômodos, sala, cozinha, meu quarto e do Rael, o do nosso bebê e o de Mirna, era uma casa alugada, queria que Rael aprovasse antes que eu comprasse ela.
– Pensando no príncipe, Alteza? – Mirna chama a minha atenção.
– Preocupada, o rei pode machucar ele e eu estou de mãos atadas.– Afirmo.
– Ele não está sozinho lá, a rainha protegeria o filho e Ethan.. também.– Ela diz.
– Você também está preocupada com ele, não minta.– Afirmo.
– Se casar com aquela mulher...claro que me preocupa mas a decisão foi dele.– Diz.
– Espero que um proteja o outro.– Sussurro.
– Eles vão, alteza.– Ela se senta ao meu lado.
– Não precisa mais me chamar de "alteza" você sabe disso, não sou casada com o Rael.– A lembro.
– Mas no futuro você se casará com ele e está carregando o herdeiro do trono do ventre – Afirma.
– Herdeiro que o rei quer matar, ele abomina meu filho.– Confesso – Aí, sinto tanta falta do Rael.– Digo.

Andrômeda || Luan Santana Onde histórias criam vida. Descubra agora