Capítulo 16 👽 - Tomates

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Planeta Urk.

Elly.

2 dias depois do sequestro.

Estou sendo arrastada para fora da nave, acabaram de tirar o pano dos meus olhos assim que piso meus pés em solo, eu percebo que aquele ali não é mais o meu planeta.
A entrada era toda de areia, o chão também.
Os portões da cidade ou do reino eram feitos de mármore escuro e ao passar por eles e vários guardas que guardavam a entrada, vejo ruas e mais ruas, estava cheias de gente andando de um lado para o outro, entrando em lugares e também havia um tipo de feira, todos pararam de fazer o que estavam fazendo apenas para me olhar.
Eles pareciam humanos, mas não eram.
As roupas eram como de época, vestidos e sandálias antigas, os homens usavam calças e botas, eu me senti numa época em que a Terra era governada por reis.
– A princesa Ametista retornou.– Um guarda grita, as pessoas se curvam em nossa frente, não para mim mas sim para ela.
– EU TROUXE UMA HUMANA! – Ela grita, me empurrando, os olhares que eles me lançam é de ouro nojo.
– Uuuuuuuuuuh! – Eles me vaiam.
– O que nós fazemos com os humanos? – Ametista Indaga.
– Apedrejamos! – Eles gritam juntos.
Meu Deus, algum humano veio parar aqui e foi apedrejado?
– Mas não podemos fazer isso com ela, "ainda." – Ametista grita.
– Aaaaaah! Porque? – Indagam.
– Ela seduziu o príncipe Rael e fez com que ele odiasse nosso planeta, nossa gente, ele se recusa a voltar por causa dela.– Ametista mente.
– O quê? Como? – Se questionam entre si.
– Vou levar ela ao rei e ele escolherá a sentença dela, faremos com que o príncipe retorne e ela ficará nas masmorras até que isso aconteça.– Ametista diz, parecia que tudo que ela falava, era lei, eles acreditavam nela cegamente.
– Podemos ao menos nós vingar com isso? – Uma mulher pergunta, segurando um tomate, vejo Ametista sorrir.
– Vão em frente.– Ela diz, dando passos para longe de mim, para que não sujassem seu vestido enquanto acertam tomates e mais tomates em mim.
Eu nunca tinha sido tão humilhada, eu tentei ficar forte mas estava difícil não chorar quando se é acertada por tomates em praça pública.
Rael, você vai me deixar apodrecer aqui não vai? Porque me odeia.
(...)
Completamente imunda, sou arrastada para o castelo com a população gritando atrás de mim, os guardas fazem um círculo em minha volta para não deixar que me peguem ou me machuquem, com a raiva que estavam sentido.
– Devemos limpar ela, senhora? – Uma mulher que parecia bem pobre, com vestes rasgadas e cabeça baixa pergunta a princesa.
– Não, levem ela para a sala do rei exatamente assim, quero que ele veja essa humana imunda.– Diz.
É assim sou levada até uma sala enorme com um mesmo símbolo ams bandeiras penduradas, um símbolo de coroa, em dois tronos existem um homem mais velho de barba e cabelos brancos e uma mulher que também usava coroa, de cabelos castanhos mas com a idade aparente no cansaço do rosto.
– Curvem-se ao seu rei e sua rainha.– Ametista diz, assim os guardas que nos seguiam, as empregadas e ela própria se curva, eu me mantenho em pé.
– Que audácia! – Ela diz depois que eles se levantam.
– Não vai se curvar, humana? – A rainha questiona, provavelmente a mãe de Rael e aquele que tinha a maldade nos olhos, no trono ao lado era o rei.
– Com todo respeito, vocês não são meu rei ou minha rainha.– Afirmo.
– Ainda tem algum orgulho? Olha para você.– Ele dá risada.– É uma humana imunda.– O rei dá risada.
– A mesma humana que ajudou seu filho e lhe deu de comer enquanto fugia de um rei monstruoso, uma rainha, ou melhor, uma mãe que assistia o próprio pai fazer coisas ruins com o filho e ficava calada e fugia de uma mulher rancorosa que acha que pode forçar alguém a amá-la.– Digo séria e recebo um tapa no rosto, tapa dado por Ametista.
– Se controle, princesa.– A rainha diz.
– Me perdoe, majestade.– Ametista diz me olhando feio.

Andrômeda || Luan Santana Onde histórias criam vida. Descubra agora