Apresentações perigosas e olhos irrevogáveis parte 1

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Voltei aaaaa!! Obrigada pelos votos e comentários!! Espero que goste hehehe

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Eu estou preso dentro de mim e estou morto
Não quero ficar sozinho
Só quero ser seu

 

Os orbes amarelos abriram lentamente. O peso presente em seu corpo o impossibilitava de levantar.

— P-pai! — A voz falha e fraca chamou o homem que estava sentado e que em instantes já se encontrava de pé, ao lado do filho.

O rei se curvou e pôs sua mão na testa do Príncipe, constatando a quentura do corpo do alfa. Jaebum não era quente. Jaebum era frio como uma calota de gelo. E naquele momento, ele suava. As gotinhas de suor escorriam pelo rosto cheio de vida. O que era deveras estranho. O príncipe não aparentava vestígios de dor e nem muito menos de enfermidade.

— Meu filho, você está muito quente! — O rei apavorou-se com o calor que emanava do mais novo.

— Pai, eu estou bem. Só minha cabeça que está doendo! — Os olhos do príncipe se fecharam com a pequena dor na nuca. — O que houve?

— Você desmaiou, bateu a cabeça muito forte. Chamamos um curandeiro para te cuidar, mas ele disse que você, que seu lobo, estava desacordado. Você ficou inconsciente por dois dias, Jaebum. — Os olhos dobraram de  tamanho. 

Como assim, tinha dormido por dois dias? Sua consciência achou que aquele sono profundo só tinha durado algumas horas.

— Pai... ah!

— Calma meu filho, não faças esforço algum. Deixe me te ajudar. — O rei se pôs a ajudá-lo a ficar sentado, com as costas encostadas por grandes e macias almofadas. O príncipe ajeitou-se com a ajuda do pai, aéreo a tudo. Ainda sentia uma pequena pontada na nuca, mas nada muito relevante. Sua destra foi de encontro ao machucado, sentindo um curativo grande no local. — Você se lembra de alguma coisa?

— Hm… era... era quente, pai. Muito quente e… estranhamente bom. — A mão ainda pressionava o curativo. Jaebum encarava o nada enquanto as palavras saíam de forma espontânea de sua boca.

A sensação ainda tomava conta de seu corpo e apesar de sua mente não lembrar de cenas concretas, só borrões, ainda tinha aquele calor em seu corpo. 

Os ouvidos dos dois presentes ali, foram tomados pelas batidas leves na porta.

— Entre! — A voz do rei foi proferida, revelando ao ter a porta aberta um cavaleiro, nos seus trajes de recepção.

— Com licença Vossa Majestade, Príncipe herdeiro… — O cavaleiro curvou-se diante dos alfas, ele era um dos poucos betas que trabalhava no castelo. Jung Hoseok possuía os olhos alaranjados e cheios de vida, contagiando tudo e todos por onde passava. — As caravanas de Soleil já adentraram o arco. Os príncipes e o rei chegam daqui alguns instantes.

— Obrigado Jung. Avise Jackson para que comece o desfile.

— Sim, Senhor! Com sua licença. — O curvamento fora rápido. O Jung sabia que seus curvamentos perante o Rei não eram necessários, já que o mesmo insistia em não querê-los. As portas foram fechadas novamente, deixando pai e filho em um silêncio desconfortável.

— Você precisa se arrumar. — A fala quebrará o silêncio incômodo. Jaebum sentiu o peito doer. Nada do que sonhava estava acontecendo. E esse príncipe no qual ele nem conhecia... tudo estava desandando.

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