Para os três

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Depois de tannnnnnttoooooooo tempo, cá ESTAMOS ON 😈😈😈😈 e tinha que começar o ano com a mãe de todas né 🗣️🗣️ espero que gostem e aproveitemmmn. Feliz ano novo 💐

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As mãos tremem. O coração está tão acelerado ao ponto de fazer cada entranha de Jaebeom doer.
Seus olhos se mantêm na direção de Jinyoung. Ele está parado na sua frente, com a atenção totalmente em si. A mão nervosa dele pousa sobre a barriga, como se a ação fosse o suficiente para acalmá-lo, mesmo Jaebeom sabendo que ele não consegue manter o controle das emoções. Das suas emoções que devoram Jinyoung.
— Você sabia? — as palavras escorregaram da boca do alfa facilmente.
O tom é frio e deixa Jinyoung agitado.
— Eu desconfiava — proferiu com cuidado, se sentando ao lado do marido. — O fato dela sempre estar no momento e lugar exato quando você precisa, me deixou desconfiado.
Jaebeom assentiu, engolindo a sensação amarga de não perceber algo tão cristalino na sua frente. Sentiu Jinyoung tocar sua mão, entrelaçando os dedos com cuidado na tentativa de lhe passar alguma confiança. Ele está claramente nervoso e com os pensamentos a mil. Jaebeom não distingue com precisão quais os medos e anseios de Jinyoung. Ele está confuso e… culpado.
— Eu deveria ter dito sobre minhas suspeitas para você não ser pego de surpresa.
— Você fez bem em não dizer. — Jaebeom pondera. — Eu não sei como reagiria se você dissesse antes. O fato de você já ter dito que eu deveria considerar minha mãe uma bruxa já me deixou um pouco decepcionado.
Jinyoung assente, mas não se manifesta. Jaebeom entrelaça os dedos nos seus e aperta levemente, como se o ato feito fosse apenas para se certificar que não estava sozinho.
— Você deveria falar com ela, amor.
— Por que? — Jaebeom o olha. — Que diferença faz se eu vivi mais de vinte anos sem ela?
— Ela deve ter os motivos dela…
— Que eu não vou ouvir. Nem um motivo no mundo vai me fazer aceitar o fato de que ela mentiu, que ela viveu ao meu redor sem nunca ter dito que é minha mãe… quando eu precisei dela… ela não estava. E agora você acha que realmente alguma coisa pode mudar só porque ela deve ter tido um motivo?
Jinyoung suspira, colocando sua outra mão sobre a do alfa. Entende a mágoa, a raiva, a irritação e a sensação de ser traído, mas ainda sim, Jaebeom deveria ao menos ponderar. Talvez aquilo pudesse mudar algo que ele tanto pede.
— Descansa um pouco. Você usou magia e deve estar cansado.
— Eu quero voltar para o castelo.
— Vamos voltar em breve, só se recupere mais um pouco, por favor. Por mim — Jinyoung pede. Jaebeom apenas suspira frustrado enquanto é deitado pelo ômega.
Ele deita ao seu lado e Jaebeom sabe o quanto ele está agitado. É sufocante o poder da marca que dividem. Tão forte, tão poderosa, tão… perigosa.
Quando Jaebeom fecha os olhos, ele volta a ouvir o barulho da queima. Seu coração acelera, mesmo sentindo os dedos de Jinyoung entrelaçados nos seus. É horripilante estar num lugar desconhecido, mas ao mesmo tempo familiar. Jaebeom sente na pele o desespero dos gritos, do choro estridente de um bebê e do cheiro forte de sangue e querosene.
Quando volta a abrir os olhos, já é outro dia. Foi como piscar os olhos e abri-los em uma fração de segundos. Seu corpo pesa mais que uma tonelada. As mãos estão escuras pela magia e Jaebeom se lembra de tê-la usado em JunHo.
