Planeta Urk, 10:35 da manhã.
Rael.
– Mandou me chamar, pai? – Questionou, entrando na sala do trono, meu pai, o rei, disse que hoje teria algo importante a me dizer e que depoos que tivesse uma resposta ele me diria.
– Sim Rael, você se lembra de quando era criança? Alguns reis traziam seus filhos para brincar aqui no castelo e enquanto estávamos em reunião.– Ele começa.
– Eu me lembro.– Afirmo.
– Acontece meu filho, que você já está em idade de se casar e será meu sucessor no futuro, assim como eu tenho sua mãe, uma boa rainha e mulher brilhante você também deve ter, por isso, como a tradição manda, eu tomei a liberdade de escolher sua esposa assim como meu pai fez comigo.– Diz sério, por um minuto achei que fosse brincadeira.
– O quê? – Questiono, quem seria? Eu não estava interessado em ninguém no momento, meu tempo sempre era cheio de estudos e regras.
– Se lembra da princesa Ametista? Vocês brincavam juntos quando pequenos.– Afirma.– Ela é a escolhida, Princesa de Airon.– Diz.
Desde criança eu não me dava bem com essa menina, ela gostava de jogar coisas em mim e quando me via lendo, jogava meus livros na água, é debochada e provocativa.
– Ela concordou com isso? – Indago.
– Foi ela mesma que propôs, disse estar apaixonada por você e isso vai ser um bom casamento.– Diz.
– Com todo o respeito pai, essa garota é ruim, desde criança eu não a suporto.– Argumento.
– Vocês cresceram Rael, tenho certeza que ela mudou.– A defende.
– Pela fama dela, continua uma mulher ruim.– Afirmo.
Diziam que ela humilhava seja súditos apenas porque eram pobres, ela qualquer um que a olhasse mais que um segundo, ela mandava prender.
– Como tem tanta certeza? O povo fala demais.– Diz.
– Eu recuso esse casamento.– Digo sério.
– Esse casamento já foi aceito pelo próprio rei e já fechei um acordo com o pai dela, não voltarei atrás da minha palavra.– Diz.
– Com que direito respondeu um "Sim" por mim?! – Questiono nervoso.
– Com todo direito, além de seu pai eu sou o seu rei, a minha palavra é lei! – Ele se levanta do trono, estava nervoso.– Calma querido.– Minha mãe pega a mão dele.
– Meu pai se casou assim, eu ne casei assim, porque esse garoto tem que estragar tudo? – Ele continua olhando ela.
– EU SÓ ME CASO POR AMOR! – Grito e vejo ele dar uma grande risada.
– Irá aprender a amar sua noiva como toda a nossa linhagem aprendeu, agora vá se arrumar, sua noiva e o pai dela estão vindo para almoçar conosco.– Ele diz.
– Isso é um pedido? – Questiono.
– É uma ordem.– Ele me olha feio.
– Claro, "Majestade".– Me curvo e saio dali com raiva, das janelas do palácio consigo ver uma nave entrando em nosso território, sigo olhando e vejo a Princesa Ametista descer da nave com seu pai logo atrás, um dos guardas tenta ajudar para que ela não caia mas recebe um tala estalado no rosto e um grito de nojo, embora muito bonita por fora, com longos cabelos negros que chegam ao quadril e olhos da mesma cor, ela era podre por dentro, por fora bela viola mas por dentro...pão bolorento.
Eu jamais me casaria com esse tipo de mulher, sempre soube que ela era apaixonada por mim, ela mesma dizia, mas jogar meus livros no rio, jogar pedras em mim e me ofender não era bem o jeito de demonstrar amor, dito isso, eis meu plano, a fuga.
(...)
A ração teria que durar quatro dias, a água também.
Furto na cozinha do palácio o máximo que posso, caso não desse, eu não iria sobreviver.
A verdade é que nós, Aliens, tinhamos poucas diferença dos humanos e por isso escolhi o planeta Terra, seria difícil me achar lá.
Tirando as minhas íris que mudam constantemente de cor conforme meu humor e uma audição melhorada, sou fisicamente igual a eles, soube que eles nos imaginam verdes e com cabeças enorme e corpos pequenos, bem, nós também imaginávamos eles assim, pra gente, eles são os alienígenas.
Isso não vem ao fato agora, jogo quatro sacos de ração lunar dentro da minha nave que ganhei quando fiz 18 anos terrestres e quatro garrafas de água, roupas e meu corpo, eu fecho a porta da nave e espero até a madrugada para sair, metade dos nossos guardas estariam dormindo.
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Andrômeda || Luan Santana
أدب الهواةEma ou Ely como ele a chama carinhosamente, é uma jovem que enfrenta a adversidade após perder o pai num acidente inesperado, logo após completar 20 anos. Retornando à sua cidade natal, ela se empenha para reabrir a pequena confeitaria que herdou do...