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Pk narrando

ela vai querer o morro, tô ligando só pra avisar que eu mesmo tô de frente pra tomar o que é dela por direito, e de presente mando a cabeça do l7- anúncio

quero ouvir isso da boca da menina, cadê ela?- Peter pan

dormindo, tá tomando muito remédio, não aguenta ficar nem metade do dia acordada- respondo

estava olhando ela dormindo no sofá da sala com uma bolsa de soro pendurada, tinha passado mal nessa madrugada.

então quando ela acordar eu converso com ela- Peter pan

não vou te avisar de novo, papo tá dado, cuida dos teus bglh, que dá Rebeca e do morro dela cuido eu- finalizo a ligação

...

me pego pensando na última vez que falei com o Peter pan, ainda tive a educação de ligar e avisar que iria começar uma guerra, ele deveria agradecer, enquanto a Rebeca, bom... ela não precisa saber de nada, sem contar que ela melhora 1 dia e piora 5, então está completamente instável.

não sei se deveria me sentir um traidor por estar tomando uma decisão tão importante por ela, mas no final das contas, tudo que é dela, é meu, ela só não sabe ainda. Eu já sabia de toda a história de vida da Rebeca, quem realmente era o pai dela e o porque a mãe dela fez isso, só que no contrato que eu fiz com a mãe dela, em uma cláusula bem pequena no final da folha, estava escrito que caso ela adquirisse algo relevante ao meu ver, eu iria administrar e decidir se seria somente meu ou se seria nosso.

é, eu realmente sou cheio de surpresas. Gostar de Rebeca tinha sido ótimo, e sem contar, que, os fins justificam os meios. Toda aquela cena de se sentir traído por ela estar em outro morro e não sei o que, tudo friamente calculado, eu realmente gosto de estar com ela, ela é divertida, engraçada e uma gostosa, mas até então, não vai continuar sendo única, e no fundo ela mesma deve saber disso.

me desperto dos meus pensamentos quando sinto o perfume dela próximo, deve está vindo aqui pro quintal, aonde eu tô sentado fumando. Ela veio andando devagar com a bengala dela até chegar na espreguiçadeira do meu lado...

oi- Rebeca

oi preta- respondi ajudando ela a sentar

quero conversar sobre algumas coisas com você- Rebeca

dei um trago no cigarro e assenti com a cabeça

pode falar- reforcei

tá tudo bem entre nós?- perguntou

sim, porque?- eu

você tá muito estranho Patrick, desde quando eu saí do hospital, se você quiser que eu vá embora da sua casa, eu volta pra minha, você não precisa ficar com pena de mim e me deixar ficar na sua casa por causa do que aconteceu, se quiser eu saio até do morro.- Rebeca

respirei fundo contendo a minha irritação, segurei firme no joelho dela e a encarei.

você não vai embora pra canto nenhum- apertei mais o joelho dela- só tô estressado com algumas coisas, você continua sendo minha- falei

soltei o joelho dela quando senti o osso sair do lugar de novo, ainda não estava cicatrizado, encarei a Rebeca e ela não tinha nenhuma expressão, o rosto estava sereno, como se eu tivesse acabado de causar uma dor enorme nela.

no dia que eu quiser ir embora e sumir da sua vida, eu vou, pra que me fez ficar apegada a você e criar sentimentos se depois iria me tratar igual a um lixo? me poupe- Rebeca

ela levantou e volto pra dentro de casa, terminei meu cigarro e meti o pé pra boca.

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lembram que eu falei que o pk ia começar a por as garrinhas dele de fora?? então...

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