Assim que olha para o lado da cama, encontra Hyunjin dormindo agarrado num ursinho de pelúcia. Ele ressoa calmamente onde Jinyoung costuma dormir. Jaebeom o toca com cuidado, sorrindo pequeno. Hyunjin não é seu filho, sabe disso. Sabe também que será muito difícil Carlon aceitar uma criança que não pertence ao seu casamento com Jinyoung, mas Jaebeom está preparado para enfrentar tudo e todos pelos dois.
— Já está acordado?
Jinyoung entra no quarto. Ele usa um conjunto azul safira que o deixa estonteante. Jaebeom gosta da maneira polida e bem arrumada do ômega. É um charme elegante e tão natural vindo de Jinyoung, que Jaebeom acredita que de alguma forma o mais novo foi esculpido por algum Deus vaidoso que o ama muito.
— Está melhor, amor? — Jinyoung se senta do seu lado.
Jaebeom apenas assente, um tanto zonzo de sono. Jinyoung toca no seu rosto com cuidado e deixa um beijo na sua bochecha. Ele olha para suas mãos e as pega, beijando-as calmamente.
Jaebeom se sente em êxtase. O peso que sente se esvai tão tranquilo que não machuca. Suas mãos voltam à cor da sua pele da mesma forma que o cansaço lhe deixa.
Jaebeom sabe que é por causa da marca que Jinyoung está dominando. Ele aprendeu rápido. Tão rápido que chega a ser assustador.
— Hyuna quer conversar com você — a voz suave chega até seus ouvidos. Jaebeom respira com calma. Não quer se alterar com o assunto.
— Eu não quero falar com ela. Vamos voltar para o castelo.
— Sabe que eu não posso — Jinyoung sorri, deixando o olhar cair sobre Hyunjin.
— Levamos ele.
Jinyoung arregala os olhos.
— Levamos ele e Mark para o Castelo. Ficaremos todos juntos e você não precisa se deslocar até o Clã.
— Jaebeom… — Jinyoung soa desnorteado — o que… o que todos falarão? Ainda não estão prontos para isso. Não nos preparamos… o povo pode… pode não aceitar.
A preocupação e o medo são evidentes. Jaebeom sabe. Jaebeom entende. Mas ele não abrirá mão de ter Jinyoung ao seu lado.
— Você é o meu marido. Tem a minha marca. É o meu ômega. Não importa o que o povo ou qualquer outra pessoa pense sobre tudo. Vamos morar no castelo. Hyunjin terá os mesmo privilégios que o filho que você espera de mim. — Jaebeom segura as mãos do ômega com cuidado. — Hyunjin não é meu filho de sangue, mas é meu filho. Ele terá tudo de mim, assim como o irmão dele. Eu irei cuidar de vocês três. Eu só preciso que confie em mim.
Jinyoung soluçou baixo. Os olhos marejam rápido e logo as lágrimas caem pelo rosto.
— Vo-você tem certeza?
— Tenho, meu Sol. Não se preocupe com nada. Viveremos bem aqui em Carlon e iremos cuidar um do outro. Só temos que confiar. Você confia em mim e eu confio em você. Tudo bem?
— Uhum — Jinyoung resmunga choroso. Jaebeom sorri e lhe abraça, reconfortando qualquer medo que sinta.
O ômega se agarra no alfa, o apertando contra si. Ter Jaebeom tão disposto a levar o que têm adiante deixa Jinyoung completamente emocionado. Todas as coisas que seu pai lhe disse, todas as vezes que ele jogou na sua cara que nunca poderia viver aquilo… Jinyoung jamais acreditaria se não fosse por Jaebeom.
Ele lhe mostrou da forma dele, da melhor forma, que não se pode ter medo quando se tem certeza que há amor. Quando ambos se amam mais que tudo, quando ambos se querem mais que tudo. Jinyoung sabe. Jinyoung entende.

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⏰ Última atualização: Jan 02 ⏰

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