Capítulo 14 👽 - Amar dói

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Ely.

– Eu fiz o que tinha que fazer naquele momento e não me arrependo.– A voz dele endurece.– Qual é o seu problema? – Questiona,me olhando.
As palavras simplesmente saem, eu não penso nelas naquele momento, deveria pensar mas na hora da raiva...tudo sai.
– VOCÊ É O MEU PROBLEMA! – Grito.– Minha vida era perfeita até te conhecer, mas se tornou uma bagunça desde então, se não fosse por você eu estaria muito bem agora...feliz! – Digo, secando as lágrimas do rosto.
– Não se preocupe, sua vida vai voltar a ser o que está antes logo, mas quero que saiba que nesse mundo ou em qualquer outro eu continuo sendo da realeza então não grite comigo Emanuely e por último, sua vida não era tão perfeita assim afinal quando nos conhecemos você já não era feliz, esqueceu do seu pai? – Um golpe fatal, aquilo foi na alma.
– Me desculpe vossa alteza se achei que aqui eu estava livre para falar o que penso, como você me pediu.– Digo me curvando.
– Ely! – Ele sussurra.
– Nunca mais fale do meu pai.– Concluo séria, depois de me levantar.
– Eu não quis, eu...– Ele tenta.
– Eu vou embora.– Concluo, em seguida dou as costas para ele e saio da confeitaria sentindo a dor de seu golpe queimando meu peito e sua ida para longe,matando meu coração.
Eu não quero amar ele.
Isso dói.
(...)
Os dias que se seguem, não nos falamos, ele não volta para casa nem para dormir, ficava o tempo todo nos fundos da confeitaria mexendo em sua nave, eu deixava roupas e comida no balcão da frente e ele sempre pegava quando eu já não estava lá, até que um certo dia eu cheguei lá pela manhã, não havia mais Rael, não havia nave, não havia ferramentas, tudo que havia era uma caixinha no balcão e um envelope com o meu nome.

"– Ely, minha humana.

Eu não sai da sua vida porque eu quis.
Eu não podia ficar, nós dois sabemos disso, não posso te colocar em risco novamente, minha direção foi a melhor que eu podia ter tomado.
Na caixa ao lado, tem um colar dentro, é um colar de estrela e atrás está escrito "Andrômeda" que é a constelação mais próxima da Terra, eu tenho o par dele, é um pingente do planeta Terra com a mesma palavra atrás, para que a gente sempre lembre um do outro.
– Adeus, Ely.

Fico sem me mexer por alguns segundos, quando volto á mim eu abro a caixinha com o colar, havia um panfleto junto a ele, aquele não era um colar comum, tinha um pequeno botão que quando apertado fazia o colar da outra pessoa se acender como se dissesse "Sinto saudades ou estou pensando em você".
Eu aperto o meu assim que coloco o colar no pescoço e uma luz se acende de volta nele, Rael também o apertou de volta me mostrando que também estava com saudade.
Não consigo controlar meu choro,
(...)
Dali para frente, eu tentei fazer o que ele me disse, seguir sozinha, fiz o meu melhor para terminar a reforma da confeitaria e então finalmente eu a abri, tinha poucos clientes mas o começo é assim mesmo, não é? Só me pergunto onde o Rael estava e o que estava fazendo, não nos ligavamos, só aconteceria em uma emergência.
Mas nesse dia, aconteceu uma emergência.
Uma nave desceu dos céus e não, não era a nave do Rael, era a mesma nave de antes vindo com mais duas atrás dela.
A princesa voltou com mais naves, mais guardas, eu estava perdida.
Ainda sim, eu não vou ligar para ele.

Andrômeda || Luan Santana Onde histórias criam vida. Descubra agora