Capítulo 28 👽 - Felicidade é amor

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Mirna.

– Mas mesmo uma dama de companhia, você parece mais uma nobre, talvez se um dia se casar com um, existem tantos duques, viscondes e por aí vai..– Afirma.
– Não me casaria por dote jamais, senhor.– Digo, abaixando o rosto, eu deveria estar muito vermelha.
– Acho que você é a única.– Ele sussurra.
– Perdão, mas A princesa Ely quando conheceu seu irmão, o ajudou com comida, roupas e um teto porque ele não tinha nada na Terra, então acho que só em Urk que as mulheres preferem dotes ao amor.– Afirmo e vejo um sorriso nascer nos cantos de seus lábios.
– Você também acredita no amor.– Era mais uma afirmação da parte dele do que uma pergunta.
– Alteza, o mundo já é cruel o suficiente, amor é a única gota de esperança que temos para sermos um pouco feliz, não acreditar no amor é...falta de esperança na felicidade.– Digo, ele continua em silêncio, o que me deixa mais nervosa ainda.– Desculpe, eu falei demais..– Sussurro.
– Não, eu gostei! – Ele é rápido.– É a primeira mulher em muito tempo que eu consigo conversar mais de um minuto que não está falando bobagem ou tentando me enfiar em um quarto.– Explica.
Entramos no corredor do quarto dos príncipes.
– Esse é o seu quarto Alteza e ao lado o do seu irmão e sua esposa.– Aponto.
– Você não vai voltar para Ely? – Indaga.
– Vou deixar vocês mais a vontade, retornarei depois.– Digo e ele faz que sim, indo até o quarto de Rael e batendo na porta, me apresso em sair das vistas de Ethan e ao chegar no meu quarto, eu tranco a porta e me jogo na cama.
– EU CONSEGUI! ELE ME VIU! ELE SABE MEU NOME! – Grito, apertando o travesseiro.
Meu quarto já era bem pequeno, pro tamanho da minha felicidade, ele era ainda menor.
Passo umas duas horas ali, revivendo cada palavra, cada expressão, cada sorriso.
Se ele me achou a altura de uma nobre, talvez eu tivesse chance mesmo sendo uma serva ou...eu estava querendo algo alto demais para mim?
Colocando os olhos no príncipe como uma tola.

Ethan.

Bato na porta e depois adentro o quarto, de pé está meu irmão e sentada em uma poltrona uma mulher muito bonita, de cabelos cacheados, olhos escuros, um vestido azul e uma tiara na cabeça.
– Finalmente você está aqui! – Rael Afirma vindo até mim e me abraçando.
– Você está mais adulto.– Digo ao meu irmão sorridente.
– Você também está adulto.– Rael me diz.– Bem, deixe me lhe apresentar, essa é Ely, minha esposa.– Diz, esticando a mão para sua amada que vem até nós e sorridente estica a mão para mim.
– A princesa do povo.– Afirmo, apertando sua mão.
– É um prazer.– Diz.
– Ouviu falar dela? – Ethan questiona.
– Ela está famosa no reino todo, além de humana, é sua esposa e de caráter, pelo que eu ouvi.– Afirmo e vejo ela ficar um pouco tímida.
– Dessa vez vai ficar pra valer? – Indago.
– Eu não tenho escolha, vou me casar com a mulher que você não quis e sinceramente eu entendo o motivo, Ametista é muito bonita mas seu coração é de uma crueldade sem tamanho.– Confesso.
– E ainda sim vai se casar? – Ely pergunta.
– Eu não tenho escolha.– Afirmo.
– Não posso te aconselhar disso porque você já sabe o que eu fiz e o que eu penso.– Rael dá de ombros.
– Bem, queria te perguntar daquela garota que foi me chamar, ela me pareceu conhecida mas minha memória está falhando.– Confesso.
– Não se lembra de Mirna? Brincávamos quando crianças, não se lembra? – Diz e aos poucos flashes de uma garotinha loira correndo pelo castelo me vem a mente.
– Lembro vagamente, ela cresceu, se tornou uma mulher diferente.– Digo.
– Diferente como? – Ely indaga curiosa.
– Ela parecia uma nobre, achei que fosse até de alguma familia importante.– Digo.
– E não ser faz dela menos interessante? – Ely me pergunta, ela era direta.

Andrômeda || Luan Santana Onde histórias criam vida. Descubra agora