Ponto Fraco

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Os olhos do alfa observavam sem entusiasmo a vista coberta pelo céu cinza. A respiração era baixa e bem calculada. As mãos cheias de anéis seguravam firmes o parapeito da sacada, enquanto seus ouvidos ouviam os passos inquietos atrás de si.

— Você acha que eu não sei o que fez com o seu irmão, não é? Acha que eu não sei que interviu não só na saúde dele, como no encontro que ele teve com o Im? — YangMin se pôs a fitar as costas bem desenhadas e cobertas pelo cinza da roupa alheia.

— Ah, meu pai... o senhor é inacreditável. — Jimin se colocou a virar seu corpo e caminhar para dentro de seu quarto. Caminhando cauteloso, enquanto fitava intenso o homem a sua frente. — Me acordou, apenas para isso?

— Jimin...

— Meu pai, eu não fiz nada que... como posso dizer?! Ah, sim, não fiz nada que um pai amoroso, não fizesse. — Jimin sorriu ardiloso, sendo fuzilado pelos olhos vibrantes do pai.

— Jimin... você não tem escrúpulos quando se trata de seu irmão não é mesmo?

— Escrúpulos? — o riso de escárnio do alfa mais novo ecoou pelo cômodo. — Quem o senhor pensa que é, para querer falar de escrúpulos? Você praticamente está vendendo seu próprio filho pela segunda vez e quer me dizer que, Eu, sou sem escrúpulos? Vossa Alteza é uma piada. — Jimin se pôs a frente do alfa mais velho, o olhando sarcástico e sem medo de se impor.

— Você modere seu tom para falar comigo moleque. Eu sou seu pai e acima de tudo, eu sou seu...

— Rei?! Ah, claro que o senhor é vossa alteza. Meu pai. Meu rei. — ambos mantinham seus olhos fixos um no outro. YangMin tinha criado um alfa astucioso e cheio de si. Seu reflexo estampado no mais novo, mas ele sabia que esse reflexo não era completo. Porque Jimin, nunca seria um alfa como ele.

— Pare de proteger seu irmão. Você com essa sua proteção sem sentido acabará com meus negócios. Quando Jinyoung se casar, você irá junto comigo para Soleil e nem sonhe se opor a isso.

— Claro, Majestade. Afinal, sou apenas alguém que lhe deve obediência não é mesmo? — o sorriso de afronta tomava os lábios grossos do Park mais novo.

— Isso mesmo, Jimin. Você me deve obediência. Espero que não se esqueça disso. — YangMin deu uma última olhada para o filho e se pôs a caminhar a porta de saída, mas antes que abrisse a mesma, virou seu corpo para encarar o alfa de cabelos estranhos no meio do quarto. — Onde você conseguiu a poção? — YangMin olhou o filho dos pés a cabeça, ansiando pela resposta do mesmo, que o olhou nos olhos sorrindo sacana em sua direção.

— Papai... quando se trata de meu irmão... eu sou sem escrúpulos, esqueceu? — Jimin sentiu a áurea do pai se tornar mais sentida e irritada, abrindo mais ainda seu sorriso com aquilo.

— Jimin... não brinque comigo.

— Ah, Vossa Alteza, quem sou eu para brincar com o irrevogável e temido, Park YangMin? — o arquear de sobrancelhas incentivava a irritação do rei aumentar.

— O que é seu está guardado Jimin. Espero que não se atrase para nossa visita a mina de cobre. Não quero atrasos. Você passará o dia inteiro comigo, se despeça do seu irmão no desjejum, pois você não o verá hoje.

— Sim senhor. — o príncipe sorriu pequeno, se divertindo internamente com a irritação e modo de lhe punir. Jimin sabia que seu pai usava o seu amor incondicional pelo irmão só para lhe afrontar. Uma maneira covarde de lhe atacar. Mas ali, naquele reino, ele não iria mostrar seu desconforto. Ele iria usar aquela covardia do pai ao seu favor.

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