acordo sentindo a água gelada no meu corpo, um pouco zonza e desorientada, mas conseguindo identificar aonde estou, que inclusive é no banheiro do quarto do desgraçado do Patrick.
até que enfim está despertando- deu um beijo na minha testa- estava preocupado com você- pk
olhei pra ele horrorizada, mais assim que tentei falar algo senti uma dor insuportável e senti tudo girar ao meu redor, pk me segurou firme e foi me tirando do banheiro, colocou uma camisa dele em mim e me deixou deitada na cama.
fiquei olhando pro teto um tempinho enquanto chorava e acabei dormindo assim mesmo.
(...)
faz uma hora que eu acordei suando frio e com a boca seca, meu corpo todo treme e está fraco, respiro fundo pegando impulso pra levantar da cama, eu não vou esquecer nunca tudo o que ele fez comigo, mas acredito que agora mesmo ele não vai me deixar em paz, enquanto eu não abrir mão de tudo o que eu quero pra ele poder controlar.
limpo a lágrima que insiste em cair e levanto da cama me apoiando na parede, vou até o banheiro e tomo um banho rápido antes que me desse a próxima fraqueza ou tontura. Fico me perguntando o que eu fiz na outra vida pra merecer isso tudo, eu devo ter sido muito desgraçada mesmo, por que vou te contar em.
me enrolo no roupão e saio do banheiro indo em direção ao meu quarto que é no andar de baixo, até hoje eu nunca tinha subido ou descido a escada da casa, fui descendo bem devagar pra não acabar descendo igual a uma bola, ou seja, rolando.
a casa estava silenciosa, e eu sinceramente agradecia por isso, entrei no meu quarto, tomei meus remédios e coloquei um vestido levinho, minha intimidade além de dolorida está ardida, sem contar na dor no meu pé no meu pescoço.
vou em direção a cozinhar e não parece ter acontecido nada aqui, está tudo perfeitamente limpo e em ordem. Pego uma fatia de bolo e um copo de suco, sento na bancada e me permito chorar a última vez, porque depois de ontem o Patrick vai morrer e definhar lentamente, e eu vou fazer questão de devolver toda e qualquer judiação dele bem pior.
terminei de comer e pedi para um dos vapores chamarem a Ana pra mim, mas adivinhem só, o dono morro proibiu meu contato com qualquer pessoa. Estão passadas? porque eu não.
tá querendo falar com a Ana pra que?- pk pergunta chegando do nada me assustando
vai me manter em cárcere também?- debochei
só até te engravidar- deu de ombros
fiquei quieta disfarçando a minha cara de nojo e desgosto
tudo bem- murmurei
ela tá vindo aqui já, vai esconder isso- apontou pro meu rosto- e se você falar alguma coisa já sabe que vai ser 10x pior pra você- pk
balancei a cabeça concordando e voltei pro meu quarto, passei base pra poder disfarçar os hematomas e coloquei um conjunto de moletom, esse rascunho do capeta gosta de deixar a casa igual a um gelo, então isso já é uma desculpa pra eu poder usar o moletom e a Ana não desconfiar nada.
estava terminando de me ajeitar e treinar minha cara de “bem” quando ouvi o portão abrindo.
cara, eu quero muito saber quando que a gente vai dar um rolê nessa nave que teu maridão te deu- Ana gritou do quintal
sorri com a felicidade da mesma, tadinha da minha amiga, nem imagina o inferno que a minha vida está.
primeiro eu tenho que tirar a habilitação- respondi indo em sua direção e a abraçando
vamos agilizar, você já ganhou de presente, começa logo- falou enquanto retribui o abraço
pretendo começar essa semana ainda, vou pedir pro Patrick me levar la- falei alto pra ele escutar, tomara que escute mesmo
Ana se aproximou de mim olhando bem o meu rosto, como se pudesse ver até a raiz dos meus dentes e o ossos também, me analisando a cada centímetro.
a gente podia pedir uma pizza né?- Ana
aqui e essa hora? ninguém vai entregar mulher, para de loucura- eu
então a gente vai até a pizzaria e busca amiga, cada coisa- deu de ombros
deixa isso pra lá, outro dia comemos- falei segurando sua mão e apertando forte
escutei passos vindo da escada e o pk apareceu no início da escada
tem uma pizzaria no asfalto que entrega essa hora, se você quiser eu peço pra alguém ir buscar- pk
pode ser, pode pedir o sabor que você quiser- falei sorrindo
ele assentiu sorrindo pra mim e foi em direção ao escritório dele, voltei a olhar pra Ana que me olhou atenta tentando entender o que estava acontecendo.
preciso que você me faça um favor amiga- fiz um sinal pra ela prestar atenção no corredor- lembra daquela amiga da sua mãe que vende todas as plantas que a gente já viu na vida? então, quero colocar algumas plantas aqui em casa pra ver se melhora a energia, e também tô com uma espirradeira danada- falei enquanto forçava um espirro
espirradeira?- Ana
sim menina, espirradeira, com certeza ela tem alguma planta que ajude nisso- Eu
verdade- colocou a mão na testa enquanto pensava- verdade, você e suas espirradeiras- bateu com a mão na testa- vou pedir pra tia Carminha fazer um chá pra você também e trago tudo, pode ser samambaia também né?- Ana
sim, girassol, comigo ninguém pode, só não precisa trazer todas as plantas da casa da mulher- respondi rindo
Ana gargalhou e me puxou para um abraço
vai ficar tudo bem- sussurrou
precisa ficar.
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Espero que catem o contexto da conversa das divas, entrelinhas tudo faz sentido...
acompanhei vocês indignadas nos comentários, I loveddddd kkkkkkk.
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DESTINADA
Fiksi PenggemarQuando ela menos esperava surgiu uma proposta para que ela fosse a informante do dono do morro que tinha acabado de ser preso. O acordo era apenas ir levar as informações, mas ela não imaginava de forma alguma que iria se apaixonar por ele, o seu er...