Confie no pouco

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Olhares não eram o suficientes alí, nem palavras, muito menos atitudes. Até porquê, ninguém ali mexia um músculo para  mudar aquela nuvem de desconforto. YoungJae era o único  que estava sorrindo radiante. Estava amando aquela atenção sobre si. 

— Ah! Com licença, Príncipe Soleil, precisamos ir para a mesa. O almoço será servido. Venha. — Chanyeol puxou levemente o braço do ômega o arrastando com cuidado para o banquete. — Você está bem Mon Doux?

— Eu... eu estou um pouco confuso... eu não sei. — Jinyoung riu soprado com a própria resposta. Ainda tentava processar o que tinha acontecido, não sabia o que realmente estava sentindo.

— Tudo bem. É completamente normal isso. Só não quero que se sinta mal em relação a aquele alfa. Me diga quando não estiver se sentindo bem com essa situação deveras infame. — Chanyeol puxou a cadeira para o ômega, que sorriu pequeno e acentiu. Jinyoung se sentou ao lado do pai que lhe olhou rapidamente. — Uma lágrima sua Alteza... — Chanyeol se abaixou e sussurrou rente ao ouvido alheio. — Uma lágrima e eu acabo com aquele alfa.

Jinyoung não respondeu o amigo, apenas sentiu o poder daquelas palavras percorrerem como arrepios os poros de sua pele. Chanyeol andou até seu lugar a duas cadeiras do lugar de Jimin, que não demorou para tomar seu lugar.

— Quem é aquele ômega com Jaebum, Jinyoung? — YangMin mirou os olhos no filho, atento as emoções e explicações do mesmo.

— Ele... ele diz que é o ômega de Jaebum. — Jinyoung olhou para o pai que estava na lateral direita do seu lado. O ômega levou calmamente uma de suas mãos até a taça com água, bebericando o líquido transparente.

— Ômega de Jaebum? — o rei soleiniense engoliu seco, com a afirmação do filho. — Não se preocupe com ele, irei dar um jeito nisso. Só se preocupe em ter aquele alfa em sua mão. 

— Pai...

— Só faça o que eu te mandar Jinyoung. Só.

Jinyoung acentiu, sem contradizer o mais velho, apesar de querer muito. E sem querer seus olhos puseram-se sobre o ômega loiro que estava no mesmo lugar que tinha saído. Jaebum parecia dizer algo ao ômega que fazia o mesmo sorrir. Jinyoung suspirou, aquilo era sua deixa perfeita. Era a saída que precisava.

A uma distância pequena da mesa principal, estava o alfa ruivo e o ômega conversando. Jooheon e Jackson tinham saídos juntos de Jimin. Jaebum se mantinha atento as órbes que lhe encantavam tanto.

— Você é inacreditável YoungJae. Não acredito que você saiu de Sansas só para vir aqui. — O ruivo sorriu galanteador, sentindo-se seguro com o ômega belo a sua frente.

— Você acha mesmo, que eu, Choi YoungJae, iria deixar meu alfa, livre para qualquer um? — as palavras eram bem ressaltadas, cada uma dita calmamente, calculada e cheias de si. 

— Você é melhor do que eu podia imaginar querido.  — o carinho que foi imposto na face linda, era cauteloso e discreto.

— Jaebum... YoungJae. — a voz rouca do alfa se fez ouvida entre os dois. Jaebum fechou o sorriso em seu rosto enquanto o ômega sorria maior ainda.

— Rei HyunSik! É um prazer lhe ver novamente. Creio que meu pai já tenha falado consigo, estou certo? — o Choi fez uma breve reverência, já que não era de seu feitio se curvar diante de todos.

— Sim, ele falou, mas acho que vocês não se encontraram ainda não é?

— Não mesmo. Papai já está aqui em Carlon a dois dias e eu acabo de chegar. Estou surpreso em saber que o senhor quer casar meu alfa e esse noivo não sou eu. Imaginem só, tamanha ousadia e astúcia! — o ômega riu soprado com a própria piada sarcástica. Jaebum olhou para o pai com um sorriso de canto, admirando a personalidade forte de seu ômega.

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