me despedi da Rayane e sai de casa em direção ao alto do morro, dessa vez nem o mudinho estava pra poder me escutar tagarelar, nesse caminho eu vim pensando na minha mãe, esses tempos ela nunca mais falou nada comigo e muito menos me procurou, Rayane fala que ela mal para em casa e que mal abre o salão, inclusive, esses dias ela foi passar uma semana na casa dos parentes do marido dela, Rayane falou que quando ela voltou ela estava toda roxa e extremamente abatida.
não faço a menor questão de manter contato com a minha mãe, me dói muito saber tudo o que ela fez comigo e fingir que nada disso de fato me abala, sendo que só deus sabe que a mente do palhaço tá melhor que a minha.
fui subindo o morro quase vomitando meu pulmão inteiro, puta que pariu que ladeira do diabo, tava quase chegando perto do galpão quando vi o céu brilhar e em seguida o barulho dos fogos... invasão.
corri adoidada na direção do galpão e vi o pk direcionando os meninos e ao mesmo tempo falando no rádinho, como a Rayane só iria sair mais tarde eu sei que ela está em casa e que não vai sair mais.
quando o pk me viu me puxou pra perto dele e continuou falando cm os meninos.
não quero eles passando da metade do morro, deita geral- pk
olhei pra ele todo autoritário, nem parece o Zé Mané que fica me pedindo carinho, hm vai vendo.
qual foi amor- ele fala rápido enquanto pegava 2 pistolas
bicha ele me chamou de amor ou eu tô delirando?
nada, amor- dou ênfase na última palavra
ele sorri pra mim e me dá um selinho
teu treinamento hoje vai ser ao vivo- ele mostrou como usar uma pistola- qualquer pessoa que se mexer que for do morro inimigo você mata- ele passou no meu corpo a bandoleira do fuzil que quase me fez cair pra trás de tão pesado- sustenta teu probleminha agora paixão, vai aprender a se cuidar na marra, não vou tá aqui pra sempre mas vou fazer o impossível pra te proteger- pk falou e me puxou pra um abraço e deu um beijo na minha testa
tô nervosa- confesso
você precisa se ágil e sábia, não age na impulsividade, tenta pensar na melhor forma de escapar da situação que você estiver, eu já te expliquei como funciona tudo naquele dia lá em casa, então fica calma e lembra de quem tu é mulher e principalmente que você agora tem um morro pra defender também- pk
assenti com um sorriso no rosto com as palavras dele, aí esse macho me deixa boba cara, que ódio.
eu sabia exatamente o que eu tinha que fazer e como fazer, eu fui seguindo o pk e mais alguns vapores morro a baixo, o que eu não contei pra vocês e que no mesmo dia que eu pedi pra ele me ensinar, ao longo do dia ele me levou pra dar uns tiros e ficar um pouco mais ambientada, só que hoje eu realmente começaria a aprender tudo.
o que me deixa mais tranquila é eu já saber dar pelo menos um tiro sem cair cm o impacto da arma, só que ainda não sou sagaz o suficiente p ficar pulando de laje em laje ou pular muro muito alto, até pq minha vida era de princesa não de bandida.
dava pra diferenciar os soldados do pk, no colete tinha tipo um símbolo do Vidigal, que era discreto porém visível. Meu fuzil tinha silenciador, o que me deixava mais de boa por conta do barulho, além do impacto.
bem no alto de uma laje passando correndo eu vi soldado inimigo, mirei pra ele enquanto andava e quando ele foi saltar de uma laje pra outra eu atirei na perna dele e ele caiu direto no chão, quando passamos pelo o beco que ele caiu eu atirei só mais uma vez pra ter certeza.
pk me olhou surpreso e continuo o caminho
a adrenalina no meu corpo era nível mil, eu estava ligada em tudo e em qualquer movimento, entramos em um beco pra cortar caminho e foi ai que a bala cantou mesmo, na virada do outro beco tinha uns 5 inimigos e vou te falar, vagabundo ficou igual peneira.
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DESTINADA
FanfictionQuando ela menos esperava surgiu uma proposta para que ela fosse a informante do dono do morro que tinha acabado de ser preso. O acordo era apenas ir levar as informações, mas ela não imaginava de forma alguma que iria se apaixonar por ele, o seu er...